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segunda-feira, 20 de março de 2017

O FRACASSO DA FESTA DE SÃO JOSÉ E A REVOLTA DA POPULAÇÃO


Tradição e descaso revolta população que visitou a Praia do Preá no dia de São José
Cruz. A Festa de São José, na Praia do Preá, Distrito de Caiçara, Município de Cruz, à 300Km de Fortaleza, no Território Litoral Norte do Ceará, já é uma tradição de mais de 30 anos.
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clip_image006clip_image008Neste dia, a Festa Religiosa realizava a procissão marítima com a imagem de São José, que além de Padroeiro do Ceará, também é o Padroeiro da Vila de Pescadores. Dezenas de canoas saiam para um passeio pelo mar com a Imagem de São José, que atraia multidão de devotos para acompanharem a procissão em mar e em terra.
A Festa Profana, nos últimos anos, tinha Show com bandas de forró, Regatas de canoas, jogos de futebol de praia, saltos de paraquedas, Ambulâncias com equipes médicas e corpo de bombeiro com salva-vidas que ficavam de prontidão para qualquer emergência. O policiamento era reforçado para garantir a segurança dos banhistas. Cordões de isolamento separavam a áreas dos banhistas e de trânsito de veículos.
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O comercio reforçava seus estoques de mercadorias, as churrascarias se preparavam para atender à distinta clientela diversificando sua gastronomia.
Vendedores ambulantes (feirantes) vinham dos mais distantes lugares para esporem seus produtos e sempre faziam boas vendas. Churrascos, confecções, calçados, bebidas, milho verde, frutas e verduras não faltavam entre os feirantes.
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Chuveiros de água doce eram colocados à disposição dos banhistas e dezenas de sanitários químicos eram distribuídos por diversos pontos da praia.
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Parques de diversão, jogos diversos, brinquedos, apresentação de capoeiras faziam parte de uma festa que atraia multidões. Chegou-se a registrar até 20.000 visitantes neste dia com 800 carros e 1.200 motos.
Todos os anos, milhares de banhistas visitavam a Praia do Preá no dia de São José, para o tradicional banho de mar, sempre em número crescente.
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A população local aproveitava o ensejo da festa para ganhar uma renda extra trabalhando na organização da festa, expondo seu artesanato local, que é muito rico e diversificado ou, até mesmo, improvisando estacionamentos para vigiar carros e motos.
Mas, este ano, a situação foi bem diferente. Não houve qualquer tipo de organização. Nenhum evento foi programado, nenhum esquema de segurança foi montado.
A maioria dos vendedores, tiveram que voltar sem montarem suas bancas de venda e os que ficaram reclamaram pelas poucas vendas que fizeram. Prejuízos na certa. O comércio nada vendeu. Alguns comerciantes, até que tentaram fazer algum negócio, mas, sem a presença dos consumidores, logo fecharam as portas e foram procurar diversão nas praias das comunidades vizinhas onde multidões se acotovelavam, atraídas pelos shows com bandas famosas e várias outras atrações.
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A população ficou revoltada e se manifestou através das redes sociais mostrando o seu descontentamento e não hesitaram em responsabilizar o Vereador local Carlos Dias por ter se pronunciado contra a realização de eventos na Praia do Preá, no Dia de São José, através de pronunciamento na Câmara Municipal e transmitido pela emissora de rádio local.
O descontentamento dos banhistas, tanto da comunidade quanto os visitantes é o que mais se tem comentado nos dias que sucederam à Festa de São José, seja em rodas de conversa ou através de redes sociais.
O público presente foi o menor desde 1998, quando foram construídas vias de acesso ligando às Praias do vizinho Município de Acaraú à Praia do Preá. Neste dia, os banhistas, aproveitavam para visitar diversas praias do nosso litoral.
Fotos comparativas mostram a diferença entre a população de visitantes neste ano e de anos anteriores.
Dr. Lima
Radialista


GRIFO MEU: Não acredito que o Vereador Carlos Dias seja o responsável pelo fracasso  da festa de São José este ano no Preá. Sei da sua paixão pelas coisas boas de sua terra. Acredito até que este momento de crise econômica, onde as gestões municipais prefiram colocar o dinheiro público em coisas mais urgentes, como Saúde Educação e etc. Talvez também o medo dos motoqueiros e motoristas, que andam em veículos sem estarem em dia com suas documentações,  e sabendo que este ano a fiscalização estava mais rigorosa, estejam entre as causas da pouca frequência este ano para a festa de são José. Fico torcendo para que no próximo ano, tudo esteja melhor e a festa seja mais bonita do que já foi.
Por Jacinto Pereira

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