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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

REQUIÃO: SENADO VOTOU PELO FIM DO ESTADO SOCIAL NO BRASIL

Moreira Mariz
247, com Agência Brasil - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou o duramente a aprovação da PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos. Segundo a proposta, a despesa de um ano deve corresponder à do ano anterior corrigida pela inflação. "Que sessão deprimente, que desatino. Estão destruindo a dignidade e a esperança no Brasil. A luta continua, no entanto", disse o parlamentar no Twitter. Com 53 votos a favor e 16 contra, o Senado aprovou, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição do Teto de Gastos (PEC 55/2016). Não houve abstenção. Segundo Requião, "a PEC 55 não é remédio amargo, é remédio errado. Protege bancos e rentistas e prejudica o povo". "53 senadores votaram a favor do fim do estado social no Brasil. PEC 55", criticou. Requião: Senado é suspeito para aprovar reformas Desde as primeiras horas da manhã, estudantes, sindicalistas, servidores públicos e vendedores ambulantes se dirigiram para a Esplanada dos Ministérios para acompanhar a votação da PEC do Teto. Até as 11h30, o número de manifestantes concentrados no Museu da República e nas proximidades do Congresso Nacional ainda era pequeno, inferior ao de policiais que estão na região para evitar distúrbios. Contrários à PEC, um grupo de 26 estudantes secundaristas de São José dos Pinhais (PR) conversou com a Agência Brasil enquanto descansava sob a sombra de uma árvore e antes da aprovação da proposta. Evitando se identificar, os jovens de 15 a 20 anos contaram ter viajado de 26 horas a 30 horas de ônibus para vir ao protesto. Eles já participaram de ocupações de escolas públicas contra a medida provisória que propõe a reforma do ensino médio e acreditam que, se aprovada, a PEC 55 trará prejuízos ao ensino e à saúde pública. Uma delegação do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública (SindSaúde) do Estado do Paraná também veio a Brasília para a manifestação. “Essa PEC será um retrocesso para os investimentos sociais, e queremos que os senadores a retirem da pauta. Se passar, hoje, vamos continuar fazendo pressão para evitar que os trabalhadores, principalmente os de menor poder aquisitivo, sejam prejudicados por essa iniciativa”, disse o coordenador-geral da entidade, Manoel Furlan Barbero, antes da aprovação da PEC pelos senadores. Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Pereira Gonçalves, viajou junto com um grupo de 40 pessoas. A maioria já havia estado em Brasília no final de novembro, quando a proposta foi aprovada em primeiro turno. “Infelizmente, achamos que os senadores vão aprovar esta PEC e, fatalmente, vai faltar dinheiro para a saúde e a educação”, disse o sindicalista. Ele criticou também a proposta de reforma da Previdência. “Os últimos governos têm se aliado aos grandes empresários para salvá-los retirando direitos dos trabalhadores, que são quem está sendo chamado a pagar pela crise”, disse Gonçalves. http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/270327/Requi%C3%A3o-Senado-votou-pelo-fim-do-estado-social-no-Brasil.htm

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