quarta-feira, 29 de novembro de 2017
METADE DOS POLÍTICOS QUE APARECERAM DEFENDENDO O PMDB EM PROPAGANDA SÃO INVESTIGADOS PELO STF
247 - A propaganda política do PMDB, exibida nesta terça-feira (28), na qual a legenda afirma que o governo Michel temer é vítima de uma trama que tem atrapalhado a economia e a estabilidade do Brasil, traz uma curiosidade. Dos seis políticos que aparecem defendendo a atual gestão, três – incluindo o próprio Temer – são alvo de investigações pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Somente Temer tem três processos derivados da delação premiada de executivos da JBS. Dois deles estão parados pelo fato da Câmara não ter autorizado a continuidade dos inquéritos. O único processo ainda em tramitação trata de irregularidades que teriam sido cometidas por Temer na edição de um decreto sobre o setor portuário.
"Ter a honra atacada dói. Dói bastante. Mas não se compara com a dor do desemprego, da sobrevivência, da injustiça social. A injustiça social dói em tudo. Dói na saúde, na educação, na falta de oportunidades. Dói agora, e dói depois. As mudanças que estamos fazendo têm um único objetivo: diminuir a desigualdade para acabar com essa dor", afirmou Temer durante a propaganda partidária.
Um outro "garoto propaganda" do PMDB, o senador e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), responde a pelo menos 15 inquéritos, boa parte deles ligados a desdobramentos da Lava Jato, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo.
"O PT, ao invés de assumir os seus erros, pedir desculpas ao povo e ajudar o Brasil a sair da crise, crise criada por eles, optou por colocar a culpa e todos os seus erros no novo governo do presidente Michel Temer. Chega a ser ofensa à nossa inteligência. É pena, é triste, mas a verdade é que o PT deixou de ser um representante importante para a política e a democracia do país para se transformar em um grupo cujo único ideal era o de se manter no poder", diz Jucá na peça publicitária. Jucá foi flagrado em uma ligação telefônica dizendo ser preciso "estancar a sangria provocada pela Lava Jato".
O outro peemedebista investigado é o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE). Ele figura em dois inquéritos no STF abertos com base em delações premiadas de executivos da Odebrecht.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
COM TRABALHO INTERMITENTE, EMPREGADO CORRE RISCO DE PAGAR PARA TRABALHAR
247 - A Receita Federal divulgou nesta segunda-feira, 27, as regras de contribuição previdenciária dos trabalhadores intermitentes cujo rendimento mensal ficar abaixo do salário mínimo. Esta é uma situação pode ocorrer com aplicação das normas previstas na reforma trabalhista. O próprio empregado poderá pagar a diferença entre a contribuição incidente sobre o salário e o mínimo exigido pela Previdência. Caso optem pela contribuição previdenciária, alguns trabalhadores vão pagar para trabalhar, informa o jornal O Estado de São Paulo.
No contrato intermitente, o trabalhador atua apenas quando é convocado. Pela legislação, deve-se receber, pelo menos, valor proporcional ao salário mínimo pela hora, R$ 4,26, ou pelo dia trabalhado, R$ 31,23. Trabalhadores com salário inferior ao mínimo terão recolhimento abaixo do aceito pelo INSS para a contabilidade da aposentadoria. Os empregados "poderão recolher a diferença" entre a contribuição calculada sobre o contracheque e o mínimo exigido pelo INSS. Quem não recolher esse valor adicional não terá acesso à aposentadoria nem a benefícios como a licença médica.
É possível que o empregado tenha de tirar dinheiro do próprio bolso para trabalhar. Podemos pegar como exemplo uma vaga para operador de caixa intermitente de uma rede de supermercados em Fortaleza, no Ceará. Para quatro horas por dia, seis vezes por mês, a empresa oferece salário de R$ 4,81 por hora. Com essa carga horária, o salário seria de R$ 115,44. Com este valor, a contribuição à Previdência paga pela empresa à Receita seria de R$ 23,09. A contribuição mínima é de R$ 187,40. O empregado precisaria desembolsar R$ 164,31. Nesse caso, o trabalhador terminaria o mês devendo R$ 65,03.
Entre as quase mil emendas ao texto da Reforma, que ainda será votado pelo Congresso Nacional, algumas tentam mudar o funcionamento da Previdência dos intermitentes. O senador José Serra (PSDB-SP) propõe que empregados que ganhem menos que mínimo "terão recolhidas pelo empregador a diferença entre a remuneração recebida e o valor do salário mínimo" para o INSS.
É de ter vergonha do Ministério Público
Sem mais, nem menos, eis que o programa "Fantástico" da Rede Globo exibe imagens de Sérgio Cabral e Garotinho, ex-governadores do Rio de Janeiro, na prisão em que se encontram. Presos estão, sem culpa formada, porque seriam, ao ver de juízes deformados pela tal "opinião pública", tão perigosos quanto Hannibal Lecter, o assassino serial engaiolado no filme "O silêncio dos inocentes".
As imagens dos políticos preventivamente presos teriam sido obtidas com apoio imprescindível de membros do Ministério Público do Rio de Janeiro, aquela mesma instituição que convidou Kim Kataguiri para palestrar sobre "bandidolatria". Desviaram-se criminosamente de sua função de fiscalizadores da execução penal para exporem a intimidade de pessoas presas preventivamente.
Há algo de muito doentio com nossas instituições persecutórias, aí incluído o judiciário com competência penal, porque há muito deixou de ser isento para comungar, com o ministério público e a polícia, a cosmovisão falso-moralista e punitivista. Hoje, quem cai nas garras dessa troika, que não espere justiça. Não espere imparcialidade. Saiba que corre o risco de ser exposto, junto com sua família, à execração pública, conduzido de baraço e pregão diante das câmeras de televisão. Pouco interessa se o caso contra si é frágil ou forte; a gravidade da acusação que pesa é medida pela audiência que possa ser atraída, composta de um público cúpido em se deleitar com a desgraça alheia. Se o suspeito exposto é uma personalidade pública, a audiência vai ao delírio, para regozijo da mídia e, sobretudo, dos meganhas travestidos de juízes, promotores e investigadores.
A Schadenfreude virou sentimento legítimo. Nunca, depois do iluminismo, se festejou tanto, nestas terras, o suplício exposto de alvejados pelo sistema persecutório, quanto nos dias atuais, em tempos de Lava-Jato. Falta só amarrá-los na roda e esquartejá-los em praça pública. E a massa celerada ovaciona o ministério público que lhe proporciona tamanho show. Pouco lhe interessa que o próximo a cair nas malhas dessa instituição sem freio e sem critério pode ser cada um daqueles que ali estão em espasmódico orgasmo de ira descontrolada. Porque, para virar alvo de promotores ou procuradores falso-moralistas e redentoristas, basta estar no lugar errado, na hora errada.
E, em tempos de Lava-Jato, os Dallagnóis da vida assumem abertamente que "sem exposição" não seria possível responsabilizar os alvos de sua sacrossanta operação. Na falta de provas, de argumento técnico, o delírio das massas legitima a repressão. Por isso anunciam, para sua audiência de sádicos psicopatas, que 2018 será o ano da "batalha final" da Lava-Jato, um clímax imperdível, a coincidir com as eleições gerais e, claro, com prometido potencial de influenciá-la em proveito de quem, por juizecos e promotorecos, são tidos como merecedores da confiança popular.
Não escondem que o teatro sórdido montado contra personagens de visibilidade tem finalidade política. Depois de terem virado heróis nacionais por força de midiática atuação à margem da Constituição e das leis processuais, querem se assenhorar do Estado como um todo, avalizando, ou não, quem se candidate a cargo eletivo. Cria-se, assim, o index personarum prohibitorum do ministério público.
Resta-nos prantear essa instituição, que traiu sua mui promissora missão constitucional de promotora dos valores democráticos e dos direitos fundamentais, para se tornar um cínico verdugo a buscar aplauso de uma gentalha embrutecida, sem escrúpulos. Tudo em nome de um primitivo conceito de moralidade que não se sustenta diante dos abusos cometidos, da ambição desmedida e da ganância por desproporcionais vantagens pela função mal e conspiratoriamente exercida.
Triste fim do ministério público a que pertenci em atividade com tanta honra. Vulgarizou-se. Amesquinhou-se. Tornou-se um trambolho, um estorvo para as forças democráticas deste país. Gordo e autossuficiente, deleita-se no seu bem-estar, sem preocupação com milhares de brasileiras e de brasileiros impactados pela baderna política e econômica que causaram; brasileiras e brasileiros que não moram no Lago Sul de Brasília, não moram em Ipanema ou no Leblon do Rio de Janeiro e nem nos Jardins de São Paulo. Não têm recursos para planos de saúde eficientes que nem o Plan-Assiste do Ministério Público da União e nem para colocar filhos em escola privada. Será que os promotorezinhos e os procuradorezinhos pensam que essa população se alimenta de blá-blá-blá moralista? Acabaram os empregos, acabaram-se os direitos — "MAS temos o combate à corrupção!" É esse discurso que vai encher a barriga dos que foram esmagados pelo golpe do "mercado" e de seus interesseiros lacaios? Não acredito...
Um ministério público que precisa de aplauso para trabalhar descarrilhou. A repressão penal, lembra Foucault, por tangenciar perigosamente os fundamentos do Estado democrático de Direito e toda nossa autocompreensão civilizatória, precisa ser levada a efeito, em nossos dias, com discrição e até certa vergonha. Porque se houve grave lesão a bem jurídico fundamental, foi todo o sistema de prevenção que falhou. Falhou a educação, falhou a vigilância, falharam os legisladores e falhou a própria justiça que não soube cumprir seu papel de exemplo.
Claro que é muito mais fácil apontar para um culpado e extirpá-lo para deleite de um público que se diz ofendido, do que perquirir as causas do comportamento desviante e propor medidas concretas para seu enfrentamento, que não seja mais repressão midiática. Mas, preguiçoso trabalha dobrado. A sociedade que se contenta com o atalho da persecução penal e festeja seus verdugos não superará seus vícios, mas afundará na barbaridade e na ignorância e, por isso, será o terreno fértil para aproveitadores inescrupulosos. A corrupção não diminuirá, apenas se organizará para driblar os falso-moralistas. E um dia inexoravelmente cairá a máscara desse ministério público que nada fez a não ser barulho e tanto nos envergonha. Trabalharemos dobrado para nos desvencilharmos desse trambolho e enfrentarmos seriamente a tal corrupção.
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
OFICINA DO CURSO GESTÃO SOCIAL PROMOVIDA PELA FDR EM ITAREMA
Cruz. Aconteceu, nesta quinta-feira, 23, no Auditório da Universidade Aberta do Brasil – Polo de Itarema – a Oficina Presencial – 04, referente ao Curso Gestão Social realizado pela Universidade Aberta do Nordeste, com apoio da Universidade Federal do Cariri – UFCA e Fundação Demócrito Rocha – FDR, Governo do Estado do Ceará, Jornal O POVO, PROARES II e outras instituições.
A solenidade de abertura contou com a presença de várias autoridades de Itarema: Vereadores, Secretários Municipais, Professores, Diretora do Polo de Itarema da Universidade Aberta do Brasil, representantes da Sociedade Civil e outras lideranças do Município.
Fez parte desta solenidade o Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Ceará Josbertini Virgínio Clementino.
Secretário Josbertini
Após o coffee breake, iniciou-se a solenidade de abertura com a execução do Hino Nacional Brasileiro e a palavra das autoridades. Após a solenidade de abertura, houve a apresentação de várias vídeoaulas seguida de comentários dos professores da FDR com a participação dos cursistas.
A Oficina transcorreu dentro de um clima muito saudável, houve uma intensa participação de todos, muitos compartilhamentos e vários questionamentos. A Ilustre Professora Rosália Mesquita conduziu a maior parte dos trabalhos, mas, também houve a participação de outras Professoras. Entre os que fizeram várias contribuições durante a Oficina destacamos a participação do Professor Manoel (Sales) de Itarema, Dr. Lima (Cruz), Professora de Educação Física Nayara, que coordenou um momento de descontração e muitos outros alunos cursistas.
O Curso de Gestão Social foi avaliado como sendo de um conteúdo muito rico, uso de tecnologias modernas, que facilitou, em muito, o aprendizado com osFascículos em PDF, radioaulas, videoaulas e Oficinas Presenciais.
Quem não se inscreveu, ainda pode fazer sua inscrição pela internete através do site: ava.fdr.org.br e realizar o curso inteiramente grátis.
Encontro de potiguares
Brunyelly & Dr. Lima
Durante algumas apresentações pessoais, o cursista Antonio dos Santos de Oliveira Lima citou uma frase do Grande Estadista Potiguar Dix-Huit Rosado: “Quem não é capaz de fazer um pouco pela sua terra, não será capaz de fazer nada pela terra de ninguém.” (Aplausos). Esta citação chamou a atenção de uma jovem cursista que, logo em seguida, apresentou-se pedindo para tirar uma foto, identificou-se como sendo uma potiguar. Tratava-se da Jovem potiguar Brunyelly, residente no Distrito de Juritianha, Município de Acaraú, sendo natural de Natal e Antonio dos Santos natural de Campo Grande/RN.
Houve almoço no local e o curso encerrou com merenda e uma seção de fotos com alunos e professores.
Dr. Lima
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
TEMER VAI TORRAR R$ 100 MI EM PROPAGANDA PARA MEXER NA SUA APOSENTADORIA
247 - Em meio à dificuldade do governo de conseguir apoio do Legislativo para modificar as regras de aposentadoria, deputados e senadores aprovaram nesta quarta-feira (22) um projeto de lei que autoriza o repasse de R$ 99 milhões para publicidade com a reforma da Previdência.
O crédito está incluído em um projeto de lei que foi aprovado em sessão do Congresso.
No total, foi autorizado o remanejamento de R$ 6,3 bilhões do Orçamento de 2017. Esse montante será repassado para a Presidência da República e para diversas pastas, como Ministérios da Agricultura, Justiça, Saúde, Transportes, Portos e Aviação Civil, Esporte, Defesa, Integração Nacional, Turismo e Desenvolvimento Social e Agrário.
O dinheiro extra para reforçar a publicidade da reforma da Previdência ocorre enquanto o Palácio do Planalto se esforça para conquistar o apoio necessário do Congresso para aprovar a medida.
As informações são de reportagem de Talita Fernandes na Folha de S.Paulo.
PMDB EXPULSA KÁTIA E ASSUME SEU LADO BANDIDO
Tocantins 247 - O mesmo partido que não tomou qualquer providência contra Eduardo Cunha, que governa o Brasil da cadeia, Geddel Vieira Lima, do bunker de R$ 51 milhões, e Henrique Alves, todos presos, decidiu expulsar a senadora Kátia Abreu (TO).
O conselho de ética do PMDB se reuniu nesta quinta-feira (23) e aprovou, por unanimidade, o cancelamento da filiação de Kátia Abreu ao partido. O processo no conselho foi encerrado e caberá à senadora decidir se apela à Executiva Nacional da sigla.
O motivo: crítica a Michel Temer, apontado como chefe de quadrilha pela Procuradoria Geral da República (PGR). A ex-ministra da Agricultura de Dilma Rousseff foi acusada também de ter violado o Código de Ética e Fidelidade Partidária e o Estatuto da sigla, por apresentar posições contrárias às orientações do PMDB.
A senadora recebeu sondagens de outros partidos que gostariam de filiá-la caso sua expulsão seja concretizada. O PSD e o PDT já conversaram com Kátia e estudam lançá-la ao governo de Tocantins em 2018.
Kátia votou contra a reforma trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores, e se manifestou contra a reforma da Previdência.
Bomba! Vazou reunião da CIA: o pré-sal é "nosso"!
Primeiro, quebrar a Petrobras!
publicado 29/08/2016
Por Paulo Metri, conselheiro do Clube de Engenharia:
Reunião na CIA em janeiro de 2015
Em uma sala de reuniões ampla, com cortinas fechadas em um de seus lados, vê-se no centro da sala, uma mesa retangular em torno da qual estão umas vinte pessoas acomodadas em cadeiras confortáveis. Cada pessoa tem à sua frente um mesmo dossiê. O cidadão da cabeceira começa a falar.
- Não serão feitas apresentações e não precisam se identificar ao falar. Todos sabem do que iremos tratar. Por favor, comece.
Esta última frase é dita enquanto olha para o cidadão ao seu lado. Este toma a palavra.
- Hoje, o Brasil não é somente um mercado para o consumo dos bens e serviços das nossas empresas, além de um grande fornecedor de grãos e minérios de baixo valor no mercado internacional. Com a descoberta por parte deles da enorme jazida do Pré-Sal, mais as novas províncias petrolíferas, que ainda irão ser descobertas, na área que os nacionalistas brasileiros chamam de território marítimo brasileiro, que vai além do seu mar territorial, o Brasil poderá se tornar o maior exportador mundial de petróleo, acima da Arábia Saudita e da Venezuela.
- Os nativos sabem disso?
- Não. A grande massa não sabe de nada. Pouquíssimos brasileiros nacionalistas sabem. Alguns dos nossos aliados no país sabem da possível extensão das províncias petrolíferas que o país possui, porque os informamos. Mas só demos estas informações aos confiáveis. Neste ponto, o coordenador interrompe a apresentação para dizer:
- Seria melhor se as perguntas fossem anotadas e feitas no final. Continue, por favor.
- Creio que todos aqui sabem que o petróleo ainda será vital para as economias mundiais por no mínimo uns 50 anos, os desenvolvimentos tecnológicos para fornecimento de calor e movimento para as sociedades não encontrarão competidores em custo com os derivados de petróleo, a menos que restrições ambientais sejam impostas. Sumariamente, o petróleo continuará sendo um insumo essencial para as economias mundiais. Além disso, o petróleo do Brasil terá papel primordial no futuro do mercado internacional de petróleo, porque no resto do globo só ocorrerão descobertas de petróleo caro e, quando for de petróleo acessível, elas serão em regiões conflituosas.
O coordenador da reunião agradece a exposição do último interlocutor e passa a palavra a outro presente, dizendo:
- Assim, chegamos ao objetivo principal da nossa reunião. Tenha a palavra.
- Ocorreu recentemente, no final de 2014, a eleição para presidente do Brasil e, apesar de todos os esforços por nós despendidos, que não foram poucos, a presidente Dilma foi reeleita. Não vou fazer uma análise profunda do que ocorreu, para não roubar tempo do que é principal para este reunião. Mas, faço questão de frisar, até porque será útil para qualquer ação futura nossa, que existe no Brasil hoje um fator que nos desestabiliza.
Trata-se do ex-presidente Lula. Ele é um fenômeno na capacidade de comunicação com as massas e, hoje, é muito mais perigoso que no passado. Nós erramos em 2002, quando dissemos que não importaria, se ele ganhasse a Presidência naquele ano. Não imaginávamos que o Lula de 2002 evoluiria para um político que valoriza o nacionalismo. Possivelmente, o contato com lideres da China, Rússia, Índia e de outros países, a interferência do seu chanceler Celso Amorim e o entendimento da riqueza que representa o Pré-Sal o levaram a ser mais consciente da questão geopolítica.
- Encaminhe a nossa proposta de reversão desta perda eleitoral. É preciso deixar claro que para nós é inconcebível o Pré-Sal não ficar aberto a nossas empresas.
- Obviamente, temos que recuperar o poder para as nossas mãos. Um golpe através dos militares não é mais viável porque, primeiro, eles saíram muito marcados do período recente em que estiveram no poder, pois a população guarda lembrança de torturas e assassinatos de lideranças neste período e, em segundo lugar, não sabemos ao certo como pensa, atualmente, o militar brasileiro. Temos a nosso dispor para ajudar em qualquer projeto que decidirmos a mídia comercial local, que é nossa, o empresariado brasileiro, com raríssimas exceções, a grande maioria dos políticos do país, que são sem escrúpulos e corruptíveis. Temos também parcela do judiciário local, que é uma casta complexa em que residem egos avantajados. Temos uma arma secreta que é o treinamento de pessoal da Justiça e de ocupantes do Ministério da Justiça aqui, conosco. O mote para nossas ações a ser transmitido para todos os brasileiros será a luta contra a corrupção.
A verdade é que a corrupção vem acontecendo no Brasil há anos. Por exemplo, somos conhecedores da corrupção dentro da Petrobras desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, mas, se tivermos que entregar a nossos aliados no Brasil, divulgaremos só os fatos dos períodos Lula e Dilma. Aliás, um ponto que precisa ser providenciado urgentemente é quebrar esta empresa, por tudo que ela representa. Ela é o próprio “vírus” nacionalista. Não podemos deixar no Brasil uma concorrente das nossas empresas querendo roubar o Pré-Sal de nós. O pior que pode nos acontecer é nosso plano ser identificado como contrário aos interesses brasileiros. Não se pode deixar o sentimento nacionalista brotar. Por isso, é recomendável não se aliar a ninguém que tenha algum compromisso nacionalista por mínimo que seja, a menos de torcer pela seleção de futebol do Brasil. Devemos reconhecer que o período neoliberal globalizante, cujo auge foi durante o governo de Fernando Henrique, alijou quase por completo qualquer sentimento nacionalista.
Trabalhamos bem, então. A partir daí, o nacionalismo foi vinculado ao atraso, ao passado distante e ao autoritarismo. Depois desta época, candidatos têm procurado reabilitar as teses nacionalistas, mas têm sido massacrados nas eleições. Naquela época, o brasileiro “foi conquistado”, em grande parte graças à nossa mídia “brasileira”, que nos ajuda muito.
- Acabou, Greg? Porque creio que chegou a hora de falarmos dos suportes financeiros para as ações que desenvolveremos. Antes, é preciso deixar claro que todas as ações de inteligência e o suporte das embaixadas serão dados sem custo algum. Mesmo o custo para corromper será rateado entre as nossas empresas beneficiadas e o nosso governo. Falará, agora, nosso especialista em compor estruturas de financiamento de projetos.
- Obrigado. Representantes de todas as grandes empresas com interesses econômicos no Brasil foram chamadas. Trata-se de investir neste projeto, agora, para podermos usufruir principalmente de recursos minerais a preços baixos por horizonte confortável, alem de usufruir com a venda de nossos produtos no mercado brasileiro.
Obviamente, não há certeza absoluta do sucesso do projeto, mas se trabalharmos de forma inteligente sem nos atrapalharmos, a grande probabilidade é que, logo, logo, fecharemos contratos de 30 a 40 anos que serão usados para garantir o processo de dominação. A qualquer época, eles serão acenados como contratos juridicamente perfeitos que precisam ser honrados. As petrolíferas, por serem grandes beneficiárias, serão as que contribuirão com maiores parcelas. Não vamos entrar em detalhes agora. Mas este material está à disposição das empresas. A boa notícia é que os deputados e senadores brasileiros eleitos junto com a presidente Dilma, na sua maioria, são nossos e não foram baratos para nós. Inclusive esta “compra” já foi feita e os senhores não precisam mais contribuir. A partir de agora, sabemos que, para cada projeto específico, eles serão favoráveis, bastando acertar algum valor adicional.
O grande projeto de retirada do poder das mãos de Dilma e entrega a pessoa de nossa confiança ainda está sendo planejado. Tudo leva a crer que será uma obra intrincada envolvendo o Judiciário, Ministérios do governo, a mídia comercial, políticos das duas Casas do Congresso do Brasil e movimentos sociais financiados por nós. Contudo, a mídia terá o papel principal, pois irá gerar a novela da deposição da presidente, consistente e compreensível pelo grande público.
- Muito bem. Acho que chegamos ao fim da reunião. Comunicaremos sempre fatos relevantes. Quaisquer informações que tenham, por favor, nos passem. Este processo será um pouco demorado. Leiam os jornais e tudo que inocentemente acontecer podem ter certeza que foi providenciado.
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quarta-feira, 22 de novembro de 2017
PT entra com ação contra Temer por agir em defesa da Shell e contra os interesses do Brasil
Foto: Gustavo Bezerra
As bancadas do PT na Câmara e no Senado vão ingressar, na Procuradoria-Geral da República, com pedido de investigação do presidente Michel Temer, do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e do secretário-executivo do ministério, Paulo Pedrosa, por terem agido em defesa dos interesses da Shell e de outras petroleiras inglesas com interesse no pré-sal por pressão direta do governo do Reino Unido. “Trata-se de um crime de lesa-pátria: o atual governo agiu contra os interesses nacionais para favorecer petroleiras estrangeiras”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
A ação das duas bancadas baseia-se em denúncia feita no último domingo (19 ) pelo jornal inglês The Guardian, que publicou telegrama da chancelaria do Reino Unido que comprova como o governo do país encomendou ao governo ilegítimo Temer medidas para atender aos interesses das petroleiras britânicas Shell, BP e Premier Oil na área do pré-sal. Tudo foi acertado em março deste ano, durante visita ao Brasil do ministro do Comércio e Invesitmento do Reino Unido, Greg Hands.
Zarattini observou que, de forma escancarada e rápida, Temer alterou as regras de tributação, a regulação ambiental e ainda sepultou as regras de conteúdo nacional para a indústria do setor de gás e petróleo. “O lobby foi tão certeiro que Temer editou uma Medida Provisória (MP 795) em que o governo abre mão de mais de R$ 700 bilhões em impostos, em vinte anos, para petroleiras estrangeiras, além de destruir a indústria nacional do setor de petróleo e gás por mudar a legislação de conteúdo local”.
Suspeita – Outro fato que causa estranheza em relação à Shell foi o último leilão para a área do pré-sal, dominado pela Petrobras e Shell. Zarattini observou que chama a atenção o fato de a Petrobras, nos três campos que venceu com um consórcio liderado por ela, ofereceu à União volumes de óleo de 80%, 76,96% e 75,86%, com ágios de 673,69%, 454,07% e 254,82%, respectivamente.
“Mas nas áreas arrematadas pela Shell os percentuais de óleo ofertados à União foram de 11,53% e 22, 87%, com ágio zero em ambas”, denunciou Zarattini. “Esses percentuais são absolutamente ridículos. No mundo, a participação dos Estados no volume produzido oscila entre 60% e 80%. Assim, a Shell levou as duas áreas praticamente de graça.”
Para Zarattini, o último leilão deve ser detalhadamente investigado pela PGR, já que está evidente “que houve manipulação por parte da Agência Nacional do Petróleo” para favorecer a Shell. “É preciso barrar a entrega do pré-sal”, afirmou o líder petista. Ele entende que a Câmara tem a obrigação moral de rejeitar a MP 795.
Zarattini é de opinião que as ações subalternas do governo Temer aos interesses ingleses integram uma estratégia de tornar o Brasil um país secundário no mundo, um mero produtor de matérias- primas, com a destruição de seu parque industrial. “No caso do pré-sal, ao favorecer estrangeiros com políticas antinacionais, o governo Temer quer que o Brasil seja apenas exportador de petróleo bruto”, observou o líder do PT.
Informações da imprensa mostram que a MP 795 foi aprovada graças ao lobby do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), liderado pela Shell. O próprio presidente da Shell Brasil, André Araújo, resumiu bem, recentemente, como os estrangeiros veem o pré-sal. “O pré-sal é onde todo mundo quer estar”.
As Bancadas do PT na Câmara e no Senado vão protocolar também ações na Comissão de Ética da Presidência da República contra Temer, Fernando Coelho Filho e Paulo Pedrosa.
PT na Câmara
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Parece que esta cantora turca descobriu segredo da juventude! Quantos anos ela tem?
© Foto: Facebook / Ajda Pekkan
14:38 21.11.2017(atualizado 14:40 21.11.2017)URL curta
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Parece que a cantora e atriz turca Ajda Pekkan encontrou o elixir da eterna juventude.
Em uma entrevista ao jornal britânico The Daily Mail, a estrela, cuja carreira começou na década de 60, revelou alguns dos segredos de sua boa forma física.
De acordo com Pekkan, que já tem 71 anos, "a genética e o esporte são muito importantes para se manter em forma". Ao mesmo tempo, disse que sempre toma muita água, e todas as manhãs bebe um coquetel de limão, gengibre e mel.
Quanto à comida, não segue uma dieta rigorosa. Ela adora peixe e kebab.
"Eu sempre tenho muito cuidado com o que como. Mas não posso dizer que limito minhas escolhas", explicou.
A artista, também conhecida como Superstar, afirmou que, além de fazer exercícios físicos, costuma passar temporadas em um spa na Suíça. Além disso, confessou ter feito uma cirurgia nos seios.
Apesar de sua avançada idade, a mulher, que não tem filhos, não perde a esperança de ser mãe. Pekkan revelou que já consultou médicos norte-americanos e indianos para engravidar por meio de fertilização artificial e com a ajuda de uma mãe de aluguel.
Banco Mundial sugere fim do ensino superior gratuito no Brasil
Banco sugeriu que os estudantes de renda média e alta poderiam pagar pelo curso depois de formados
Por Lu Aiko Otta e Adriana Fernandes, do Estadão Conteúdo
Universidades: gastos do governo com ensino superior são equivalentes a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) (Thinkstock)
Brasília – Para cortar gastos sem prejudicar os mais pobres, o governo deveria acabar com a gratuidade do ensino superior. Essa é uma das sugestões apresentadas no relatório “Um ajuste justo – propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, elaborado pelo Banco Mundial.
A ideia é que o governo continue subsidiando os estudantes que estão entre os 40% mais pobres do País. Porém, os de renda média e alta poderiam pagar pelo curso depois de formados. Durante a faculdade, eles acessariam algum tipo de crédito, como o Fies.
Essa proposta se baseia no fato que 65% dos estudantes das instituições de ensino superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população. Como, após formadas, essas pessoas tendem a ter um aumento de renda, a suspeita dos técnicos é que a gratuidade “pode estar perpetuando a desigualdade no País”.
O Brasil tem aproximadamente 2 milhões de estudantes nas universidades e institutos federais, ao passo que nas universidades privadas são 8 milhões de estudantes. Porém, o custo médio de um aluno numa faculdade privada é de R$ 14.000,00 por ano. Nas universidades federais, esse custo salta para R$ 41.000,00 e nos institutos federais o valor é ainda maior: R$ 74.000,00 ao ano.
Esse gasto, diz o estudo, é “muito superior” ao de países como a Espanha e a Itália, por exemplo. No entanto, o valor agregado em termos de conhecimento dos estudantes não é muito diferente do das faculdades privadas. Esse critério considera o que o aluno aprendeu em comparação ao que se esperava que ele tivesse aprendido.
Os gastos do governo com ensino superior são equivalentes a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e crescem, em termos reais, 7% ao ano, acima da média mundial. “As despesas com ensino superior são, ao mesmo tempo, ineficientes e regressivas”, diz o relatório.
Uma reforma poderia economizar aproximadamente R$ 13 bilhões ao ano nas universidades e institutos federais. No nível estadual, a economia poderia ser de R$ 3 bilhões.
Além da cobrança de mensalidades, o estudo sugere que os gastos por aluno tenham como limite o valor gasto pelas instituições mais eficientes. As menos eficientes teriam, assim, de ajustar suas despesas à nova realidade.
Se as escolas do ensino fundamental e médio atingissem o nível das melhores do sistema, o desempenho na prova do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) subiria 40% para o nível fundamental e 18% no médio. No entanto, aponta o relatório, o Brasil gasta perto de R$ 56 bilhões a mais do que seria necessário para ter o atual desempenho.
A principal proposta para enxugar gastos nessas esferas é aumentar a quantidade de alunos por professor. O estudo diz que a quantidade de estudantes está caindo devido à redução das taxas de natalidade, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A proposta é não repor os professores que deixam o sistema. Só com isso, a economia seria de R$ 22 bilhões.
Saúde
Enquanto no ensino fundamental a nova realidade do crescimento demográfico está esvaziando salas, nos postos de saúde a tendência é contrária: a demanda por atendimento aumenta devido ao envelhecimento da população.
Também nesse caso, o estudo sugere soluções para ajudar a reduzir os gastos que, segundo o banco, não trariam prejuízo ao atendimento. Se todo o sistema atingisse o nível das unidades mais eficientes, poderiam ser economizados R$ 22 bilhões. Entre as propostas, está o fechamento de hospitais de pequeno porte, que custam proporcionalmente mais do que os grandes, se for considerado o valor por atendimento prestado.
O relatório sugere também o fortalecimento do atendimento primário que filtraria os casos mais complexos para enviar aos hospitais. E que o atendimento dos casos mais simples possa ser feito por profissionais de saúde não médicos, deixando-os liberados para os casos mais complexos.
O governo poderia ter ganhos também com acréscimo na arrecadação tributária, da ordem de 0,3% do PIB, se fosse eliminada a dedução no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Segundo o relatório, esse mecanismo beneficia os mais ricos de maneira “desproporcional” e “constitui um subsídio para as despesas de saúde privada.”
Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/banco-mundial-sugere-fim-do-ensino-superior-gratuito-no-brasil/
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Reunião plenária com temas ufológicos em Sobral
Na próxima sexta feira 24/11 estaremos realizando mais uma reunião plenária de Ufologia em Sobral. Mês passado eu não pude estar em Sobral a tempo de organizar, mas este mês estarei presente sim. Tenho acompanhado muito as matérias sobre os alienígenas do passado e tenho interesse em que façamos um debate sobre esse tema na próxima reunião (isto se os companheiros que comparecerem concordarem). Porém, se for apresentada outra pauta, eu estarei aberto ao diálogo. Portanto, teremos os nossos informes dos últimos dois meses, aguardo duas pessoas que pretendem relatar suas experiências de avistamentos e por fim, exposição e debate do temo escolhido. Como já falei, se não houver outro, desenvolveremos o tema dos "Alienígenas do Passado".
O local será o mesmo das reuniões anteriores, ou seja Rua Cel. Diogo Gomes 998, Centro, Sobral-CE. A partir das dezenove horas já estarei no local aguardando a presença de vocês ufólogos e simpatizantes da Ufologia
Maiores informações pelos 88 999210172 e 88 988477189
U grande abraço a todos
Jacinto Pereira
“O GOLPE TEM TRÊS EIXOS: RETIRAR DIREITOS, ENTREGAR RIQUEZAS E PROTEGER CORRUPTOS”
Por Leonardo Attuch e Paulo Moreira Leite
Presidente do PT do Distrito Federal, a deputada Erika Kokay (PT-DF), concedeu entrevista à TV 247, e afirmou que a agenda fundamentalista do Congresso, que ela tem combatido de forma corajosa, é uma consequência lógica do golpe de 2016.
– O golpe tem um DNA fundamentalista. Esse processo tem três eixos: a retirada de direitos, a entrega de riquezas nacionais e a proteção aos políticos corruptos.
Na entrevista, Kokay detalha o episódio da PEC em que os parlamentares enxertaram um dispositivo que veda o aborto até em casos de estupro – o que foi um "estupro" parlamentar.
– O fundamentalismo fica na estreita, é obscuro, não é claro. O peso da democracia continha essas expressões mais fascistas. Quando há uma ruptura democrática, esse fascismo vem como o retorno do reprimido, como diria Freud. O fundamentalismo nega o outro, nega a alteridade.
Em outros trechos, ela, que vem da Caixa Econômica Federal, fala da importância dos bancos públicos e da necessidade de se proteger o patrimônio nacional, diante da agenda neoliberal que vem sendo coloca em marcha por Michel Temer – e que tem como próximo lance a venda da Eletrobrás.
– Vender as usinas do sistema Eletrobrás afronta totalmente a segurança nacional. E acabar com os bancos públicos retira qualquer perspectiva de retomada do desenvolvimento.
Na visão de Kokay, a expansão do crédito dos bancos públicos no governo da presidente Dilma Rousseff, tomando espaço do sistema financeiro privado, é uma das explicações do golpe de 2016.
– O estado nunca foi mínimo para a elite. Ele sempre foi mínimo para o povo – afirma.
Assista a entrevista na íntegra e inscreva-se na TV 247:
TEMER QUER ACABAR COM PROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO DE REMÉDIO
Ouça este conteúdo0:0001:59Audima
247 - Um dos mais conhecidos programas do Ministério da Saúde, o Farmácia Popular, iniciativa que oferta medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto, deve passar por mudanças. Para o setor farmacêutico, as medidas o colocam em risco.
Após fechar cerca de 400 farmácias da rede própria que mantinha no programa, o governo quer agora mudar o modelo de pagamento para farmácias particulares credenciadas. Hoje, há cerca de 30 mil estabelecimentos que ofertam os medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, nome dado ao eixo do programa na rede particular.
Para o ministro Ricardo Barros (Saúde), o objetivo é reduzir gastos, tidos como mais altos do que na compra centralizada de remédios no SUS.
Representantes do setor e sanitaristas, porém, dizem que as novas propostas colocam o programa em xeque.
Hoje, farmácias recebem um reembolso do governo a cada produto dispensado, com base em uma tabela de valores de referência pré-definidos para cada um deles.
O governo quer renegociar esses valores. De acordo o ministro, a ideia é propor um novo cálculo, definido por um preço base no atacado e 40% de margem para compensar os custos de aquisição e distribuição dos produtos.
Pacientes que utilizam o Farmácia Popular afirmam terem sido pegos de surpresa com o fechamento das unidades próprias do programa e relatam dificuldades de acesso a medicamentos no SUS.
No Distrito Federal, a única unidade da rede própria que ainda havia do programa, em Sobradinho, foi fechada em 28 de agosto.
As informações são de reportagem de Natália Cancian na Folha de S.Paulo.
EXCLUSIVO: DOCUMENTO COMPROVA COMO TEMER TRABALHA PARA A SHELL
247 – Um documento oficial da chancelaria britânica, obtido pelo Greenpeace e publicado em primeira mão pelo 247, revela como o governo de Michel Temer, que assumiu o poder após o golpe de 2016, trai interesses nacionais e atua em benefício de multinacionais do petróleo. Nele, o ministro de Comércio Greg Hands relata como o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, estaria fazendo lobby no governo brasileiro para servir à Shell, que teve todos os seus pedidos atendidos: menos impostos, menos conteúdo nacional e menos exigências ambientais.
A Shell foi a principal vencedora do primeiro leilão do pré-sal, mas a operação pode ser anulada. De acordo com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), a empresa será tratada como "receptadora de mercadoria roubada", especialmente agora que já se sabe que o governo brasileiro cedeu ao lobby da multinacional.
"Fizeram o negócio do século, porque no Brasil de hoje negociar com o governo é melhor do que vender cocaína. Mas essa negociata vai cair e nós vamos começar a trabalhar no Senado para reverter o que foi feito", disse Requião (leia mais aqui).
O Greenpeace obteve os documentos do governo britânico de acordo com uma legislação semelhante à Lei de Acesso à Informação. Ao pressionar o governo brasileiro para quebrar exigências ambientais para perfurar petróleo, o governo conservador de Theresa May viola os compromissos britânicos de combate ao aquecimento global.
Pedrosa também atua na venda da Eletrobrás
No Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa foi colocado por grandes grupos empresariais e tem conexões com o bilionário Jorge Paulo Lemann, que tem interesse na privatização da Eletrobrás – outro negócio extremamente suspeito que vem sendo conduzido por Temer.
Embora o ministro seja Fernando Coelho, filho do senador Fernando Bezerra (PMDB-PE), um dos principais alvos da Lava Jato, é Pedrosa quem dá as cartas e define todos os negócios bilionários que vêm sendo feitos. Nos próximos dias, ele deve ser convocado pelo parlamento para explicar porque atuou em defesa dos interesses da Shell – e não do Brasil. A tendência é que diga que os interesses da Shell se confundem com os do povo brasileiro.
Com a vitória do lobby britânico no Brasil, a isenção fiscal das petrolíferas soma mais de R$ 1 trilhão durante o tempo de exploração. Além disso, o fim das exigências de conteúdo nacional também prejudica fortemente a indústria nacional e deve motivar reações de entidades como a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Antes mesmo de ser afastada, a presidente Dilma Rousseff dizia que o motivo principal do golpe era a entrega do pré-sal – o que se confirma, agora, com os documentos da chancelaria britânica.
Confira, abaixo, o vídeo de Requião
sábado, 18 de novembro de 2017
GLOBO E PANELEIROS COM CAMISAS DA CBF SE UNIRAM NO GOLPE DOS CORRUPTOS
247 – Em 2015 e 2016, muitos brasileiros foram às ruas contra a corrupção vestidos com a camisa da seleção brasileira, feita pela CBF.
Esses protestos foram convocados pela Rede Globo, que, segundo uma investigação norte-americana, pagava propinas a dirigentes da própria CBF para ter exclusividade em seus direitos de transmissão (leia mais aqui).
Em nota, a Globo nega ter pago propinas e se diz pronta a colaborar com as autoridades.
No entanto, esse escândalo revela parte da teia de corrupção que esteve por trás do golpe de 2016, em que, em nome do combate à corrupção, os brasileiros saíram às ruas para derrubar uma presidente honesta e instalar uma quadrilha no poder.
Reveja debate na TV 247 sobre o tema e inscreva-se no canal:
CUT/VOX: COM 42%, LULA VENCE EM PRIMEIRO TURNO
247 - Levantamento realizado pelo instituto Vox Populi a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ultrapassou os 40% de preferência dos eleitores brasileiros para retornar à Presidência da República.
Segundo os dados, divulgados pela revista Carta Capital, Lula tem 42% de intenções. O deputado Jair Bolsonaro (PSC) aparece em segundo, com 16%. A ex-ministra Marina Silva (Rede) aparece com 7%, seguida de Geraldo Alckmin (PSDB), com 5%, Ciro Gomes (PDT) com 4% e Álvaro Dias (Podemos) e Luciana Genro (PSOL) com 1%. O apresentado Luciano Huck não chega a 2%.
Os dados foram divulgados pela revista Carta Capital, que circula neste fim de semana. A pesquisa CUT/Vox Populi foi feita com 2 mil brasileiros, em 118 municípios, entre 27 e 30 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Lula tem menor rejeição. Tucanos lideram
A pesquisa revela ainda que Lula tem atualmente a menor taxa de rejeição entre os nomes testados. São 39% aqueles que não votariam no ex-presidente. A repulsa a Bolsonaro chega a 60%. Os tucanos João Doria e Geraldo Alckmin têm os piores índices, com 72% de rejeição.
O Sudeste é a região que mais rejeita Lula: 51% dos entrevistados se recusariam a votar nele se as eleições fossem hoje. No Nordeste, o percentual é de apenas 20%.
Lula vence todos no segundo turno
Lula venceria no segundo turno todos os adversários testados na pesquisa. Os oponentes mais competitivos neste momento seriam:
Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/327736/CUTVox-com-42-Lula-vence-em-primeiro-turno.htm
TEMER É UM DOS MAIORES EXEMPLOS DE PRIVILÉGIOS NA PREVIDÊNCIA
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
É tão óbvio que até Renan Calheiros percebeu e gravou vídeo ironizando o texto da campanha de R$ 20 milhões que o Governo Federal pôs no ar hoje para tentar aprovar (ou fingir que tenta) a reforma da Previdência.
“Tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”, diz o comercial.
Não há como negar razão, desta vez, a Temer, por ele próprio ser um exemplo disso: aposentado aos 55 anos, tem proventos de R$ 30 mil como procurador do Estado de São Paulo.
Acabar com os privilégios, como diz a peça publicitária? Alguém acredita? Se juízes e promotores sequer aceitam respeitar o teto constitucional de suas remunerações, se arranjam penduricalhos de gratificações como o auxílio-moradia indiscriminado, será que não “topar” uma aposentadoria do INSS que paga R$ 5 mil por mês, no máximo?
Vão é arranjar seus fundos “privados” de previdência, que de privados não terão nada porque a União e os tribunais vão aportar recursos públicos.
Temer faz a sua parte no bailado da hipocrisia mercadista, porque não parece haver chance de ter os 308 votos que precisa, mesmo para aprovar um remendo.
Mas não precisava debochar de si mesmo, não é?
GEDDEL DESTRUIU PROVAS, APONTA DELATOR
247 – Braço direito de Michel Temer e pivô da maior apreensão de dinheiro sujo da história do Brasil, quando foram encontrados R$ 51 milhões em seu bunker, o ex-ministro Geddel Vieira Lima também determinou a destruição de provas.
Quem afirma é o assessor parlamentar Job Vieira Brandão, homem de confiança de Geddel e de seu irmão Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que só não foi preso no episódio do bunker por ter foro privilegiado.
Segundo Job, que negocia acordo de delação premiada, foram destruídas anotações e agendas que poderiam incriminar ainda mais os dois irmãos do PMDB baiano, assim como os beneficiários dos recursos.
A nova denúncia deve fazer com que Geddel perca qualquer esperança de deixar a Papuda e pode levá-lo a também delatar seu chefe, Michel Temer.
As informações da delação de Job Brandão são dos jornalistas Aguirre Talento e Débora Bergamasco, e foram publicadas em Época.
Leia, abaixo, um trecho:
O assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão, funcionário de confiança do ex-ministro Geddel Vieira Lima e de seu irmão Lúcio, deputado federal, foi convocado para uma missão delicada. Graças a um habeas corpus, Geddel, um líder do PMDB, ex-ministro do governo Temer e integrante do círculo de amigos mais próximos do presidente Michel Temer, havia deixado a penitenciária da Papuda, em Brasília, na noite de 13 de julho. De volta a Salvador para cumprir prisão domiciliar, Geddel tinha pressa. Preocupado com a possibilidade de as investigações da Operação Lava Jato o devolverem ao cárcere, Geddel incumbiu Job de destruir documentos, agendas e anotações. Assim fez Job. Papéis foram picotados e jogados na privada; outros documentos foram colocados em sacos de lixo e descartados. Estava limpo o terreno caso houvesse uma nova batida da Polícia Federal.
Mas memória não vai para o lixo. A operação secreta foi revelada por Job, em um depoimento inédito ao qual ÉPOCA teve acesso com exclusividade, e constitui um grave relato de interferência nas investigações, capaz de agravar a situação de Geddel. Job contou um pouco do que sabe ao delegado Marlon Cajado na Superintendência da Polícia Federal da Bahia, em Salvador, na terça-feira, dia 14, como uma mostra de boa vontade e disposição para firmar um acordo de delação premiada com a Lava Jato. A memória de Job é perigosa para Geddel e seu irmão Lúcio. Em prisão domiciliar desde setembro, o ex-assessor pretende tornar públicas suas lembranças para se livrar da pena.
Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/327876/Geddel-destruiu-provas-aponta-delator.htm
LULA: MP INVADE MINHA CASA MAS NÃO INVESTIGA A GLOBO?
Em entrevista ao jornalista Fernando Morais, o ex-presidente Lula criticou o Ministério Público Federal por não se manifestar sobre as denúncias de corrupção e pagamento de propina envolvendo a Globo; "Alguém tem que investigar. O que eu acho estranho é que o Ministério Público até agora, o mesmo MP que invadiu o Instituto Lula, que invadiu a minha vida, até agora não falou nem fez nada. Espero que faça para a gente descobrir se é verdade que teve influência de um canal de televisão que deteve o monopólio seja na Copa das Confederações, seja na Copa do Mundo, seja no Sul-Americano, seja na Copa Brasil", disse Lula; o PT protocolou representação criminal pedindo à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que investigue a suposta participação da Globo no esquema de pagamento de R$ 50 milhões em propinas por direitos de transmissão de jogos
17 DE NOVEMBRO DE 2017 ÀS 15:45 // TV 247 NO YOUTUBE
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista ao jornalista Fernando Morais, do blog Nocaute, e criticou o Ministério Público Federal por não se manifestar sobre as denúncias de corrupção e pagamento de propina envolvendo a Globo.
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Leia um trecho da entrevista:
Fernando Morais: Boa tarde, presidente Lula. É uma alegria estar aqui com o senhor. O presidente Lula nos deu a honra de ser o primeiro entrevistado aqui do estúdio, o nosso modesto estúdio do Nocaute. Vamos conversar um pouco sobre ele e sobre o Brasil. Antes, porém, eu queria que ele fizesse a gentileza de grudar ali do lado do Cassius Clay a nossa plaquinha.
Lula: Está inaugurado. Um pouco torto, mas está inaugurado.
Fernando Morais: Presidente, primeiro eu queria começar com as coisas mais suaves: caravana. O senhor tinha feito antes uma caravana para o Nordeste, mais demorada, que eu não pude ir. Mas eu fui na segunda, a de Minas Gerais e eu fiquei muito bem impressionado. Eu queria saber a sua impressão. Qual é o saldo que fica para o senhor dessas duas caravanas, que vão continuar semana que vem.
Lula: Primeiro eu pensei que você ia começar no dia dezesseis de novembro me perguntando da vitória do Corinthians ontem. Porque ontem o Corinthians antecipadamente se tornou pela sétima vez consecutiva campeão brasileiro, que não é pouca coisa. E como no Brasil nós temos duas coisas: um partido político é o PT e o resto é antipetista. E no futebol você tem o time de futebol que é o Corinthians, o resto é anticorintiano. Então, eu só posso estar feliz porque eu trabalho com muito palmeirense.
Fernando Morais: Você assustou na hora que o Fluminense fez o gol?
Lula: Me assustei. Te confesso que me assustei. Pensei: não é possível que vai dar urucubaca. Mas depois a gente mostrou que a gente estava em primeiro lugar porque o time tinha estabilidade emocional, tinha autocontrole. Porque o nosso time não é dos melhores. O Corinthians já teve time melhor, mas na draga que está o futebol brasileiro, o Corinthians mereceu esse título. Vamos pensar agora no terceiro título mundial.
Fernando Morais: Beleza! Deus te ouça.
Lula: A caravana.
Assista ao vídeo da entrevista:
Fernando Morais: A caravana. Primeiro a do Nordeste.
Lula: Fernando, a caravana teve como objetivo. Eu tinha duas coisas na cabeça quando pensei a caravana. Primeiro, fazer um reencontro com o Brasil. O Brasil é muito grande, muito heterogêneo, é uma diversidade cultural, econômica e social muito grande. E eu tinha noção do que nós tínhamos feito no período que governamos o Brasil e queria ver, nesse momento de desmonte do Brasil, o que estava acontecendo com os setores da sociedade que tinham sido os setores mais beneficiados com os programas de inclusão social.
Então, resolvi fazer esse reencontro com o Brasil e uma tentativa de fazer com que o PT recuperasse a sua imagem diante da sociedade brasileira, porque os meninos do Ministério Público resolveram criar a ideia de criminalizar o PT. A ponto de tentarem dizer que o PT é uma organização criminosa. Era preciso recuperar a moral da tropa, recuperar o PT, fazer o PT ir pra rua. E mostrar para o PT que ninguém vai defender o PT, a não ser o próprio PT. Ou seja, ou o PT se conscientiza que a acusação que se faz ao PT na perspectiva de criminalizá-lo e tirá-lo da legalidade política, como já fizeram com o Partido Comunista no auge do PC no Brasil, inventaram essa mentira do Power Point para tentar no fundo acabar com essa coisa que começou a ser conhecida pela sociedade que são as políticas de inclusão social. Fazer com que as pessoas possam subir um degrau na escala social. Que as pessoas possam comer melhor, trabalhar melhor, ganhar melhor. Sabe? Que as pessoas possam conquistar a cidadania. Então, era esse o objetivo. E o sucesso foi extraordinário.
A do Nordeste, eu sou suspeito porque eu sou nordestino, então o pessoal fala que eu gosto muito do nordeste e o nordeste gosta muito de mim. Eu tenho orgulho de ser nordestino e tentei fazer para o Nordeste, não uma política de privilégio, tentei fazer com que aquela distorção que vinha existindo desde que D. João VI chegou ao Brasil e foi para o Rio de Janeiro. Porque até então, Pernambuco era o estado rico do Brasil e começou a fazer com que os investimentos saíssem do Nordeste e viessem para o Sul e para o Sudeste. Nós queríamos fazer que o Nordeste tivesse um pouco mais de ajuda do estado brasileiro para que o Brasil se tornasse mais igual, mais equânime. Para que o desenvolvimento ficasse espraiado por todo o território nacional e não apenas no eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais. E isto eu fiz com muito gosto. Tanto no campo da saúde, da educação, da ciência e tecnologia e no campo da geração de oportunidade. Então, foi extraordinária essa caravana. Eu acho que o resultado foi extraordinário.
Aí eu queria fazer uma no Sudeste. Eu resolvi fazer numa região que eu tenho verdadeira paixão que é aquela parte mais empobrecida da região, não que seja pobre, mas um pouco mais empobrecida de Minas Gerais que é o Vale do Jequitinhonha. Eu tenho uma admiração pela capacidade cultural daquele povo. Mesmo vivendo em adversidade social é um povo muito criativo. Resolvi estar perto e para mim foi uma surpresa agradável, foi uma emoção o companheirismo, a presença das pessoas. Terminei Minas Gerais, eu agora vou fazer uma outra pelo Espírito Santo e pelo Rio de Janeiro e deixar para depois do carnaval fazer os estados do Sudeste e do Sul, começar pelos estados do Sul. E depois fazer a caravana do Norte, a caravana do centro-oeste. Aí eu termino e vamos ver o que vai acontecer no Brasil.
Fernando Morais: Dez entre dez brasileiros gostariam de saber o que é que o senhor acha que vai acontecer em 2018 no Brasil.
Lula: Primeiro um desejo pessoal: eu espero que o povo brasileiro esteja melhor, que tenha diminuído o número de pobres e aumentado o número de emprego, que as pessoas estejam comendo melhor, morando melhor e tendo mais expectativa de vida. E que a gente tenha eleições livres e democráticas. O que eu espero é que o jogo democrático no país que foi truncado durante tanto tempo na história do Brasil da forma mais vergonhosa possível, com uma mentira inventada de uma pedalada, desrespeitando 54 milhões de seres humanos que foram votar na Dilma. Fora aqueles que foram votar no Aécio e que, portanto, queriam democracia. Desrespeitaram mais de 100 milhões de votos para fazer com que uma pessoa que tenha assumido o cargo de deputado, sub judice, porque nem isso ele tinha eleito, assumisse a Presidência da República, para prestar serviço ao mercado e tentar desmontar toda a estrutura de desenvolvimento que o Brasil conseguiu construir ao longo de tantos anos. Espero que a gente chegue nas eleições, não importa quantos candidatos tenha, o importante é que as eleições sejam democráticas e que vença o que tiver mais votos e que respeitem o resultado das eleições como eu respeitei em 89, 94 e 98.
Então eu acho que eleição é feita para isso. Você fala a verdade, você conta mentira, faz o que você quiser, mas o importante é que tem o dia D que é o dia de abrir as urnas. Ali tem o resultado, o resultado tem que ser acatado e governo quem ganhou as eleições. Isso é consolidar a democracia no Brasil.
Fernando Morais: O senhor tem expectativa de que vão permitir que o senhor disputa as eleições?
Lula: Eu nem discuto isso. Porque se eu ficar discutindo: será que eles vão deixar, será que eu posso? Aí eu estou fazendo o jogo deles. Eu sei o que eles querem e eu sei o que eu quero. Eles não querem que eu seja candidato. Então, não tem nada melhor do que perguntar para o povo. O povo pode me condenar, ou o povo pode me eleger de novo presidente da República desse país. Eu só quero livremente provar a minha inocência, aliás eu já provei a minha inocência em cada processo. Eles que têm que encontrar provas de que eu sou culpado. E tentar tocar a vida e cuidar desse povo. Porque esse povo está precisando de cuidado. Esse povo não está precisando ser governado, esse povo está precisando de cuidado. E cuidado significa você cuidar da saúde, da educação, da segurança, da creche, universidade. Significa você cuidar do investimento em Ciência e Tecnologia, cuidar do emprego, cuidar das pessoas que ganham menos. Significa você respeitar o exercício da democracia e ao invés de tomar decisões palacianas com meio dúzia de pessoas. Voltar a fazer as conferências nacionais que eu fazia, voltar a fazer as políticas públicas que a sociedade quer que sejam implantadas. Fazer com que o Brasil seja respeitado na África, na Ásia, nos Estados Unidos. Porque respeito é bom. Eu gosto de receber e gosto de dar também. É isso que eu quero que aconteça no Brasil. E é por isso que eu tenho a firme convicção e muita vontade de concorrer nas eleições na expectativa de que o que nós fizemos é o passaporte para que esse povo nos dê mais uma autorização de uma viagem de 4 anos governando esse país.
Fernando Morais: Agora presidente, a perspectiva, a possibilidade de que a Justiça impeça o senhor de ser candidato já está permitindo muita gente, sorrateiramente, de querer tomar o seu legado de voto, de apoio popular. Como que o senhor vê essa mobilização? Porque a esquerda vai ter que ter candidato. Se não for o senhor, o que vai acontecer?
Lula: O povo não pode ser visto, tratado e pensado como gado, rebanho, que alguém é dono, que pode dizer “Vai pra lá, vai pra cá”. Não. Obviamente que, se eu puder ter influência num eleitor para votar em mim, eu vou ter. Se eu não for ser candidato, eu faria o que eu fiz a vida inteira: ser cabo eleitoral daquela pessoa que eu achar mais justo para concorrer. Eu trabalho com a seguinte ideia. Primeiro eu trabalho com a convicção e a certeza de que eu vou ser candidato à presidência da República. Se eu for candidato, eu tenho muita, mas muita certeza que as possibilidades de ganhar são enormes e eu confio muito que o povo vai compreender o que nós fizemos nesse país e o que ele pode esperar, porque vamos dizer às claras o que nós queremos fazer no Brasil. E esse país tem que voltar a crescer, o povo tem que voltar a ser feliz, o povo tem que acreditar no futuro, o povo tem que ter esperança. E o povo brasileiro sabe de uma coisa.
Se tem uma coisa que eu aprendi a fazer com o próprio povo foi a cuidar dele com carinho, a saber quem mais precisa, saber para quem o Estado tem que governar. Obviamente o Estado tem que ser de todos. Mas dentre esse “todos” você tem aqueles que precisam mais do que o outro. Você vai dar água para quem tem sede. Quem tem fartura de água vai ter que emprestar um pouco para quem tem sede. Você vai dar mais comida para quem tem fome. Quem tem muita comida vai ter que dar um pouco. É assim que a gente vai construir um mundo mais solidário, uma sociedade mais humanista. Um povo com uma concepção de solidariedade maior. Eu sonho.
Agora, o que está acontecendo? Eu acho que quem está numa encalacrado não sou eu. Eu acho que há uma perspectiva e uma tentativa de julgar os 12 anos do PT no governo. E para fazer esse julgamento eles construíram uma mentira monstruosa. Construíram uma mentira, criando a ideia e apresentando em rede nacional de que o PT era uma organização criminosa, de que o PT nasceu para ser uma quadrilha, que o PT pensou em ganhar para poder roubar. E que quando eu ganhei, montei para roubar.
Eles querem julgar porque eu indiquei, porque eu não escolhi você para ser secretário de comunicação, porque eu escolhi o Franklin Martins, porque que eu indiquei não sei quem. Como se alguma pessoa soubesse anteriormente que um cidadão vai roubar. Ninguém tem escrito na testa que é ladrão. Às vezes as pessoas mesmo sendo ladras elas parecem as mais honestas do planeta.
Eu estou sendo acusado de uma série de bobagens. Eu fico até irritado com os depoimentos porque são de uma cretinice sem tamanho. E como esse processo, tem coisas sérias nele. É importante aproveitar o Nocaute para dizer que eu não sou contra a Lava Jato, de combate à corrupção. Tem coisa muito importante. O povo brasileiro fica feliz de saber que rico está indo para a cadeia, de saber que, se o político roubou, vai para a cadeia. Porque antes só ia para a cadeia o cara que roubava um Melhoral na farmácia, o cara que roubava um pão, uma galinha. Esse coitado vai preso e passa 3 anos na cadeia e tem que ter um advogado que faça assistência pra ele. Então isso é importante. Mas é importante separar o joio do trigo. Todo processo, para rico e para pobre, ele tem que ter um determinado critério. As pessoas têm que ter direito à defesa. As pessoas não podem ser acusadas e condenadas pelos meios de comunicação. Porque no caso do PT, eu já apresentei todas as minhas defesas, todas as provas da minha inocência e eles até agora não apresentaram uma única prova de culpa.
Aliás, o promotor que é o chefe do PowerPoint nunca apareceu em nenhuma audiência. As audiências não são levadas em conta. Só para você ter ideia, essa audiência agora, no caso da Zelotes que fala dos caças, nada menos do que Dilma Rousseff foi testemunha, Nelson Jobim, que foi ministro da Defesa, companheiro Celso Amorim, foi ministro da Defesa também, o brigadeiro Saito e os militares responsáveis pela escolha técnica. Então eu não sei em que momento de loucura alguém imaginou: “Bom, o Lula teve influência na escolha dos caças”. E por aí vai.
Eu fui prestar depoimento sobre o estádio do Corinthians. Eles não leem jornal e só aqueles que eles querem ler, e não sabem que eu defendia que a Copa do Mundo fosse realizada no Morumbi. Que eu levei no Morumbi o Serra, o Kassab, o Alckmin, a Confederação Brasileira, que era para todo mundo ver: temos um estádio pronto, vamos fazer.
Eu defendia que São Paulo, como era o estado mais importante da federação, o mais rico, o que tem o melhor futebol, não poderia ficar de fora da abertura da Copa do Mundo. Era até uma coisa engraçada porque o Sergio Cabral falava: “Eu quero que o encerramento da Copa do Mundo seja no Rio de Janeiro”. E eu falava: “Sergio, o encerramento você não sabe se o Brasil vai estar. Na abertura você sabe, então é melhor você querer fazer a abertura no Maracanã”. O que aconteceu é que o Brasil nem jogou no Maracanã.
Essa acusação de corrupção praticada pela Globo, eu nem sei se é verdade. Mas alguém tem que investigar.
Então é por isso que eu tenho consciência de que eu vou ser candidato. Eu acho que em algum momento as coisas vão clarear. Acho que em algum momento as pessoas vão perceber alguma coisa errada nessa coisa contra o PT. E eu digo para todo mundo: se no PT tiver alguém culpado, se no PT tiver alguém que roubou, essa pessoa tem que pagar. Mas essa pessoa tem que ter um julgamento certo. Isso vale para mim, para você, para qualquer um. Ninguém está acima da lei. Eu quero que todo mundo seja tratado em igualdade de condições, sem mentira.
Eu não quero falar mal de ninguém aqui, acho que todo mundo é inocente até que prove o contrário. Mas eu não sei se o Jornal Nacional vai dar o mesmo destaque que deu a mim durante 30 horas, desde que começou a operação Lava Jato, à acusação desse empresário argentino que diz da corrupção praticada pela Globo. Eu nem sei se é verdade. Eu defendo que a Globo tenha direito de defesa, que seja apurado corretamente, e ela será inocente até que prove o contrário. Mas alguém tem que investigar. O que eu acho estranho é que o Ministério Público até agora, o mesmo MP que invadiu o Instituto Lula, que invadiu a minha vida, até agora não falou nem fez nada. Espero que faça para a gente descobrir se é verdade que teve influência de um canal de televisão que deteve o monopólio seja na Copa das Confederações, seja na Copa do Mundo, seja no Sul-Americano, seja na Copa Brasil. O que é importante é que o futebol é uma paixão nacional e eu acho que está na hora dos jogos serem transmitidos ao vivo em todos os canais para todo mundo que possa ver e não só para quem possa pagar uma TV a cabo.
Sinceramente, eu poderia estar mais nervoso, mas estou tranquilo. Estou tranquilo porque tenho consciência do que eles querem, do que eu fiz, do que eu posso fazer por esse país, e quero jogar. E, com todo respeito aos demais candidatos, não sou contra ninguém que seja de direta, de centro, extrema direita, extrema esquerda, tem espaço para todo mundo, e o povo será o nosso juiz.
DILMA: COM “MENOS MÉDICOS”, TEMER COMETE ATENTADO CONTRA POPULAÇÃO
247 - A presidente deposta Dilma Rousseff criticou o decreto de Michel Temer que proíbe a criação de novos cursos de Medicina no País por um período de cinco anos, atendendo a um lobby da corporação.
Em sua página na internet, Dilma lembrou que o Brasil tem no máximo a metade do número de médicos de que necessita e a maioria se concentra nos grande centros urbanos. "Parte fundamental do programa Mais Médicos previa a formação de pelo menos mais 11 mil médicos até este ano, e isto se daria com a criação de cursos de medicina, privados e públicos, em municípios do interior que não recebiam atendimento adequado de profissionais de saúde. Foi o que fizemos, criando cursos em 36 cidades que até então não tinham faculdades de medicina públicas ou privadas", diz.
A presidente deposta lembra que o Mais Médicos tratou de atacar o déficit de profissionais nas periferias das capitais e das maiores cidades brasileiras, no interior, nos departamentos de saúde indígena, nas comunidades quilombolas e nos assentamentos da reforma agrária.
"Colocamos 18.240 médicos em unidades básicas de saúde, por todo o Brasil. Em 2015, o programa atendia uma população de 63 milhões de brasileiros que, se não fosse por isto, não teriam acesso a médico algum. Contratamos 11 mil médicos cubanos e, por isso, somos gratos ao Governo e ao povo cubanos pela solidariedade. Contratamos também médicos de alguns outros países. Não havia número suficiente de médicos brasileiros para participar do programa e a maioria preferira ficar nas áreas onde já se concentravam. Por isso, a importância de criar novos cursos e novas vagas para estudantes de medicina, sobretudo no interior", afirma.
"Nós fizemos o Mais Médicos, programa aprovado pela população atendida. O Governo golpista, fiel a sua vocação antipopular, coloca em prática o 'Menos Médicos'", criticou a petista.
Nos EUA, delator acusa Globo de pagar propina para transmitir Copa
A TV Globo está implicada na delação de uma das principais testemunhas de acusação no julgamento de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que atualmente é julgado em Nova York no escopo do escândalo de corrupção da Fifa.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, o empresário argentino Alejandro Burazco afirmou em depoimento que a TV Globo, ao lado da mexicana Televisa e da empresa de marketing esportivo de que era diretor, a Torneos y Competencias, pagaram juntas US$ 15 milhões em propina ao ex-chefe do futebol argentino, Julio Humberto Grondona, pelos direitos de transmissão das Copas de 2026 e 2030.
Segundo a reportagem, o dinheiro teria sido depositado num banco suíço e há documentação numa troca de e-mails entre o empresário e o chefe-administrativo de sua empresa, Eladio Rodríguez, sobre o detalhamento dos pagamentos a cartolas brasileiros.
Burzaco deu detalhes de seu encontro com Marcelo Campos Pinto, responsável na Globo pela compra dos direitos de transmissões, dizendo que “o encontro com o executivo da Globo tinha como objetivo garantir a continuidade dos pagamentos do canal, já que estava sofrendo pressões de outros grupos, como a Fox”.
Em nota enviada ao jornal, a TV Globo afirma “veementemente” que “não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina”.
Leia a reportagem na íntegra.
Paulo Pimenta exige investigações detalhadas
Usando como exemplo a Operação Lava Jato, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) cobra investigações profundas do caso em seu perfil do Twitter. “Sempre defendi que, enquanto o esquema CBF/Globo e o Sistema S no Brasil não forem investigados, a grande corrupção estaria preservada”, escreveu.
“Jornais da Europa dizem que o ‘epicentro’ do esquema criminoso é o Brasil. Mesmo assim, somos o único país que não investiga os crimes”, prosseguiu. “Por que o dr. Janot e os Golden Boys nunca abriram uma Lava Jato do esquema CBF/Globo? Por que nenhuma investigação avançou no Brasil?”
Leia abaixo as manifestações do deputado Paulo Pimenta:
Agência PT de Notícias
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Pregar morte de Lula é condenar liberdade
Foto: Gustavo Bezerra
Em artigo, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) analisa o artigo da Revista IstoÉ desta semana que sugere a morte de Lula. “A pregação da morte de Lula revela a fragilidade das próprias forças que permitem a disseminação desse ponto de vista que choca, tremendamente, com a lógica democrática. Ela expressa brutalmente o pensamento do ódio, do pavor que o ex-presidente desperta nos que não têm a força das ideias, mas as ideias da força, não a força do direito, mas o direito da força”. O texto publicado no site Brasil 247.
Leia a íntegra:
Pregar morte de Lula é condenar liberdade
A grande mídia oligopolizada adepta do pensamento único perdeu o juízo. Segue o perigoso caminho da intolerância, da histeria, do absurdo, do terrorismo, do fascismo.
Pregar a morte de Lula abertamente não passa de puro medo dele.
A cada semana em que pesquisas de opinião apontam favoritismo de sua candidatura para disputar presidência da República em 2018, mais os ânimos dos, previamente, derrotados com essa evidência se acirram.
As divisões internas dos partidos, que se juntaram para dar o golpe em Dilma Rousseff, são puras constatações de que os mesmos se esgotam como propostas capazes de atender as demandas reais da sociedade brasileira por política econômicas e sociais satisfatórias aos interesses populares.
Os golpistas lançaram na alma popular o repúdio às ações deles, que se autocondenaram, historicamente.
As caravanas de Lula são sucesso inquestionável que lhe dão musculatura e força competitiva, na sua caminhada já, politicamente, vitoriosa, como ficou evidenciado no Nordeste e Minas Gerais.
O mesmo se repetirá nas próximas jornadas, no Rio de Janeiro, a partir das perspectivas do próprio mercado político, no qual as ações de Lula passam a ser compradas por uma leva de interessados conscientes do valor delas, enquanto as demais são descartadas, no compasso de suas desvalorizações inevitáveis.
O efeito devastador da inteligente estratégia lulista de ir ao encontro do povo para ouvi-lo, apenas, contrasta esse método honesto de fazer política, com o dos seus adversários, propensos aos golpes antidemocráticos de toda a natureza.
Lula é a essência da canção de Milton Nascimento, segundo a qual o artista deve ir aonde o povo está.
Lula, nesse sentido, é um artista popular, ao pulsar o sentimento dos eleitores, das suas profundas reivindicações, das suas ansiedades decorrentes da sua dura luta pela sobrevivência em um país de profundos contrastes, cuja elite tem medo de disputar eleições, para preservar seu poder a qualquer custo.
Nesse contexto, a pregação da morte de Lula revela a fragilidade das próprias forças que permitem a disseminação desse ponto de vista que choca, tremendamente, com a lógica democrática.
Ela expressa brutalmente o pensamento do ódio, do pavor que o ex-presidente desperta nos que não têm a força das ideias, mas as ideias da força, não a força do direito, mas o direito da força.
O golpe parlamentar jurídico midiático que derrubou as ideias lulistas/dilmistas de condução do poder não tem suporte democrático, por isso, não abrem perpectivas nem expectativas de vitória; ao contrário.
Somente, consegue se manter de pé, restringindo a liberdade alheia, o sequestro de direitos e conquistas sociais, constitucionalmente, alcançados na luta política pela liberdade de expressão, que constrói o contraditório, sem o qual não se avança no aperfeiçoamento das instituições.
O Brasil padece da imposição, pelo oligopólio midiático, de pensamento ditatorial disseminado por uma única fonte de informação que se propõe hegemônica, a do mercado financeiro, cuja sobrevivência requer rendição da sociedade a uma lógica, que se revela antissocial e antieconômica, imposta a ela sem consultá-la, como foi o caso do golpe de 2016.
Lula, em si, vai se mostrando o ponto de vista da maioria que se sente roubada em sua opção democrática.
Ela não votou pelo fim da CLT, que rouba direitos trabalhistas; não aprovou proposta que o governo ilegítimo encaminha que é a supressão de conquistas previdenciárias para os mais pobres no sentido de garantir-lhes renda mínima por meio do SUS – Sistema Único de Saúde -, expressão de pacto social inscrito na Constituição, a revelar o modo brasileiro de construir sua socialdemocracia.
Tampouco, a população concorda com o fim do financiamento público aos mais pobres para poderem chegar à formação universitária, como é o caso do FIES; da mesma forma, discorda da política do congelamento de gastos públicos em nome de ajuste fiscal cujas consequências são alteração da política de salário mínimo, alavanca que produziu, junto com programas sociais distributivos de renda, mercado interno consumidor, responsável por colocar a economia em novo patamar de avanço social e geopolítico do Brasil no contexto das nações etc.
Lula, em sua caminhada, é a pregação da restauração dessas conquistas indispensáveis, sem as quais o País volta à condição de colônia das multinacionais, que, graças ao entreguismo e antinacionalismo instituído pelo golpe, compram, a preço de ocasião, nosso patrimônio nacional.
A morte de Lula, como pregam, sofregamente, seus adversários antidemocráticos, é a sustentação de um status quo do qual a sociedade, mediante políticas sociais e econômicas autossustentáveis, descolou-se, por meio do empoderamento popular, a fim de leva-la à verdadeira democratização do poder.
Matá-lo, real ou simbolicamente, é tentar escravizar a população via antirreformas que vê como problema o que Lula vê como solução: a autodeterminação popular.
Essa conquista, amplamente almejada, é a alvorada da liberdade que teima em se pronunciar como força irresistível da natureza.
Fonte: https://ptnacamara.org.br/portal/2017/11/13/pregar-morte-de-lula-e-condenar-liberdade/
Aécio diz em artigo que povo tem que aceitar os cortes e perdas de direitos
Em um texto para ser lido nas entreilinhas, Aécio Neves diz que o povo aceita perder direitos e que a lei tem que alcançar o Lula. Artigo (Não há alternativa a não ser acreditar e seguir em frente) está publicado na Folha de S.Paulo de ontem (2) e é também uma forte defesa às medidas de Temer.
Veja alguns trechos e o que está por trás deles
“Assim, não há por que esperar por soluções simples ou saídas fáceis, tampouco rápidas, depois de um trecho tão longo de equívocos, desvios e falhas graves acumuladas”. Neste trecho, ele tenta convencer de que para combater a crise é necessário que o povo aceite as propostas nada fáceis do Temer, como idade mínima de 65 anos para aposentadoria, rebaixamento do modo de correção do salário mínimo e fim dos direitos trabalhistas contidos na CLT, dentre outros males. Há também a ideia de que o crime maior do PT foi não ter feito todo o mal que o Temer está agora a fazer.
“Enquanto fazemos a arrumação da casa revirada, é importante reconhecer que partimos agora de um patamar bem diferente, inédito. Uma nova consciência nacional nasceu nas ruas e decretou que não há mais espaço para o ufanismo populista, para gestões demagógicas de salvadores da pátria ou para quem se limita à administração diária da pobreza em vez de buscar a sua superação”. Aqui ele tenta induzir o leitor de que essa “nova consciência nacional nascida das ruas” é a voz do povo, que não aceita mais que governos ‘populistas’ promovam programas sociais, como Bolsa-Família, aumento do salário mínimo acima da inflação, Minha Casa, Minha Vida, Ciência sem fronteiras, Pronatec, FIES etc. É também uma crítica velada à era petista. Com outras palavras, Aécio diz que ‘para arrumar a casa revirada’ e superar a pobreza é preciso depenar o povo.
“Precisamos deixar definitivamente de ser o país em que há leis que “pegam” e as que “não pegam” ou que não alcançam a todos”. Neste trecho, ele refere-se de forma sutil à possível prisão de Lula, algo sem que, ele sabe, torna sua eleição (dele) a presidente da república ainda mais impossível. E, talvez sem se dar conta, o tucano refere-se também a ele mesmo, que embora seja um dos mais delatados na lava-jato, até agora continua solto e contando lorotas pelos jornais.