Alvo de constantes ataques de Jair Bolsonaro, que mantém uma política de submissão aos interesses dos Estados Unidos, a China decidiu buscar novos fornecedores de soja, inclusive na África, o que pode afetar negativamente a economia brasileira
29 de outubro de 2020, 14:45 h Atualizado em 29 de outubro de 2020, 15:11 Maior importadora mundial de soja, a China está abrindo seu mercado para a Tanzânia em um esforço para reduzir sua dependência do Brasil e dos EUA (Foto: Reuters)
247 - A política de agressões sistemáticas do governo de Jair Bolsonaro à China, o maior parceiro comercial do Brasil, começa a trazer prejuízos para a economia brasileira.
Segundo o jornal South China Morning Post, a China está abrindo seu mercado para a Tanzânia, em um esforço para reduzir sua dependência do Brasil e dos Estados Unidos para importações de soja. A China é o maior importador da oleaginosa do mundo.
"Wu Peng, diretor de assuntos africanos do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que um acordo foi alcançado na segunda-feira para a Tanzânia começar a exportar soja para o país", diz o jornal. “Tanto a China quanto a África podem se beneficiar de laços comerciais mais fortes”, diz o diplomata chinês.
A China foi a principal fonte de contribuição para o superávit da balança comercial do Brasil, com importações de US$ 21,9 bilhões no acumulado de 2020 até julho, segundo dados do Boletim de Comércio Exterior (Icomex), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Segundo o Ibre, a participação da China nas exportações e nas importações brasileiras superou a dos principais parceiros no acumulado do ano até julho. Nas exportações, a participação da China alcançou 34,1%. A União Europeia, que ficou em segundo lugar, atingiu 13,4%.
O alvo mais recente de ataques de Jair Bolsonaro contra a China foi a vacina CoronaVac contra a Covid-19, quando Bolsonaro cancelou o anúncio feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, da compra de 46 milhões de doses do imunizante, que está sendo fabricado no Brasil em parceria com o Instituto Butantan.
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/atacada-por-bolsonaro-china-decide-comprar-soja-na-tanzania
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