247 - Investigado pela Justiça federal em Curitiba em decorrência da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi um dos indicados pelo PMDB para o Conselho de Ética do Senado. Tal qual outros membros do colegiado, Jucá foi escolhido diretamente pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também está sob suspeita de ter participado do esquema de corrupção da Petrobras.
De modo discreto, Renan colocou em votação simbólica, na terça-feira (2), as indicações dos partidos para composição do colegiado, que terá de julgar eventuais pedidos de cassação dos mandatos caso fique comprovado a participação dele, de Jucá e outros senadores no esquema de propina em contratos de empreiteiras com a estatal.
Dos 11 integrantes do colegiado, apenas Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e João Capiberibe (PSB-AP) costumam fazer uma oposição mais dura em relação a Renan.
Outro aliado do peemedebista que fará parte do colegiado, conforme publicação do jornal O Estado de São Paulo, será o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que deve ser reconduzido ao cargo de presidente do conselho pela quinta vez e tem fama de não levar as apurações adiante.
Em 2010, foi ele o responsável por arquivar o processo por quebra de decoro contra o então senador José Sarney (PMDBAP), após o seu envolvimento no caso dos atos secretos do Senado.
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