A reboque de Michel Temer, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) empreendeu viagem a Washington (EUA) com a finalidade de arrancar de políticos e autoridades do governo americano declarações concordando que a retirada de uma presidente da República do cargo sem crime de responsabilidade não é golpe; Temer, que nas últimas horas tem perdido deputados pró-impeachment na Câmara, ficou irritado com a condenação do golpe pelo secretário geral da OEA, Luis Almagro, e tenta contraofensiva; missão de Aloysio inclui encontro com Thomas Shannon, subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado e ex-embaixador em Brasília; golpe tupiniquim, apoiado pela mídia brasileira, causa estupefação nos maiores jornais do mundo; New York Times e El Pais estão chocados com o fato de uma presidente honesta poder ser afastada por corruptos como Eduardo Cunha, que ontem foi denunciado por mais uma propina: desta vez, de R$ 52 milhões
16 DE ABRIL DE 2016 ÀS 07:42
247 - O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, viaja a Washington (EUA) nesta semana a mando do vice-presidente Michel Temer, com a finalidade de dizer a legisladores e autoridades do governo americano que a retirada de uma presidente honesta por "pedaladas fiscais", recurso utilizado até pelo presidente Barack Obama, "não é golpe".
Temer teria ficado irritado com as declarações contrárias ao impeachment, feitas por Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), e Ernesto Samper, Secretário Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Segundo a nota da OEA, não existe uma acusação penal contra a presidente, apenas de má gestão de contas públicas e que esta é "uma acusação de caráter político, que não justifica um processo de destituição" (leia mais).
Em Washington, a agenda do senador tucano, que candidato derrotado a vice-presidente na chapa de Aécio Neves, vai se encontrar com Thomas Shannon, subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado e ex-embaixador em Brasília; com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Bob Corker, e com empresários americanos em almoço organizado pelo Albright Stonebridge Group, da ex-secretária de Estado Madeleine Albright, muito próxima da presidenciável Hillary Clinton.
"Vamos explicar que o Brasil não é uma república de bananas, as instituições funcionam e os direitos são respeitados, ao contrário do que petistas vêm dizendo", disse Nunes à jornalista segundo Patrícia Melo Campos.
Em contra-ataque às declaraçãoes de Luis Almagro em defesa da democracia brasileira, Aloysio Nunes disse que a vinda do Secretário-Geral da OEA ao Brasil, às vésperas da votação do impeachment pela Câmara dos Deputados, é um gesto oportunista, que, em nada contribui para amainar a crise no Brasil.
http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/226356/Aloysio-quer-que-o-Tio-Sam-diga-que-golpe-n%C3%A3o-%C3%A9-coisa-de-rep%C3%BAblica-bananeira.htm
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