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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Sputnik Brsail: Mídia: Brasil busca apoio da China para cortar emissões de carbono no transporte marítimo

 05:35 21.08.2025

Navios de contêineres são vistos no porto de Santos, a 80 quilômetros ao sul de São Paulo, Brasil - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2025

O Brasil busca apoio da China para aprovar um plano da ONU que visa reduzir emissões no transporte marítimo. A proposta, liderada pela OMI, enfrenta resistência dos EUA e será votada em outubro. Se aprovada, navios poluentes pagarão por suas emissões a partir de 2027.
O Brasil está empenhado em garantir o apoio da China ao Marco de Emissões Líquidas Zero da Organização Marítima Internacional (OMI), uma iniciativa da ONU para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no transporte marítimo. A votação decisiva sobre o plano ocorrerá em outubro, e o governo brasileiro espera que a China esclareça sua posição sobre a implementação do acordo, segundo o South China Morning Post (SCMP).
O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Filho, destacou o compromisso do Brasil com a proposta, que exige que navios oceânicos paguem por suas emissões de carbono a partir de 2027, caso não atendam aos padrões de eficiência energética. As taxas variam de US$ 100 (R$ 547) a US$ 380 (R$ 2.080) por tonelada de dióxido de carbono equivalente, dependendo do nível de conformidade.
A receita gerada será destinada à promoção de combustíveis limpos e ao apoio à transição justa para países em desenvolvimento. A proposta ainda precisa ser formalmente adotada na sessão extraordinária da OMI em outubro, com exigência de cumprimento total pelas empresas a partir de 2028.
Apesar do apoio de 63 países, incluindo Brasil, China e União Europeia (UE), os Estados Unidos rejeitaram o plano, alegando que ele representa um "imposto global de carbono sobre os norte-americanos" e poderia beneficiar concorrentes como a China. Washington ameaçou retaliar os países que apoiarem o acordo, com medidas como tarifas e restrições de visto.
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De acordo com a apuração, a mudança de postura chinesa é vista como estratégica pelo Brasil, que busca consolidar alianças para garantir a aprovação do plano. O embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, deverá se reunir com autoridades brasileiras para discutir alternativas e reforçar o apoio à proposta.
No Porto de Santos, maior da América Latina e principal ponto de exportação agrícola para a China, a diferença entre as posturas de Washington e Pequim já é perceptível. Enquanto os EUA ameaçam retaliações, empresas chinesas como a COFCO têm seguido normas ambientais locais e investido em projetos sustentáveis.
Segundo o SCMP, para Anderson Pomini, chefe da Autoridade Portuária de Santos, a cooperação com empresas chinesas vai além da infraestrutura. Elas aderiram ao programa de certificação de sustentabilidade do porto e contribuíram para iniciativas comunitárias, como a recuperação de áreas degradadas e a revitalização de espaços públicos.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250821/midia-brasil-busca-apoio-da-china-para-cortar-emissoes-de-carbono-no-transporte-maritimo-42584046.html

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