PSOL, PT, PcdoB e PSB irão acionar o STF e o Conselho de Ética da Câmara contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro após este afirmar que se “ a esquerda radicalizar” a resposta do governo poderá ser “um novo AI-5” . Declaração repercutiu negativamente até mesmo entre os partidos de centro-direita, que também repudiaram a fala do deputado
31 de outubro de 2019, 13:37 h Atualizado em 31 de outubro de 2019, 14:27
(Foto: Vinicius Loures)
247 - Os partidos de esquerda (PSOL, PT, PcdoB e PSB) afirmaram que irão ingressar com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) após este afirmar que se “ a esquerda radicalizar” a resposta do governo Bolsonaro poderá ser “um novo AI-5” no Brasil. Além da ação junto ao STF, as legendas também deverão entrar com uma representação contra o parlamentar junto ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Segundo reportagem do jornal O Globo, a declaração do parlamentar repercutiu mal até mesmo entre os partidos de centro-direita no Congresso e deve resultar em uma nota de repúdio. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também avalia a divulgação de uma nota acerca das declarações de Eduardo Bolsonaro.
“Vamos representar no Conselho de Ética. Ao propor o AI-5, ele está propondo fechar o Congresso Nacional. Então a segunda coisa é entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) por quebra da ordem constitucional. Estamos estudando juridicamente a melhor maneira de fazer isso”, disse o líder do PSOL, Ivan Valente.
“Aquele vídeo das hienas traduz o sentimento que o Bolsonaro e os filhos têm sobre a democracia, sobre a Constituição e sobre o Estado democrático de direito. Diferente do que ele imagina, se houver uma tentativa de rasgar a Constituição, quem vai para a cadeia em primeiro lugar vão ser eles. Ele já falou em fechar o STF com um soldado e um cabo. Ele tem um histórico de afrontas à democracia”, ressaltou o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS).
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), “a democracia é um fundamento da República, precisa ser preservada por todos os brasileiros. Ser atacada por um parlamentar seria algo inimaginável”. “Infelizmente o deputado Eduardo Bolsonaro se mostra despreparado, desqualificado e com natureza autoritário. E para infelicidade da nação é filho do Presidente. Acaba deixando no ar a dúvida se o desapreço a democracia é pessoal ou expressa a perspectiva de seu grupo político”, completou. .
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