
247 – Em sua tentativa de delação premiada, o ex-ministro Antônio Palocci, que está preso em Curitiba, acusa Cesar Asfor Rocha, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, de receber R$ 5 milhões para enterrar a Operação Castelo de Areia – a primeira grande ação contra uma empreiteira, a Camargo Corrêa, que poderia ter sido precursora da Lava Jato.
As informações foram publicadas pelas jornalistas Flávia Ferreira e Estelita Carrazai, na Folha de S. Paulo. "Em negociação de delação premiada, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci afirmou que o ex-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha recebeu suborno no valor de pelo menos R$ 5 milhões da construtora Camargo Corrêa para barrar a Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. Além da Camargo Corrêa, a operação deflagrada em 2009 tinha como alvos outras empreiteiras e políticos posteriormente investigados na Operação Lava Jato", diz a reportagem.
Segundo Palocci, o acerto com Rocha foi comandado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, morto em 2014, e incluía também a promessa de apoio para que o então magistrado fosse indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Tanto Palocci como a Camargo negam as acusações. "Se Antônio Palocci efetivamente produziu essa infâmia, eu o processarei e/ou a quem quer que a tenha difundido. A afirmação é uma mentira deslavada que só pode ser feita por bandido, safado e ladrão", diz Rocha. Em nota, a Camargo afirma que "a anulação da operação foi confirmada pela 1ª turma do STF, que ratificou a existência de nulidade insuperável".
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