19:20 10.08.2025 (atualizado: 20:26 10.08.2025)

© AP Photo / Esteban Felix
O presidente colombiano, Gustavo Petro, reagiu neste domingo (10) às recentes investidas dos Estados Unidos contra a Venezuela.
Em postagem neste domingo na plataforma X na noite deste domingo (10), o presidente colombiano frisou, como comandante das Forças Armadas colombianas, que qualquer ação na região, sem aprovação, é uma agressão.
Em sua fala, Petro cita em específico tentativas contra a Venezuela.
"Transmito publicamente minha ordem como comandante das Forças Armadas colombianas. Colômbia e Venezuela são o mesmo povo, a mesma bandeira, a mesma história. Qualquer operação militar sem a aprovação de nossas nações irmãs é uma agressão à América Latina e ao Caribe. É uma contradição fundamental ao nosso princípio de liberdade. 'Liberdade ou morte', gritou Bolívar, e o povo se levantou", escreveu Petro.
Nos últimos dias, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país utilizará sua força militar contra cartéis do narcotráfico na América Latina.
Em
paralelo, a administração Trump elevou de US$ 25 milhões (cerca de R$
135 milhões) para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa
por informações que levem a prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O
anúncio foi dado pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que acusou
Maduro de colaborar com com grupos como Tren de Aragua e o Cartel de
Sinaloa.

7 de agosto, 18:50
No
sábado (9), em postagem na plataforma, Petro afirmou que concordava com
a politica antidrogas de Trump, desde que ela fosse baseada "no
respeito à soberania nacional". Ele frisou não ter dúvidas de que é
preciso "dobrar ou triplicar o combate às organizações do narcotráfico" e
que seu governo está comprometido com essa luta, "respeitando a
independência dos governos".
"Mas
para reduzir os insumos para a produção de bens ilícitos por
camponeses, ou os serviços prestados por jovens excluídos, a
transformação pacífica do território deve ser totalmente financiada, com
economias legítimas. A violência ali só trará mais violência", disse o
presidente colombiano.
Ele
afirmou ainda ter recebido o apoio de Maduro, para derrotar grupos de
narcotraficantes na fronteira entre os países, e destacou que não
acreditar que a solução para os problemas políticos da Venezuela "esteja
em gastar dinheiro para matar ou capturar líderes políticos".
"O
caminho da Venezuela é a liberdade política e a soberania plena. Ao
povo venezuelano e a todas as suas forças, propusemos um sistema de
maior integração política, social e econômica em uma confederação da Grande Colômbia de nossos tempos."
Esta não é a primeira vez que Petro fala sobre a revitalização da Grã-Colômbia, república que existiu entre os anos de 1819 e 1831, abrangendo os territórios de Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá. Em abril ele afirmou que "ousou" escrever cartas para os líderes destes países convocando-os a discutir a ideia.
Na ocasião, ele afirmou que o líder venezuelano Simón Bolívar,
que presidiu a Grã-Colômbia, "estava absolutamente certo" em criar esse
Estado e que aqueles que defendiam sua desintegração e "aqueles que
destruíram esse sonho com armas" estavam errados.
"Se
a Grã-Colômbia existisse hoje, controlada pelo povo da Grã-Colômbia, o
Caribe seria o mare nostrum, como diziam os romanos; um viveiro de
cultura", acrescentou na época.
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20250810/42200870.html
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