Do Viomundo
O repórter Mario Sergio Carvalho relata hoje, na Folha de S. Paulo, que a Justiça se enrolou todinha na hora de fazer acordo de leniência com a empreiteira Odebrecht quando se trata das falcatruas admitidas pela empresa em São Paulo.
Por exemplo, o MP paulista não foi consultado pelo Ministério Público Federal, nem pelo juiz Sergio Moro, sobre os valores a serem ressarcidos pela Odebrecht relativamente às falcatruas cometidas em São Paulo.
O Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, aquele que será carrasco do ex-presidente Lula, encontrou irregularidades no acordo de leniência da Odebrecht com o MPF, como a falta de concordância da Controladoria Geral da União e da Advocacia Geral da União.
Por isso, os promotores paulistas se negam a receber os documentos da empreiteira sobre o pagamento de propina em obras do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, do Departamento de Estradas de Rodagem e da Dersa.
Alguns crimes podem prescrever.
Beneficiados indiretamente? O ex-governador José Serra, o governador Geraldo Alckmin e o ex-prefeito Gilberto Kassab. Os três dão sustentação ao governo de Michel Temer.
Enquanto isso, informa o Estadão, os procuradores da Lava Jato estão acelerando mais seis investigações contra o ex-presidente Lula.
E qual será a base?
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Não o acordo de leniência rejeitado pelo MP paulista, mas as delações de executivos da Odebrecht:
O principal ponto de partida das novas investigações são os acordos de colaboração dos executivos da Odebrecht, homologados pelo Supremo Tribunal Federal em janeiro deste ano. As informações colhidas pela força-tarefa da Lava Jato e documentos entregues pelos delatores geraram frentes de apurações em três estados.
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