- O colunista José Roberto de Toledo aponta as muitas
inconsistências das várias versões apresentadas por Temer, Padilha e companhia a
respeito da propina da Odebrecht. "A princípio, nem Michel Temer nem Eliseu
Padilha admitiram terem se encontrado com Marcelo Odebrecht e Cláudio Melo Filho
no Palácio do Jaburu, onde morava o então vice, para falar de doação para o PMDB
durante a campanha eleitoral de 2014. Ambos repudiaram em notas as “falsas
acusações” e “mentiras”. (...) Dias depois de suas notas indignadas, tanto Temer
quanto Padilha passaram a admitir ter havido o encontro dos quatro homens no
Jaburu. Insistiam, porém, que era tudo dinheiro declarado."
Confira alguns trechos do texto:
"Essa versão começou a furar quando o Estado noticiou que quem entregara o dinheiro no escritório de Yunes havia sido Lúcio Funaro, um operador preso pela Lava Jato sob acusação de extorquir dinheiro de empresas junto com Eduardo Cunha. Segundo a notícia, Funaro entregara R$ 1 milhão em espécie ao amigo de Temer.
(...)
O que se deduz – pelas questões de Cunha e, principalmente, pela delação do empreiteiro confirmada por Yunes – é que nem toda doação da Odebrecht para o PMDB de Temer e Padilha foi pela declarada via bancária. Parte usou mulas. Por qual motivo?
Se a Justiça eleitoral descobrir, vai demorar. Padilha está hospitalizado. Temer pode alegar ignorância, arrolar testemunhas, postergar o julgamento. Enquanto isso, o governo tenta aprovar as reformas, aquecer a economia e ficar popular."
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/282915/Toledo-Temer-e-sua-turma-j%C3%A1-mudaram-v%C3%A1rias-vezes-vers%C3%A3o-sobre-propina-da-Odebrecht.htm
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