Levantamento mostra que, desde 1991, quando Jair Bolsonaro assumiu seu primeiro mandato como deputado e deu início à trajetória da família na política, ele e seus três filhos, Flávio, Carlos e Eduardo, empregaram mais de uma centena de funcionários com parentesco ou relação familiar entre si
4 de agosto de 2019, 09:31 h Atualizado em 4 de agosto de 2019, 09:40 Eduardo, Jair, Flavio e Eduardo Bolsonaro (Foto: Família Clã Bolsonaro)
247 - Levantamento feito pelo O Globo mostra que, desde 1991, quando Jair Bolsonaro assumiu seu primeiro mandato como deputado e deu início à trajetória da família na política, ele e seus três filhos, Flávio, Carlos e Eduardo, empregaram mais de uma centena de funcionários com parentesco ou relação familiar entre si.
A reportagem identificou 286 assessores nomeados por Jair, Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, sendo que ao menos 102 possuem algum parentesco ou relação familiar entre si (35%), e vários deles com indícios de que não trabalharam de fato nos cargos.
"O primeiro caso que veio à tona é o da família do policial militar da reserva Fabrício Queiroz, ex-assessor que emplacou sete parentes em três gabinetes da família Bolsonaro (Flávio, Carlos e Jair) desde 2006. Uma que não era conhecida até agora é Angela Melo Fernandes Cerqueira, ex-cunhada de Queiroz. Em abril, os oito tiveram o sigilo quebrado em investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) sobre a prática, na Assembleia Legislativa (Alerj), de 'rachadinha' — apropriação de parte do salário dos funcionários", conta a reportagem.
Na investigação sobre a suposta prática de 'rachadinha', 64 dos 286 funcionários tiveram sigilo quebrado a pedido do MP-RJ. "No fim do ano passado, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou 'movimentação atípica' de R$ 1,2 milhão, entre 2016 e 2017, nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. O Coaf também identificou, em outro relatório, depósitos fracionados, em dinheiro, em um período de um mês, que somam cerca de R$ 96 mil na conta de Flávio. No mês passado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu liminar, em resposta a um pedido de Flávio, suspendendo investigações baseadas em compartilhamento de dados do Coaf sem autorização judicial prévia", diz O Globo.
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