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segunda-feira, 23 de abril de 2012

INVASORES PRATICAM ATOS DE DESTRUIÇÃO E VANDALISMO NO PA LAGOINHA/SOLIDÃO

 

Cruz - CE. A situação conflituosa no PA Lagoinha/Solidão no município de Bela Cruz/CE completa dez anos sem uma solução para este caso que já adquiriu projeção nacional e ficou conhecido como o Maior Conflito Agrário do Brasil, palco dos mais bárbaros crimes ambientais e de violação contra os Direitos Humanos e praticas de agressões físicas e psicológicas contras os assentados.

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Partes dos recursos destinados ao assentamento oriundo do Governo do Estado do Ceará e do Governo Federal foram desviadas e alguns projetos se que foram iniciados. As fotos mostram a sequencia da destruição.

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Currais Destruição do aprisco

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Retirada da cerca Terreno Baldio

As casas destinadas aos assentados não foram concluídas, o sistema de abastecimento d’água foi totalmente desmontado, a casa sede da fazenda foi demolida, currais e apriscos foram desmontados e teve todo o material retirado e a forrageira foi vendida juntamente com todos os animais. Reprodutores ovinos, bovino e as ovelhas foram todas vendidas, a pipa de dois eixos também foi vendida; os tijolos, telhas e cimento destinados à construção de um galpão desapareceram do local, o trator nunca prestou serviço aos assentados, recursos do PRONAF – A foram desviados, vários números e CNPJ foram usados em diferentes documentos. Até a área do assentamento é questionada, pois diversos documentos oficiais, emitidos por órgãos públicos apresentam valores diferentes que vai de 1.278,0 ha à 1.810 ha. Uma diferença bastante significativa. Outro fato misterioso é que os antigos moradores da Fazenda Lagoinha receberam uma área de terra por doação, mas há 14 anos que algumas famílias lutam para receber o título da terra, pois o documento não foi entregue a todas as famílias comtempladas com a doação. Há suspeita de que esta terra tenha sido documentada para o assentamento, pois fica situada dentro do PA. Somente a justiça através de uma investigação poderá desfazer esta dúvida. Outro problema é que uma área foi vendida, mas só foi entregue uma parte e o comprador que receber o que falta e que está situada dentro do assentamento. Uma estrada desnecessária foi construída dentro do assentamento causando perda de área. Uma poupança no valor aproximado de R$ 9.000,00 desapareceu, assentados foram expulsos, casas comerciais foram construídas dentro do assentamento por quem não é assentado, as safras de castanhas de caju nunca foram distribuídas com os assentados, cisternas de placas foram construídas em poucas casas, que devido a escassez de chuvas ainda estão sendo abastecidas por carros pipa. Todos os assentados foram proibidos de trabalharem na terra exceto os invasores que fizeram os roçados em grandes áreas de terra. Alguns assentados até que tentaram plantar, pois, está é a única fonte de produção de alimento que tem, mas foram seriamente ameaçados como forma de intimidá-los e por várias vezes foram advertidos que não podiam fazer plantações dentro da área do assentamento.

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Madeira do corte dos cajueiros A lenha de cajueiro pronta para comercialização

Nada mais havendo para ser destruído passaram a cortar as plantações de cajueiro para venda da madeira conforme mostrado nas fotos, enormes montes de madeiras de cajueiro são feitas nas margens das estradas prontas para comercialização. Em algumas áreas o corte foi feito em fileiras alternadas, mas em outras os cajueiros foram totalmente cortados e os tocos arrancados. A madeira foi retirada e amontoada nas margens das estradas. Estes cajueiros haviam sido plantados no inicio do assentamento.

Quando este conflito será resolvido, não se sabe, mas sabe-se que todos os bens e todo o patrimônio do assentamento já foram estruídos.

Dr. Lima

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