247 - Durante ato em São Paulo que reuniu manifestantes em apoio a Lula, nesta quinta-feira (7), Fernando Haddad (PT) afirmou que o ex-presidente não é tratado de forma isonômica pelos juízes e que as decisões não são sem provas.
"Ninguém trouxe à tona uma mala de dinheiro, uma conta em algum paraíso fiscal, algo concreto, um ato dele que demonstrasse cabalmente que ele contrariou o interesse nacional", enfatizou o ex-prefeito e candidato a presidente da República nas eleições de 2018.
"Se a Justiça tivesse trazido a público provas, não estaríamos aqui hoje", completou Haddad, que também é um dos advogados de defesa do ex-presidente.
Preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde de 7 de abril do ano passado, Lula foi condenado no processo do sítio de Atibaia nesta quarta-feira (6).
Haddad lembrou que foram cometidas uma série arbitrariedades. "Lula teve seu sigilo quebrado sem autorização, foi conduzido coercivamente sem ter resistido a nenhum chamado da Justiça, está impedido de dar entrevistas até por escrito. Existe um direito para todo mundo e existe um direito para o Lula", denunciou.
O ex-prefeito disse que Lula é alvo de investigação desde o final dos anos 1970, ainda sob regime militar. "Na verdade, o Lula é investigado há 40 anos... Se alguém cometeu um erro, tem de pagar. Sempre nos limites da lei. Não vimos isso no processo, e isso tem remédio. Vamos recorrer nacional e internacionalmente, porque queremos Justiça, e não injustiça", enfatizou ele, sob gritos de Lula Livre.
"Não podemos dissociar a luta do 'Lula Livre' da luta pelo estado de direito, não vamos arredar o pé. Lula para o prêmio Nobel da Paz!", disse o ex-prefeito.
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