247 – O policial militar Albel de Queiroz disse ter feito pelo menos duas entregas de dinheiro vivo ao advogado José Yunes, amigo de Temer. Ele é testemunha no inquérito que investiga pagamentos da Odebrecht ao MDB, previamente acertados com Temer no Palácio do Jaburu, em 2014. O depoimento foi prestado em 28 de março à Polícia Federal. Na transcrição do depoimento de Queiroz, lê-se claramente que “com certeza absoluta, lá [escritório de Yunes no Jardim Europa] esteve em pelo menos duas oportunidades”.
Queiroz era motorista do veículo blindado da Transnacional, firma de transporte de valores investigada pela Lava-Jato contratada pela Odebrecht. Ele diz que, em cada uma das ocasiões em que esteve no escritório do amigo de Temer, partes desse valor total de R$ 10 milhões de reais foi entregue por outros agentes, cujos os nomes são Oliveira e Alves.
“O depoimento corrobora acusação apresentada em 21 de março pelo MPF (Ministério Público Federal) contra Yunes e outros aliados de Temer, segundo a qual o advogado atuou mais de uma vez como arrecadador de recursos ilícitos para o presidente.
A denúncia foi aceita pela Justiça Federal em Brasília, que abriu ação penal contra o advogado por organização criminosa. Outro amigo do presidente, o coronel João Baptista Lima Filho, é acusado pelo mesmo crime no caso.”
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