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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

CUT oficializa: apoiamos Lula para o resgate da democracia


Esq.: CUT / Dir.: Stuckert

Presidida por Vagner Freitas, a CUT divulgou uma resolução oficializando o apoio à candidatura de Lula nas eleições deste ano e citou "compromisso" do ex-presidente com "a convocação de uma Assembleia Constituinte"  para revogar as "medidas nefastas do governo golpista e de implementar as reformas estruturais necessárias ao resgate da democracia"

31 de Agosto de 2018 às 14:21 // Inscreva-se na TV 247 Youtube

247 - A direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou nesta sexta-feira (31) uma resolução oficializando o apoio à candidatura do ex-presidente Lula nas eleições deste ano. A decisão foi tomada nos dias 28 e 29, em Brasília (DF).

"Apoiamos a candidatura de Lula porque acreditamos no seu compromisso com a convocação de uma Assembleia Constituinte com o objetivo de revogar as medidas nefastas do governo golpista e de implementar as reformas estruturais necessárias ao resgate da democracia e ao fortalecimento da soberania nacional, criando condições para um novo ciclo de desenvolvimento, sustentável e com inclusão social, que atenda as demandas colocadas na Plataforma da CUT para as Eleições 2018", diz trecho da resolução.

De acordo com o texto, "os golpistas que tomaram de assalto o poder implementaram uma agenda nefasta aos interesses da classe trabalhadora e do povo brasileiro, suprimindo direitos (reforma trabalhista), reduzindo o investimento público em áreas essenciais como a saúde, a educação e infraestrutura (EC95), privatizando empresas públicas e entregando nossas riquezas à exploração de empresas estrangeiras".

Leia a íntegra:

Resolução

Lula livre! Lula candidato! Lula presidente!

A CUT reuniu sua direção nacional em Brasília, nos dias 28 e 29 de agosto, para comemorar os trinta e cinco anos de sua trajetória de organização e luta e deliberar sobre as ações prioritárias diante dos desafios colocados pela conjuntura.

Vivemos um momento crucial de nossa história, quando a classe trabalhadora se mobiliza para decidir, nas próximas eleições, os rumos da sociedade brasileira.  Não é uma eleição qualquer, mas a eleição de nossas vidas, aquela em que vamos travar uma batalha decisiva para impedir a consumação do golpe iniciado com o impeachment da Presidenta Dilma.

Os golpistas que tomaram de assalto o poder implementaram uma agenda nefasta aos interesses da classe trabalhadora e do povo brasileiro, suprimindo direitos (reforma trabalhista), reduzindo o investimento público em áreas essenciais como a saúde, a educação e infraestrutura (EC95), privatizando empresas públicas e entregando nossas riquezas à exploração de empresas estrangeiras.

No lugar da promessa de retomada do crescimento e da geração de empregos, entregaram uma economia estagnada, com a maior taxa de desemprego das últimas décadas (12,3%); criminalizaram os movimentos sociais e tentaram ferir de morte o movimento sindical para que não houvesse resistência; relegaram cerca de trinta milhões de brasileiros à condição de desalento, precarizaram o trabalho e nada fazem contra a violência que extermina a vida de negros, em sua maioria jovens, nas periferias das grandes cidades; aumentaram as desigualdades sociais que atingem milhões de pessoas, principalmente as mulheres, em especial as mulheres negras;  concentraram a riqueza nas mão de uma pequena minoria, enquanto desmontam a rede de proteção social construída por décadas de lutas populares e fortalecida nos anos de governo petista; aumentaram a pobreza, colocando o Brasil novamente no mapa da fome e permitindo o ressurgimento de doenças que há décadas haviam sido eliminadas de nosso território.

Imaginaram que consolidariam o golpe com a prisão de Lula. Como preso político, Lula tornou-se a maior liderança do País, determinando os rumos das eleições. O grito por Lula livre tornou-se o marco da resistência e da luta pela democracia no Brasil, ideia que repercute em todo mundo, apoiada pelo movimento sindical internacional, por intelectuais e juristas de renome, por políticos estadistas comprometidos com os ideais democráticos. De todos os cantos vem o recado que engrossa nossa voz: Lula tem o direito de concorrer às eleições, sua condenação foi arbitrária e injusta e sua prisão é ilegal.

A mais forte reação internacional aos golpistas veio Comitê de Direitos Humanos da ONU, ao requerer do Estado brasileiro a garantia do direito político do ex-presidente de concorrer às eleições. Não atender a este requerimento, nem ao clamor da maioria da população que já manifestou sua intenção de votar em Lula, é desrespeitar direitos civis e políticos fundamentais,mantê-lo na condição de preso político e constranger o Brasil internacionalmente. Só teremos eleições verdadeiramente democráticas se for respeitada a soberania popular na escolha de quem e qual projeto irá dirigir o destino do País nos próximos anos.

São as eleições em que estamos convocados a derrotar o golpismo e mudar a história do País. A Direção Nacional da CUT decidiu, por esses motivos, apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Apoiamos ainda a candidatura de Lula porque acreditamos no seu compromisso com a convocação de uma Assembleia Constituinte com o objetivo de revogar as medidas nefastas do governo golpista e de implementar as reformas estruturais necessárias ao resgate da democracia e ao fortalecimento da soberania nacional, criando condições para um novo ciclo de desenvolvimento, sustentável e com inclusão social, que atenda as demandas colocadas na Plataforma da CUT para as Eleições 2018.

A Direção Nacional deliberou ainda autorizar a Direção Executiva a convocar o 13º CONCUT, não sendo possível realizar a DN no final do ano, e realizar a 4ª Conferência Nacional de Formação da CUT.

Direção Nacional da CUT

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/367272/CUT-oficializa-apoiamos-Lula-para-o-resgate-da-democracia.htm

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