Para elas, a reforma proposta por Jair Bolsonaro (PSL), é cruel e maldosa para o povo brasileiro, em especial as mulheres que terão até as pensões por morte reduzidas a menos de um salário mínimo. E pior ainda para as camponesas
14 de agosto de 2019, 08:53 h
CUT - Depois de participar da 1ª Marcha das Mulheres Indígenas e do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Aposentadoria e Contra os Cortes na Educação, nesta terça-feira (13), em Brasília, as milhares de Margaridas concentradas no Pavilhão do Parque da Cidade participaram de atividades simultâneas para debater diversos temas de interesse das mulheres do campo, da cidade, das águas e das florestas.
O que atraiu maior interesse foi o “Tribunal Popular das Margaridas - Previdência Pública Universal e Solidaria”, que discutiu, analisou e julgou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, que dificulta a concessão de da aposentadoria, da pensão por morte, da aposentadoria por invalidez, entre outros itens, e reduz o valor dos benefícios.
A atividade foi marcada pela indignação das mulheres que consideraram que as mudanças significam praticamente o fim da aposentadoria. E claro, elas condenaram a reforma por unanimidade.
Para elas, a reforma proposta por Jair Bolsonaro (PSL), já aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, onde também precisa ser aprovada em dois turnos, é cruel e maldosa para o povo brasileiro, em especial as mulheres que terão até as pensões por morte reduzidas a menos de um salário mínimo. E pior ainda para as camponesas.
Para a secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues, é necessário e urgente barrar essa reforma porque a “previdência social é uma estratégica de nação, ela contribui com o desenvolvimento social e econômico de mais de 70% dos municípios do nosso país”.
“Essa reforma vai levar a indigência e contra ela vai a nossa resistência”,
A presidenta da CUT Maranhão, Adriana Oliveira, disse em seu depoimento que não reconhece este governo porque Bolsonaro não governa para as trabalhadoras e os trabalhadores.
Segundo ela, essa reforma não é reforma e sim uma deforma que retira políticas públicas conquistadas por anos, principalmente nos governos de Lula e Dilma.
“A gente precisa repudiar e lutar contra essa reforma. E Essa marcha tem essa responsabilidade de denunciar essa reforma e dizer que não reconhecemos este governo”.
A cada intervalo de debate as mulheres cantavam e batucavam.
“Essa reforma é opressora, tira direito da mulher trabalhadora”, cantaram mais uma vez durante o debate.
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