247 - Michel Temer acelerou a exoneração de indicados políticos de parlamentares "infiéis" para acomodar o grupo do centrão que o ajudou a barrar a primeira denúncia da PGR.
A pressa tem explicação: O Planalto quer evitar uma possível rebelião de sua base às vésperas da segunda denúncia de Rodrigo Janot contra o peemedebista.
O Palácio do Planalto começou a demitir mais de uma centena de aliados de deputados que votaram a favor da denúncia contra Michel Temer.
O número de demissões deve chegar a cerca de 140, segundo articuladores políticos do governo. Estão sendo punidos parlamentares de todos os partidos em que houve "traições"
Os cargos serão redistribuídos a congressistas que ajudaram a rejeitar a abertura de processo criminal contra Temer. Novas indicações para esses postos já foram feitas e estão em análise pela Casa Civil.
Dezenas de exonerações ocorreram na última semana. Parte das demissões aconteceu em direções regionais de órgãos como Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e ANM (Agência Nacional de Mineração).
Temer hesitava em fazer essa devassa para não criar novas tensões na Câmara, mas decidiu acelerar as mudanças em escalões intermediários do governo para tentar aplacar as reclamações de partidos de sua base.
Persistem focos de insatisfação na base aliada, entretanto, principalmente em relação aos cargos ocupados pelo PSDB. Quase metade da bancada tucana votou contra Temer, mas o peemedebista quer evitar uma punição em massa ao partido para tentar conquistar votos a favor de sua agenda de reformas.
As informações são de reportagem de Bruno Boghossian e Daniel Carvalho na Folha de S.Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário