



O governo brasileiro concluiu negociações
sanitárias e fitossanitárias com Filipinas, Guatemala e Nicarágua para
aumentar exportações de produtos agropecuários para esses países.

Nas Filipinas, as autoridades sanitárias aprovaram a exportação de gordura bovina, insumo utilizado na indústria de alimentos e na produção de energia de baixo carbono, especialmente o diesel verde e o sustainable aviation fuel (SAF).
Entre janeiro e outubro de 2025, o país do sudeste asiático importou quase US$ 1,5 bilhão em produtos agropecuários do Brasil.
Na Nicarágua, as autoridades fitossanitárias autorizaram o Brasil a exportar sementes de milheto, crotalária e nabo, insumos para a agricultura tropical, que contribuem para o aumento da produtividade e a redução da dependência de fertilizantes minerais. Entre janeiro e outubro de 2025, a Nicarágua importou cerca de US$ 55 milhões em produtos agropecuários do Brasil.
Já na Guatemala, o governo brasileiro obteve autorização fitossanitária para exportar arroz beneficiado. Em 2025, até outubro, o país importou mais de US$ 192 milhões em produtos agropecuários do Brasil.
“Os resultados reforçam a estratégia de diversificação de destinos e de produtos, incluindo itens de maior valor agregado”, disse em nota o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O Partido Liberal divulgou, nesta quinta-feira (27), que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve suas funções partidárias suspensas e também deixou de receber a remuneração da legenda.

Em nota, o PL argumentou que a medida ocorreu “infelizmente” em decorrência de lei (9096/95) e também em razão da suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro, que é presidente de honra do partido.
A suspensão das atividades partidárias e da remuneração irá perdurar, segundo a nota, enquanto houver os efeitos da condenação pela Ação Penal 2668.
Bolsonaro iniciou o cumprimento de prisão nesta semana e está encarcerado na sede da Polícia Federal em Brasília. Ele foi condenado por tentativa de golpe de Estado.
Nesta noite, o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, postou no X que a suspensão das atividades partidárias de Bolsonaro “foi algo obrigatório, e não por vontade do partido”.
“Se ele está arbitrariamente impedido de trabalhar, a lei determina isso”, escreveu o senador.
Ele defendeu que o grupo político permaneça unido. “Enquanto eu estiver vivo, nada faltará ao meu pai. Repito, é hora de ficarmos unidos”, defendeu o senador.

247 – A bolsa brasileira encerrou novembro em forte alta e renovou o recorde histórico, aproximando-se da marca simbólica de 160 mil pontos. As informações são da Agência Brasil, com dados complementares da Reuters.
O Ibovespa subiu 0,45% nesta sexta-feira (28) e fechou aos 159.072 pontos, atingindo nível recorde pela segunda vez na semana. No mês, avançou 6,37%, o melhor desempenho desde agosto de 2024. No acumulado de 2025, o índice já sobe 32,25%.
As ações da Petrobras, que têm maior peso no Ibovespa, recuaram após a estatal revisar para baixo a previsão de investimentos até 2030. Os papéis ordinários caíram 2,45%, enquanto os preferenciais perderam 1,88%.
Ainda assim, ações de bancos, mineradoras e exportadores de commodities sustentaram o movimento de alta do mercado brasileiro, impulsionado pelo apetite internacional por ativos de países emergentes.
O dólar comercial recuou 0,31% e terminou o pregão vendido a R$ 5,335. A moeda abriu estável, chegou a tocar R$ 5,32 ao longo da manhã e oscilou perto de R$ 5,34 entre 12h30 e 15h, mas perdeu força nas últimas horas de negociação.
Em novembro, a divisa caiu 0,82%. No ano, o dólar acumula queda de 13,67% frente ao real.
Segundo a Reuters, o pregão reduzido nos Estados Unidos por causa do feriado de Ação de Graças e o forte fluxo de capital estrangeiro para emergentes ajudaram a pressionar a moeda norte-americana.
Fatores internos também contribuíram para a onda de euforia no mercado financeiro. A taxa de desemprego caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível desde o início da série histórica, em 2012, o que reforçou a percepção de melhora da economia.
No caso do dólar, investidores também monitoraram a disputa pela formação da Ptax — taxa média do último dia útil do mês, usada para corrigir parte da dívida pública indexada ao câmbio.
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/bolsa-vive-momento-de-euforia-no-governo-lula

247 – A desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), revogou a prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, mas impôs uma série de medidas cautelares que endurecem o controle judicial sobre o empresário. As informações foram divulgadas pela coluna Grande Angular, do portal Metropoles, fonte original desta notícia.
Segundo o Metropoles, Vorcaro terá de usar tornozeleira eletrônica e está proibido de exercer qualquer atividade de natureza econômica ou financeira enquanto durar a decisão judicial. A determinação faz parte do que a coluna descreveu como um cenário de “compliance zero”, no qual o banqueiro fica impedido de atuar no próprio setor ao qual pertence.
Entre as medidas impostas ao dono do Banco Master, estão:
A decisão também alcança outros investigados no caso: o ex-sócio Augusto Lima, além de Luiz Antônio Bull, Alberto Félix de Oliveira e Angelo Ribeiro da Silva, que passam a cumprir as mesmas condições cautelares.
A determinação da desembargadora Solange Salgado da Silva reforça o caráter preventivo aplicado pelo TRF-1 ao caso. As medidas, além de restringirem deslocamento e contatos, inviabilizam a participação dos investigados em atividades ligadas ao mercado financeiro, reduzindo riscos de interferência no processo.
O caso segue sob análise da Justiça Federal, e as medidas impostas devem permanecer vigentes enquanto durar a investigação.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/compliance-zero-impoe-tornozeleira-e-restricoes-ao-banqueiro-daniel-vorcaro

247 – A Petrobras aprovou, em reunião do Conselho de Administração realizada nesta sexta-feira, o Plano de Negócios 2026-2030 (PN 2026-30). As informações foram divulgadas pela própria companhia por meio de comunicado publicado em seu site oficial.
Segundo a estatal, o PN 2026-30 mantém as diretrizes do Plano Estratégico 2050 e reafirma a ambição de consolidar a Petrobras como “a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor”, conciliando a liderança em óleo e gás com a expansão para negócios de baixo carbono, como petroquímica, fertilizantes, biocombustíveis e energias renováveis.
O plano prevê investimentos totais de US$ 109 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais US$ 91 bilhões em projetos já em carteira e US$ 18 bilhões em iniciativas em avaliação. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o impacto econômico do programa: “Nossos investimentos somam um volume significativo para a economia brasileira, US$ 109 bilhões, que representam 5% dos investimentos totais no país. Nossos projetos têm o potencial de gerar e sustentar 311 mil empregos diretos e indiretos e vamos contribuir com R$ 1,4 trilhão em tributos para municípios, estados e União nos próximos cinco anos.”
Ela também afirmou que a estatal seguirá “como empresa integrada e líder na transição energética justa”.
A companhia informou que o plano foi formulado considerando um cenário de preços internacionais do petróleo mais baixos, o que reforçou a necessidade de disciplina de capital, eficiência operacional e rigor na avaliação de investimentos. A Petrobras projeta economizar US$ 12 bilhões em gastos operacionais entre 2025 e 2030.
Essa estratégia inclui:
A estatal destaca que todas as ações seguem diretrizes de segurança operacional, respeito ao meio ambiente e atenção às pessoas.
O segmento de Exploração e Produção (E&P) continuará sendo o principal motor da companhia. O plano destina US$ 69,2 bilhões ao setor, dos quais 62% para projetos no pré-sal.
Entre as metas estão:
A Petrobras também ampliará investimentos exploratórios — US$ 7,1 bilhões — com destaque para as bacias do Sul e Sudeste, para a Margem Equatorial, e para projetos no exterior, como Colômbia e África do Sul.
O plano de negócios inclui US$ 15,8 bilhões para Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes.
Dentre as ações previstas:
A companhia também investirá em biorrefino, incluindo a construção de planta dedicada a SAF (bioquerosene de aviação) e Diesel 100% renovável na RPBC, além de adaptações em outras refinarias.
O plano prevê ainda a construção de 20 navios de cabotagem, 18 barcaças e o afretamento de 40 novas embarcações offshore para ampliar a presença logística no país.
Na área de fertilizantes, o destaque é a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Três Lagoas (MS). A Petrobras também manterá investimentos para assegurar a continuidade das operações das unidades BA, SE e da ANSA.
Em gás natural, a estatal pretende ampliar a oferta nacional e planeja novas usinas termelétricas no Complexo de Energia Boaventura, condicionadas à viabilidade em leilões de reserva de capacidade.
O plano dedica US$ 4 bilhões a projetos de gás e energias de baixo carbono, além de US$ 13 bilhões em iniciativas que envolvem descarbonização, biocombustíveis, CCUS, hidrogênio de baixa emissão e P&D.
Entre os compromissos mantidos até 2030 estão:
A Petrobras afirma que o estudo de financiabilidade indica fluxo de caixa resiliente, com Brent de equilíbrio para neutralidade da dívida líquida estimado em US$ 59 por barril em 2026 e US$ 48 em 2030.
Premissas fundamentais:
A estatal projeta distribuir entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões em dividendos ordinários ao longo do período.
A Petrobras conclui que o PN 2026-2030 reforça a estratégia de:
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/petrobras-aprova-plano-de-us-109-bilhoes-em-investimentos-com-foco-em-expansao-eficiencia-e-transicao-energetica


247 - A estratégia de negociações comerciais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe de ministros diante do tarifaço dos Estados Unidos, agora em grande parte revertido, vem rendendo elogios na imprensa internacional. O jornal britânico Financial Times, de Londres, publicou nesta sexta-feira (28) um artigo da escritora e jornalista Gilian Tett, em que ela avalia a estratégia de Brasília como um grande sucesso.
Segundo Tett, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "respondeu de forma desafiadora às intimidações — o que elevou sua popularidade interna — e saiu em defesa dos tribunais", alvo de Donald Trump por conta da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos no caso da trama golpista.
Tett faz três conclusões principais diante do recuo de Trump. A primeira é que a Casa Branca está "mais nervosa" com as pressões inflacionárias nos EUA, geradas pelo próprio tarifaço contra o Brasil. A segunda lição é que "intimidadores muitas vezes recuam diante da força", demonstrada pelo presidente Lula e a equipe de negociadores diplomáticos. A terceira: "vale a pena distinguir entre táticas e objetivos ao observar a Casa Branca. Isso pode não parecer óbvio, já que Trump frequentemente parece carecer de uma estratégia clara".
A articulista também classifica as negociações comerciais com Trump como um exemplo do que chamou de “TACO trade”. A expressão — que, em tradução livre, significa “Trump sempre amarela” — é usada por críticos da política tarifária do atual presidente dos Estados Unidos para descrever sua postura frequentemente hostil, mas marcada por recuos e oscilações.
Fonte: https://www.brasil247.com/midia/lula-recebe-elogios-do-financial-times-por-driblar-tarifaco-de-trump-e-mostrar-forca


247 - A taxa de desocupação do trimestre móvel encerrado em outubro de 2025 atingiu 5,4%, retomando o menor nível já registrado pela série histórica iniciada em 2012. O dado reflete um mercado de trabalho aquecido, com contingente recorde de pessoas ocupadas e avanço expressivo das vagas formais.
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), fonte dos principais indicadores sobre emprego no país.
No período analisado, o número de pessoas desocupadas recuou para 5,910 milhões — o menor patamar desde o início da pesquisa. O volume mostra queda de 3,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior e redução de 11,8% frente ao mesmo período de 2024. Já a população ocupada do país permaneceu em patamar elevado, somando 102,5 milhões de trabalhadores, com nível de ocupação de 58,8%.
O emprego com carteira assinada voltou a bater recorde, alcançando 39,182 milhões de pessoas no setor privado. A taxa composta de subutilização seguiu em 13,9%, também a menor da série. Entre os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, o contingente caiu para 4,572 milhões, o menor número desde 2016.
A força de trabalho potencial recuou para 5,2 milhões — índice mais baixo desde 2015 — após ter atingido 13,8 milhões no auge da pandemia, entre maio e julho de 2020. Já o número de desalentados caiu para 2,647 milhões, longe do pico de 5,829 milhões registrado no início de 2021.
Para a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o bom desempenho recente do mercado de trabalho explica a redução do desemprego. “O elevado contingente de pessoas ocupadas nos últimos trimestres contribui para a redução da pressão por busca por ocupação e, como resultado, a taxa de desocupação segue em redução, alcançando nesse trimestre o menor valor da série histórica”, afirmou.
Dois dos dez grupamentos de atividade analisados apresentaram crescimento na ocupação em relação ao trimestre móvel anterior. A Construção avançou 2,6%, o equivalente a mais 192 mil trabalhadores. Já o setor de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 1,3%, somando mais 252 mil ocupados.
O grupamento de Outros serviços recuou 2,8%, com perda estimada de 156 mil vagas.
Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2024, houve expansão em Transporte, armazenagem e correio (3,9%, ou mais 223 mil pessoas) e, novamente, em Administração pública e áreas correlatas (3,8%, ou mais 711 mil pessoas). Já os segmentos de Outros serviços (-3,6%) e de Serviços domésticos (-5,7%) registraram retração.
A taxa de informalidade permaneceu em 37,8%, correspondente a 38,7 milhões de trabalhadores — estabilidade em relação ao trimestre anterior e queda frente aos 38,9% de outubro de 2024.
O emprego formal no setor privado, que atingiu 39,182 milhões de pessoas, apresentou estabilidade no trimestre e alta de 2,4% ao ano. O funcionalismo público somou 12,9 milhões de trabalhadores, também estável no período e 2,4% superior ao registrado no ano anterior.
Entre os informais, os empregados sem carteira assinada (13,6 milhões) ficaram estáveis trimestre a trimestre, mas exibiram queda de 3,9% no acumulado de um ano. O total de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) manteve estabilidade no trimestre e cresceu 3,1% na comparação anual.
A massa de rendimento real habitual dos trabalhadores atingiu R$ 357,3 bilhões, novo recorde nacional. Houve estabilidade no trimestre e avanço de 5% em relação ao mesmo período de 2024. O rendimento médio real também seguiu em alta, com crescimento anual de 3,9%.
Na comparação trimestral, apenas o grupamento de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas registrou aumento, com alta de 3,9% (mais R$ 190).
Considerando o período de agosto a outubro de 2024, houve avanço nos rendimentos de segmentos como Agricultura (6,2%), Construção (5,4%), Alojamento e alimentação (5,7%), Informação e comunicação (5,2%), Administração pública e áreas correlatas (3,5%) e Serviços domésticos (5%).
Para Beringuy, o nível elevado de ocupação e a estabilidade dos salários explicam o resultado expressivo na massa de rendimentos. “A manutenção do elevado contingente de trabalhadores, associado à estabilidade do rendimento, permite os valores recordes da massa de rendimento”, analisou.
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/desemprego-recua-para-5-4-e-brasil-registra-melhor-marca-em-13-anos


247 - A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (28) uma operação para investigar um esquema de desvio de recursos públicos em contratos de pavimentação de rodovias financiados por emendas parlamentares. A ação, batizada de Fake Road, apura fraudes em obras que deveriam ter sido executadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).
De acordo com informações o g1, as suspeitas surgiram após auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) apontarem indícios de superfaturamento, serviços parcialmente executados ou simplesmente inexistentes, além de medições irregulares e possível direcionamento para empresas específicas.
A investigação teve início quando a CGU identificou inconsistências relevantes nos contratos firmados, o que levou à deflagração da operação pela PF. O nome Fake Road — que significa “rodovia falsa”, em inglês — faz referência ao conjunto de obras contratadas que, segundo as apurações preliminares, não correspondem aos serviços pagos com recursos públicos.
As equipes responsáveis pelo caso analisam contratos e documentos ligados ao DNOCS para verificar a dimensão do prejuízo e eventuais responsabilidades.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/operacao-da-pf-apura-fraude-em-obras-de-pavimentacao-financiadas-por-emendas


247 - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou de forma contundente a decisão do Congresso de derrubar parte dos vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental, durante sessão realizada nesta quinta-feira (27). Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que "quem perde é o Brasil com a derrubada pelo Congresso dos vetos do presidente Lula à Lei de Licenciamento Ambiental", colocando em evidência a insatisfação do governo com o resultado.
Segundo dados divulgados pela Câmara dos Deputados, a derrubada alcançou 24 dispositivos vetados no Projeto de Lei 2159/21. A reversão ocorreu com mais de 260 votos na Câmara e 50 votos no Senado, números que superam o mínimo constitucional de 257 deputados e 41 senadores exigidos para a derrubada de um veto presidencial.
Durante a sessão, parlamentares do PT apresentaram pedido para votação separada de 27 itens, enquanto o Psol protocolou destaque próprio. Ao todo, 28 pontos seguem em análise. O plano inicial previa a deliberação de 59 vetos, mas sete foram postergados após acordo entre lideranças, todos relacionados à Licença Ambiental Especial (LAE), disciplinada pela Medida Provisória 1308/25.
Além da Lei Geral do Licenciamento, o Congresso também rejeitou seis dos 30 vetos ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). No caso das remunerações do Senado, os parlamentares restabeleceram integralmente o texto original.
Gleisi alertou para os efeitos da decisão na política ambiental e nos compromissos internacionais assumidos pelo país. Em suas palavras, "perdem o meio ambiente, a proteção dos nossos biomas, a segurança dos alimentos e da saúde da população, os indígenas e quilombolas, a reputação dos produtos que exportamos". Ela acrescentou que "a derrubada dos vetos contradiz o esforço ambiental e climático do governo que acaba de realizar a COP 30. Uma péssima notícia".
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/gleisi-critica-derrubada-dos-vetos-na-area-ambiental


247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quinta-feira (27) que aliados do governo federal não descartam recorrer ao Poder Judiciário contra a derrubada dos vetos do presidente Lula na Lei Geral do Licenciamento Ambiental (Lei nº 15.190/2025), conhecida como “PL da Devastação”. O Congresso anulou 56 dos 63 vetos feitos ao projeto de lei.
O deputado Lindbergh disse que a proposta significa um “retrocesso em relação à legislação ambiental”. “Não se descarta a judicialização. Não houve intransigência por parte do governo”, acrescentou.
Com a derrubada dos vetos, são retomados dispositivos como o que autoriza o autolicenciamento para obras de porte médio, chamado de Licença por Adesão e Compromisso (LAC). Essa modalidade requer apenas um compromisso dos empreendedores para liberação das obras, sem os estudos ambientais exigidos atualmente.
A derrubada dos vetos permite transferir a definição dos parâmetros ambientais do licenciamento da União para estados e Distrito Federal (DF); retira atribuições de órgãos ambientais como Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e limita a consulta aos povos indígenas e comunidades quilombolas afetados pelos empreendimentos.
O Legislativo ainda derrubou o veto do governo que impediu retirar a Mata Atlântica do regime de proteção especial para supressão de floresta nativa. A derrubada do veto reduz as exigências para desmatar o bioma que mantém atualmente cerca de 24% da vegetação original.
Apesar dos vetos, o governo conseguiu postergar a votação de sete vetos relacionados ao Licenciamento Ambiental Especial (LAE). Esse novo formato simplificado, previsto no projeto, permitiria uma única etapa de análise para obras classificadas como “estratégicas”.
Ao barrar o mecanismo do LAE, o Executivo publicou a Medida Provisória (MP) 1308 de 2025, mantendo o instrumento, mas em outro formato. Em vez da liberação em fase única, a MP estabelece equipes específicas para acelerar a avaliação de empreendimentos estratégicos, preservando todas as etapas exigidas atualmente.
A MP 1308 tem como relator na Câmara o deputado Zé Vitor (PL-MG). A proposta precisa ser avaliada até 5 de dezembro, prazo final para não perder validade. A comissão responsável pela análise do texto é presidida pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), figura de destaque na bancada ruralista.
A proposta do licenciamento ambiental, apoiada pelo agronegócio e por setores empresariais, enfrenta críticas contundentes de entidades ambientalistas e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que se afirmam tratar de um retrocesso significativo nas políticas de proteção ambiental.
Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/lindbergh-apos-derrubada-de-vetos-nao-descartamos-a-judicializacao