Sergipe 247 – O vice-presidente nacional do PT, Márcio Macêdo, afirmou que a tramitação em tempo recorde do processo contra Lula na segunda instância é a prova de que há perseguição ao ex-presidente. Além disso, ele avalia que o andamento do recurso em apenas 42 dias no Tribunal Regional Federal da 4ª Região é uma "retaliação" ao sucesso da caravana de Lula. Márcio é o coordenador da maratona de viagens do líder petista pelos nove Estados do Nordeste.
"As elites brasileiras, esta turma que está comandando os processos, não sabem o que fazer com a caravana. A grande mídia fica tentando esconder, as redes sociais estão divulgando e bombando, as pessoas estão falando e esse é mais um processo de retaliação. Cada hora que Lula faz uma atividade ou o PT realiza algo um ato, a exemplo até do aniversário do partido, sempre há uma contrapartida da operação Lava Jato para tentar desgastar o presidente ou incriminá-lo. A questão deles é o desespero", disse Márcio em entrevista à rádio Mix FM, de Sergipe, nesta sexta-feira (25).
Para o vice-presidente, o medo de enfrentar Lula nas urnas faz com que seu adversários tentem interditá-lo. Mas Márcio manda um recado: "Nós vamos enfrentar e resistir, pois temos absoluta certeza que Lula é um homem inocente e, como tal, não tem nenhum impedimento de participar do processo eleitoral de 2018, na hora que a legislação permitir".
"Peça jurídica medíocre"
Márcio reiterou que a sentença do juiz Sérgio Moro na primeira instância contra o ex-presidente é política, sem nenhuma prova material e disse acreditar que a Justiça irá anulá-la. "Acreditamos na Justiça e que o Tribunal vai reverter esses processos, pois não há nenhuma prova material. A sentença do Moro é política. Se você observar, é uma peça jurídica medíocre e sem nenhuma consistência técnica. É uma decisão política. Foi feita uma engrenagem e ele não sabe como sair disso. Não tem prova material. É um Power Point e as chamadas convicções. Estão querendo impossibilitar o maior líder popular deste país, que está liderando as pesquisas, de participar de uma eleição imputando crimes que ele não cometeu", reforçou.
"Tragédia e farsa"
Para o coordenador das caravanas de Lula, a perseguição ao ex-presidente não é novidade na história do Brasil. "Aliás, o velho Marx dizia que a história se repete em forma de tragédia ou de farsa. Esta ocasião é um pouco das duas coisas: tragédia e farsa. Vejam Getúlio Vargas: sabe-se que ele foi incriminado com os mesmos discursos que estão fazendo com Lula hoje. Os meios de comunicação que estão incriminando o presidente Lula foram os mesmos que incriminaram Getúlio Vargas, pois ele fez as leis trabalhistas, criou a Petrobras e realizou um projeto nacionalista. São as mesmas acusações. Quem tiver o cuidado de fazer uma pesquisa verá que as acusações que fizeram contra Getúlio e levaram ele ao suicídio são as mesmas que fazem com Lula. Se observar com Juscelino Kubitschek, um grande estadista brasileiro, são as mesmas acusações do triplex. Disseram que ele tinha recebido como propina um apartamento na Vieira Souto no Rio de Janeiro. E diziam que JK não poderia disputar eleição, se ganhasse não podia assumir, se assumisse não podia governar. As elites que mexem no Brasil querem tomar de assalto o poder do povo", alertou.
Caravana
Márcio Macêdo destacou que a caravana de Lula tem sido um sucesso. "O apelo ao presidente Lula é uma coisa extraordinária e há três coisas que estou observando nessa caravana que são muito importantes. A primeira delas é o amor do povo e a reverência ao presidente Lula. Nós observamos que, nos últimos anos, ele se tornou um grande líder popular, a maior expressão política do nosso país nos patamares da liderança de Nelson Mandela, Gandhi e tantos outros que existiram na história da humanidade e são representativos para seu povo e seu país. A segunda característica é o reconhecimento das pessoas ao legado do presidente, pelo que ele fez. As declarações das pessoas são muito fortes, dizendo que nunca tiveram casa e que conseguiram uma na gestão de Lula, que o filho está estudando numa universidade pública ou escola privada pelas oportunidades que foram dadas. A terceira coisa é a esperança. Num momento tão difícil deste país e de tantas dificuldades, por onde Lula passa, ele leva um pouco de esperança para o povo nordestino e brasileiro", definiu.
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