247 – Nunca antes na história deste país houve um ocupante
da presidência da República tão rejeitado como Michel Temer. Os motivos são
óbvios. Vão desde a sua ilegitimidade no poder, conquistado por meio de um golpe
parlamentar, até o fracasso de sua gestão, que produziu a maior depressão
econômica de todos os tempos e deixou nada menos que 14 milhões de brasileiros
sem emprego (leia mais aqui).
Rejeitado por 90,6% dos brasileiros, que exigem sua saída e pedem eleições diretas, segundo levantamento da Paraná Pesquisas (leia aqui), Temer finge que ainda governa e, nesta quarta-feira, ao dar posse ao seu novo ministro da Justiça Torquato Jardim, que parece agir como seu advogado de defesa, fez um apelo para que "deixem o Executivo trabalhar em paz".
No entanto, se Temer realmente deseja a paz para o Brasil, a única coisa que ele pode fazer é renunciar e apoiar o processo de eleições diretas, o que ainda lhe daria uma saída honrosa.
Um dos motivos, claro, é a rejeição quase unânime dos brasileiros.
Outro, o fato de ele ser o único "presidente" na história do Brasil investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, além de alvo de 14 pedidos de impeachment, um deles apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Se isso não bastasse, para o Conselho Federal de Economia (Confecon), a permanência de Temer no poder prejudica a recuperação da atividade econômica no Brasil. "Tanto a permanência de Temer quanto a eleição indireta de um novo presidente manterão a economia brasileira 'na UTI' nos próximos 18 meses, com a retração dos investimentos e a consequente ampliação do desemprego, fomentando a desesperança e ampliando o risco de explosão do 'caldeirão social'", diz o texto aprovado ontem pelo Confecon (leia mais aqui).
Além disso, dentro de poucos dias, ele será denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral Rodrigo Janot.
É hora de reconhecer que acabou, Temer.
Abaixo, reportagem da Reuters sobre a fala de Temer nesta quarta-feira:
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que o país vive um momento de "grande conflito institucional" e fez um apelo para que deixem o Executivo "trabalhar em paz", num momento em que enfrenta grave crise política decorrente de delações de executivos do grupo J&F.
"Vamos deixar o Judiciário trabalhar sossegado, vamos deixar o Legislativo trabalhar em paz, vamos deixar o Executivo, convenhamos, trabalhar em paz", disse Temer, na cerimônia de posse do novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, no lugar do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
"Eu vejo em pronunciamentos meus que as pessoas querem muito que continue o programa de governo que nós inauguramos no país um ano atrás", acrescentou o presidente, que sofreu fortes pressões nas últimas semanas para renunciar.
"Até quando fazem uma ou outra objeção dizem que é preciso continuar o programa que se iniciou nesse governo, ou seja, um governo acolhido pelo país, um programa de governo acolhido pelas necessidades do país."
Temer, que vinha comemorando a melhora em diversos indicadores econômicos e se colocou sempre como presidente de um governo reformista, viu seu apoio parlamentar diminuir e o ritmo das reformas desacelerar depois da revelação de uma gravação de conversa dele com o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a autorizar a abertura de um inquérito contra ele.
Às vésperas do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar seu mandato no processo sobre a chapa vencedora na eleição presidencial de 2014, quando disputou a reeleição como vice da então presidente Dilma Rousseff, e com o pano de fundo da operação Lava Jato, que tem investigado dezenas de políticos, Temer disse que o país precisa "recuperar a institucionalidade".
"O Brasil vive hoje momentos de grande conflito institucional... precisamente porque não se dá cumprimento muitas e muitas vezes à ordem institucional", disse.
"O que nós precisamos, com muita celeridade, é exatamente recuperar a institucionalidade do país, porque a recuperação da institucionalidade significa, precisamente, a recuperação da ordem; significa, sim, o cumprimento da lei."
Apesar do esforço do governo para procurar mostrar que a troca de ministro ocorreu sem problemas, Serraglio, que teria ficado irritado com o modo como foi sacado do comando da Justiça, não compareceu à cerimônia.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/298909/O-Brasil-s%C3%B3-ter%C3%A1-paz-quando-Michel-Temer-cair.htm

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Agência Senado - O Plenário do Senado aprovou nesta
quarta-feira (31) a proposta de emenda constitucional (PEC) que extingue o foro
especial por prerrogativa de função para autoridades federais, mais conhecido
como foro privilegiado. A PEC 10/2011 segue agora para análise da Câmara dos
Deputados, onde precisará passar por dois turnos de votação.
247 - O governo Michel Temer firmou um acordo para que os
Estados Unidos possam lançar foguetes da base de Alcântara, no Maranhão. Israel,
Rússia e França também já manifestaram interesse em usar as instalações.
247 - As bancadas do PT na Câmara e no
Senado divulgaram uma nota conjunta nesta quarta-feira 31 em que criticam a
retirada da pauta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dos procedimentos que
foram apresentados contra o juiz Sergio Moro.
O juiz da Lava Jato seria julgado pelo órgão por divulgar gravações do
ex-presidente Lula com seus familiares e ainda entre Lula e a presidente deposta
Dilma Rousseff. No primeiro caso, havia conversas que não diziam respeito à
investigação e, no segundo, a gravação foi feita fora do horário de autorização
da Justiça.
247 - O senador Jorge Viana (PT-AC) cobrou do PSDB um pedido
de desculpas à nação por ter provocado a situação que mergulhou o país na sua
mais grave crise política, graças ao golpe parlamentar que os tucanos apoiaram
em 2016 e que levou Michel Temer à presidência da República.
247 - Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou
por unanimidade nesta quarta-feira (31) a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) que estabelece eleições diretas se a Presidência da República ficar vaga
nos três primeiros anos do mandato.
André Richter - Repórter da Agência Brasil
247 - O advogado de defesa da presidente deposta Dilma
Rousseff, Flávio Caetano, vai explicar a estratégia de defesa no julgamento do
processo aberto pelo PSDB que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vitoriosa
nas eleições presidenciais de 2014.
247 - Exonerado do cargo de Ministro da Justiça, o deputado
federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), se despediu do cargo com uma carta publicada
nesta quarta-feira (31) no site do ministério. Na carta, Serraglio afirma que o
presidente da República, Michel Temer, sofreu pressões de “trôpegos
estrategistas”.
Por Luis Nassif, 

Brasília 247 - A reação dos ministros do TSE à informação de
que Torquato Jardim foi nomeado para o Ministério da Justiça para ajudar o
governo no processo que pode cassar o mandato de Michel Temer foi a pior
possível.
Minas 247 - O senador afastado Aécio Neves (MG) tem
telefonado para colegas do PSDB para dizer que sabe muito bem como as campanhas
do partido foram feitas.
247 - A revelação das delações de executivos da Odebrecht
mencionando pagamentos ilícitos no exterior, que ainda estão sob sigilo e
começam a ser repassadas nesta semana para outros países, deve agitar a política
venezuelana. O governador do Estado de Miranda e principal nome da oposição ao
chavismo, Henrique Capriles, é citado e teria recebido doações ilegais à sua
campanha presidencial em 2012. Naquele ano, Capriles obteve 44% dos votos e
perdeu para Hugo Chávez, que foi reeleito e morreu cinco meses depois.
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Brasília 247 - É preocupante “o uso excessivo da
excepcionalidade jurídica por membros do Ministério Público e do Judiciário,
fraturando a essência constitucional e convencional das garantias do Justo
Processo e dos princípios elementares que o acompanham em qualquer sociedade
democrática”.
247 - O ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, autorizou nesta terça-feira 30 que Michel
Temer seja interrogado pela Polícia Federal no inquérito em que ele é
investigado com base nas delações premiadas dos donos da empresa JBS.
BRASÍLIA (Reuters) - O líder do DEM na Câmara dos Deputados,
Efraim Filho (PB), reconheceu nesta terça-feira que a reforma da Previdência só
avançará com o arrefecimento da crise política e poderá ser aprovada apenas
parcialmente, ficando o restante a cargo de um novo governo eleito.
Por Manoela Alcântara, no portal 
"Por Fernando Brito, do
Letícia Constant, da
247 - O ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato
no Supremo Tribunal Federal, não julgará será o relator do inquérito contra o
senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) no âmbito das delações da JBS.
Por Esmael Morais,
247 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
protocolou nesta terça-feira, 30, no Supremo Tribunal Federal, uma "Reclamação
Constitucional" para que lhe seja autorizado o acesso às delações premiadas de
Léo Pinheiro e Agenor Franklin Medeiros, da empreiteira OAS.
247 - O ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio recursou o
convite de Michel Temer para assumir a pasta da Transparência, de onde saiu o
jurista Torquato Jardim para o antigo cargo de Serraglio, a fim de tentar
controlar a Polícia Federal.
247 - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal, dividiu a investigação sobre o presidente Michel Temer
e sobre o deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do inquérito
que também investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) no Supremo
Tribunal Federal (STF).