Relatora das contas da campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República no TSE, ministra Maria Thereza de Assis Moura pediu explicações sobre 15 supostas irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte; entre as mais graves, estão o fato de Aécio ter repassado ao PSDB uma doação de R$ 2 milhões feita pela empreiteira de Marcelo Odebrecht, mas não ter registrado a transação na prestação de contas; além da Odebrecht, o TSE quer saber também por que Aécio recebeu R$ 1,75 milhão da construtora Construbase, mas só declarou R$ 500 mil; ao todo, doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais somam mais de R$ 6 milhões
30 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 12:44
247 - A relatora da prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Maria Thereza de Assis Moura, solicitou do tucano explicações sobre 15 supostas irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte.
Entre elas está o fato de Aécio ter repassado para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas não ter registrado a transferência na prestação de contas.
"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral. A Odebrecht é uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato e seu presidente, Marcelo Odebrecht, está preso desde 17 julho.
Segundo dados divulgados pelo Estado de S. Paulo, além da Odebrecht, o TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil.
A ministra Maria Thereza de Assis Moura quer saber também por que a campanha tucana declarou R$ 3,9 milhões em doações estimáveis apenas na prestação de contas retificadora.
Das 15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.
O PSDB informou por meio de nota que já esclareceu ao TSE todas as dúvidas e ratificou os erros apontados pelo tribunal. Segundo o partido, todos as doações foram registradas com os devidos recibos eleitorais, inclusive as da Odebrecht e Construbase, e as falhas detectadas são erros meramente contábeis.
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