247 - A propaganda política do PMDB, exibida nesta terça-feira (28), na qual a legenda afirma que o governo Michel temer é vítima de uma trama que tem atrapalhado a economia e a estabilidade do Brasil, traz uma curiosidade. Dos seis políticos que aparecem defendendo a atual gestão, três – incluindo o próprio Temer – são alvo de investigações pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Somente Temer tem três processos derivados da delação premiada de executivos da JBS. Dois deles estão parados pelo fato da Câmara não ter autorizado a continuidade dos inquéritos. O único processo ainda em tramitação trata de irregularidades que teriam sido cometidas por Temer na edição de um decreto sobre o setor portuário.
"Ter a honra atacada dói. Dói bastante. Mas não se compara com a dor do desemprego, da sobrevivência, da injustiça social. A injustiça social dói em tudo. Dói na saúde, na educação, na falta de oportunidades. Dói agora, e dói depois. As mudanças que estamos fazendo têm um único objetivo: diminuir a desigualdade para acabar com essa dor", afirmou Temer durante a propaganda partidária.
Um outro "garoto propaganda" do PMDB, o senador e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), responde a pelo menos 15 inquéritos, boa parte deles ligados a desdobramentos da Lava Jato, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo.
"O PT, ao invés de assumir os seus erros, pedir desculpas ao povo e ajudar o Brasil a sair da crise, crise criada por eles, optou por colocar a culpa e todos os seus erros no novo governo do presidente Michel Temer. Chega a ser ofensa à nossa inteligência. É pena, é triste, mas a verdade é que o PT deixou de ser um representante importante para a política e a democracia do país para se transformar em um grupo cujo único ideal era o de se manter no poder", diz Jucá na peça publicitária. Jucá foi flagrado em uma ligação telefônica dizendo ser preciso "estancar a sangria provocada pela Lava Jato".
O outro peemedebista investigado é o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE). Ele figura em dois inquéritos no STF abertos com base em delações premiadas de executivos da Odebrecht.
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