Em live do Grupo Prerrogativas, o ministro do STF Gilmar Mendes afirmou que procuradores da Lava Jato são "chantagistas eméritos"
11 de julho de 2020, 12:58 h Atualizado em 11 de julho de 2020, 14:18
Deltan Dallagnol e Gilmar Mendes (Foto: ABr | STF)
247 - O ministro do STF Gilmar Mendes, em live do Grupo Prerrogativas, comentou a contrariedade de procuradores da Lava Jato em compartilhar dados sigilosos com o procurador-geral da República, Augusto Aras.
"Ontem eu participava de uma live com o governador Flávio Dino e ele disse: 'é quase caricatural que o PGR tenha que ir ao Supremo para ter acesso a documentos da Lava Jato em Curitiba'. É no Brasil o rabo abanando o cachorro.O direito ao sigilo e o direito a acesso a documentos é da instituição, é da Procuradoria-Geral, e não de determinadas pessoas", falou o ministro.
Gilmar Mendes ainda afirmou que a força-tarefa da Lava Jato tem "chantagistas eméritos" que, agora, se preocupam com um possível vazamento de dados sigilosos por parte de Aras que poderia resultar em uma chantagem de políticos. "Esses dias alguém me perguntava sobre essa questão: por que tanto cuidado com este sigilo? Esta pessoas que se revelaram vazadores eméritos de notícias, de sigilos, agora estão zelando pelo sigilo dessas pessoas preocupadas com que o procurador-geral venha a vazar, que isto poderá chantagear políticos. E o que eles têm feito? Chantagistas eméritos usando agora o argumento naquela linha de 'vou gritar pega ladrão'. Eu até disse a uma repórter que me procurou que essa gente está temendo qualquer correção porque eles sabem o que fizeram no sábado a noite".
Questionado sobre a ligação entre a Lava Jato e o FBI, revelado pela Vaza Jato, o ministro do Supremo se limitou a dizer: "eu acho que essa é uma outra questão que nós devemos olhar com muito cuidado. Certamente esse tema preocupa, essa cooperação informal entre autoridades".
Nenhum comentário:
Postar um comentário