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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

DESEMPREGO ESTÁ PIOR DO QUE EM OUTRAS CRISES, DIZ FGV


247 - O problema do desemprego no Brasil na recessão atual, que pode caminhar para o terceiro ano, é também o período em que a taxa de atingiu o maior nível no país, ao menos desde setembro de 1992. Segundo série mais longa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, construída pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), os picos da desocupação em outras crises foram menores: de 10,9% entre 1998 e 2000, 10,8% de 2002 a 2004, e 9,7% no ano de 2009. Já no trimestre terminado em outubro, o percentual de desempregados em relação à População Economicamente Ativa (PEA) alcançou 11,8%, mesmo patamar de setembro. As informações são do Valor. "Os dados anteriores a março de 2012 - mês em que o IBGE passou a divulgar a Pnad Contínua - foram estimados pelos pesquisadores Bruno Ottoni Eloy Vaz e Tiago Cabral Barreira com o método de retropolação, replicando o comportamento da pesquisa atual de emprego caso ela existisse desde 1992, a partir de dados da Pnad anual e da extinta Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Para alongar a série da Pnad Contínua, Vaz e Barreira compatibilizaram as diferenças metodológicas entre a Pnad anual e trimestral, que vão além do tamanho e distribuição regional das amostras coletadas. Enquanto, no levantamento mais antigo, pessoas a partir de dez anos são consideradas em idade ativa, no mais recente, esse número sobe para 14 anos. Por isso, os indivíduos com menos de 14 anos foram eliminados dos resultados da Pnad anual. Outras mudanças foram a exclusão na pesquisa antiga de pessoas que trabalham um período igual ou inferior a uma hora por semana do trabalho não remunerado para o próprio uso ou consumo e, também, de trabalhadores afastados. O resultado foi uma série chamada de "Pnad Ajustada", que mostrou comportamento bastante próximo da Pnad Contínua entre setembro de 2012 e deste ano. Usando essa nova série, os pesquisadores construíram um histórico anual mais longo da Pnad Contínua, que coincide a cada setembro com a Pnad ajustada. Depois da compatibilização anual, Vaz e Barreira usaram, por fim, os dados da extinta PME para estimar as variações mensais da série retropolada da Pnad Contínua. Esse processo foi feito para o período de setembro de 1992, quando a taxa desemprego estava em 7%, nos cálculos dos pesquisadores, até fevereiro de 2012. No mês anterior ao começo da divulgação pelo IBGE, a taxa de desocupação ficou em 7,7%." http://www.brasil247.com/pt/247/economia/269972/Desemprego-est%C3%A1-pior-do-que-em-outras-crises-diz-FGV.htm

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