Páginas

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Brasil247: Hugo Motta emprega parentes de aliados do Republicanos e mantém servidora fantasma

 

Estudante de medicina morava no RN e estava lotada na Paraíba. Outros contratados têm laços familiares com vereadores e deputados

Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem utilizado seu gabinete parlamentar para empregar parentes de políticos aliados na Paraíba. De acordo com apuração da Folha de S. Paulo, quatro familiares de lideranças locais do Republicanos trabalharam com Motta em Brasília. Entre eles está Louise Lacerda, apontada como funcionária fantasma, por residir e estudar medicina em tempo integral no Rio Grande do Norte enquanto estava lotada em cargo na Paraíba.

Motta comanda o diretório estadual do Republicanos desde abril de 2018, ano em que se filiou à legenda junto com o pai, Nabor Wanderley, prefeito da cidade de Patos (PB), berço político da família. O partido é hoje a maior bancada na Assembleia Legislativa da Paraíba, com oito deputados estaduais.

Funcionária fantasma segue no cargo - Louise Lacerda é filha de Marcílio Lacerda, ex-vereador de Conceição (PB), e sobrinha do ex-prefeito do município Nilson de Lacerda, ambos filiados ao Republicanos. Mesmo após a denúncia, Louise continua lotada no gabinete de Motta. Procurados pela Folha, os familiares e o próprio presidente da Câmara não responderam aos questionamentos sobre a situação.

Em resposta anterior enviada à Folha, Motta alegou que “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”. Desde então, não voltou a se manifestar sobre o caso.

O deputado ordenou a exoneração de duas das três servidoras envolvidas na reportagem publicada no dia 15 — Gabriela Pagidis e Monique Magno —, mas os desligamentos ainda não constam no boletim oficial da Câmara.

Além de Louise, outros três parentes de políticos do Republicanos foram contratados por Motta, todos com vínculos diretos com vereadores ou deputados estaduais do partido na Paraíba.

Emilia Monteiro, filha da vereadora Lucinha de Milson (Republicanos), atua no gabinete desde agosto de 2019 e recebe salário mensal de R$ 3,2 mil. A mãe cumpre o terceiro mandato na Câmara Municipal de São João do Tigre, cidade do interior paraibano a quase 300 km da capital.

Outro caso é o de Maria Lucena, mãe da vereadora Ybérica Nunes (Republicanos), de Mãe D’Água (PB), município próximo a Patos. Lucena esteve empregada no gabinete de março de 2013 até maio deste ano, com salário de R$ 3,1 mil. Ambas não responderam aos contatos da Folha.

Francisco Claudino Rodrigues Neto, irmão da deputada estadual Danielle do Vale (Republicanos), também teve cargo no gabinete de Motta, entre junho de 2018 e janeiro deste ano, com remuneração mensal de R$ 7,2 mil. Ele ingressou na equipe no ano seguinte à nomeação de sua irmã como secretária de Finanças de Mamanguape (PB), onde a mãe dos dois, Maria Eunice Pessoa, era prefeita. Hoje, Francisco ocupa o cargo de secretário de Esporte do município. Nenhum dos envolvidos comentou o assunto.

Outras funcionárias com dupla jornada - A investigação ainda apontou que três mulheres contratadas como secretárias parlamentares — com jornada de 40 horas semanais e proibição legal de exercer outra função pública — acumulavam os cargos com outras atividades. Uma residia em Brasília e as outras duas, em João Pessoa.

Gabriela Pagidis trabalhava em uma clínica de fisioterapia em Brasília quatro vezes por semana. Já Monique Magno tinha outro vínculo empregatício com a prefeitura da capital paraibana. Ambas foram exoneradas após o início das apurações jornalísticas.

Além de manter essas três funcionárias em situação irregular, Motta já havia contratado cinco parentes delas em seu gabinete ao longo dos últimos anos, evidenciando uma rede de vínculos pessoais e políticos dentro do serviço público.

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/nordeste/hugo-motta-emprega-parentes-de-aliados-do-republicanos-e-mantem-servidora-fantasma

Agência Brasil: MEC quer estender Pé-de-Meia a todos do ensino médio da rede pública

 

Ação custaria R$ 5 bilhões e depende de aplicação do orçamento
Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/07/2025 - 11:43
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 03/11/2024 - Candidatos chegam para primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, na Universidade Estácio de Sá, no centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta sexta-feira (11) que quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos estudantes do ensino médio público, a partir de 2026. A declaração foi dada durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil de 2024

Pelos cálculos do MEC, a universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. Para viabilizar a ampliação orçamentária, o ministro tem conversado com representantes do Congresso Nacional.

"Eu tenho debatido muito isso com os próprios presidentes das Casas [Câmera e Senado], com a própria Comissão de Educação sobre a importância de a gente garantir, no orçamento do ano que vem, a possibilidade de ampliar os recursos para universalizar o Pé-de-Meia no Brasil."

Brasília (DF) 11/07/2025 O ministro da Educação, Camilo Santana, se reúne num café da manhã com jornalistas para falar sobre alfabetização Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Camilo Santana busca sensibilizar o Congresso Nacional para conseguir recursos para a universalização do Pé-de-Meia - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro relata que, ao ser lançado em janeiro de 2024o Pé-de-Meia foi, inicialmente, destinado aos beneficiários do programa Bolsa Família. No segundo semestre, a chamada "poupança do ensino médio" foi ampliada aos estudantes da rede pública com inscrição ativa no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (Cadúnico), o que possibilitou o crescimento do número de beneficiários de 2,5 milhões para mais de 4 milhões de jovens do ensino médio público, em um ano.

Camilo Santana explica que, atualmente, a renda familiar por pessoa é o critério para ter inscrição ativa no CadÚnico e, portanto, delimita quem tem direito às parcelas do benefício do programa de incentivo financeiro-educacional, que somadas podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos letivos do ensino médio. 

 "Às vezes, a diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena na questão do CadÚnico, na renda per capita, que não justificaria que ele também não tenha recebido o Pé-de-Meia", exemplificou.

Pé-de-Meia

O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público e, desta forma, democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens.

>>Saiba quem tem direito..

Agência Brasil: STF bloqueia R$ 85,7 milhões por suspeita de fraudes em emendas


Foram cumpridos 18 mandados na Bahia, Pernambuco e Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/07/2025 - 10:40
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 25/06/2025 - Polícia Federal - PF - deflagra operação em combate ao crime de armazenamento de imagens de abuso sexual infantojuvenil. Foto: PF/Divulgação
© PF/Divulgação

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. A medida foi implementada nesta quinta-feira (17), com a deflagração da quinta fase da Operação Overclean, pela Polícia Federal (PF).

Além do bloqueio, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Salvador, nas cidades baianas de Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Mata de São João, em Petrolina, Pernambuco, e em Brasília. 

A operação conta com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal. De acordo com os órgão envolvidos na ação, o objetivo dessa fase é “desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro”. 

Segundo as investigações, há indícios de que processos licitatórios de Campo Formoso foram manipulados para desviar recursos de emendas parlamentares direcionados ao município e pagar propinas. Houve também a tentativa de obstruir as investigações, informou a PF.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Os alvos desta quinta fase são investigados pelos crimes de organização criminosa, embaraço à investigação, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos e lavagem de dinheiro.

Familiares do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) são alvo dos agentes da PF, entre eles Elmo Nascimento, prefeito de Campo Formoso, e o vereador Francisco Nascimento, primo do congressista. 

Francisco Nascimento já chegou a ser preso, na primeira fase da Operação Overclean, deflagrada em 10 de dezembro de 2024, quando jogou pela janela de casa uma sacola com mais de R$ 200 mil em espécie, numa tentativa de se livrar do dinheiro antes da chegada dos agentes da PF. 

Outro alvo desta fase é Marcelo Moreira, que até o mês passado era presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). 

A Agência Brasil está aberta a manifestações do deputado Elmar Nascimento e dos demais envolvidos na operação.

 

Agência Brasil: Setor de defesa exportou US$ 1,31 bilhão no primeiro semestre

 

Indústria nacional comercializa com 140 países em todo continente
Agência Brasil
Publicado em 17/07/2025 - 07:42
Rio de Janeiro
Homem usando máscara de proteção trabalha numa usina siderúrgica. 2/3/2020. China Daily via REUTERS
© REUTERS/China Daily/Proibida reprodução

As exportações de produtos e serviços de defesa atingiram US$ 1,31 bilhão no primeiro semestre de 2025. O índice representa 73,6% do recorde alcançado em 2024, quando o setor registrou a cifra de US$ 1,78 bilhão, o melhor resultado dos últimos 11 anos.

Atualmente, a indústria de defesa nacional comercializa para cerca de 140 países em todos os continentes, sendo que 34% das exportações são de aeronaves, suas peças e partes. O setor de defesa representa 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos.

De acordo com o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, o resultado é reflexo de um setor cada vez mais competitivo, além da busca constante pela autonomia e por oportunidades comerciais dentro e fora do país.

“Desempenhamos um papel fundamental no auxílio às exportações de produtos de defesa, o que abrange o desenvolvimento tecnológico necessário para que os produtos sejam de última geração, financiamentos e seguros e auxílio comercial e propaganda dos produtos da nossa Base Industrial de Defesa”.

>> Siga o perfil da Agência Brasil no Facebook 

Tecnologia

No próximo ano, o Brasil espera atingir 55% de domínio de tecnologias como radares, satélites e foguetes – itens utilizados em projetos estratégicos das três Forças Armadas. Atualmente, esse índice é de 42%.

Até 2033, a expectativa é de que esse patamar chegue a 75%, o que vai permitir autonomia no desenvolvimento de projetos de pesquisas de interesse da defesa.

As projeções para os próximos oito anos foi divulgada pelo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, durante evento de lançamento da Missão 6 do Programa Nova Indústria Brasil (NIB), em fevereiro.

A autossuficiência com relação às tecnologias de interesse da defesa poderá ser um impulsionador das exportações. “As empresas brasileiras possuem uma capacidade instalada bastante grande e produtos com reconhecimento mundial de altíssima qualidade. Isso faz com que a comercialização para o exterior tenda a crescer", disse o secretário do ministério da Defesa Heraldo Luiz Rodrigues. 

"Temos com isso já um bom resultado do ano de 2025. Os índices indicam que as nossas exportações estão crescendo em um ritmo adequado à manutenção da nossa Base Industrial de Defesa para que ela seja forte e com capacidade de apoio às nossas Forças Armadas quando necessário”, acrescentou.

Cadastro

A Base Industrial de Defesa tem, em seu portfólio, 283 empresas e 2.064 produtos cadastrados no Ministério da Defesa, como aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamento.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Sputnik Brasil: Brasil reage à tarifa dos EUA e reforça defesa do comércio bilateral


Brasil reage à tarifa dos EUA e reforça defesa do comércio bilateral - Sputnik Brasil, 1920, 16.07.2025
O governo brasileiro enviou carta oficial às autoridades norte-americanas expressando indignação com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelos EUA para entrar em vigor em 1º de agosto.
A medida é considerada prejudicial à relação econômica histórica entre os dois países, que soma mais de dois séculos de parceria.
Desde abril, o Brasil tem negociado alternativas comerciais de boa-fé, destacando um déficit acumulado de cerca de US$ 410 bilhões com os EUA nos últimos 15 anos. Em maio, apresentou uma proposta confidencial com sugestões de áreas de cooperação, aguardando até hoje uma resposta oficial do governo norte-americano.
A carta, assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira, reforça o interesse brasileiro em retomar o diálogo e evitar impactos negativos à economia de ambas as nações.
O posicionamento foi endereçado ao secretário de Comércio, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio, Jamieson Greer. A expectativa é que os EUA se manifestem com comentários à proposta brasileira e retomem as negociações antes da vigência das tarifas.
 
Fonte:  

 

Brasil247: Moraes resolve impasse entre governo e Congresso e mantém decreto do IOF, com exceção ao "risco sacado"

 

Medida encerra, ao menos temporariamente, a disputa política que opunha Executivo e Congresso Nacional em torno do tema

Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)
Guilherme Paladino avatar
Conteúdo postado por:

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (16) restabelecer, em grande parte, o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentava a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), informa o portal g1. A medida encerra, ao menos temporariamente, uma disputa política que opunha o Executivo e o Congresso Nacional em torno do tema.

Com a liminar do ministro, o decreto presidencial volta a valer — com exceção de um ponto sensível: a incidência do IOF sobre operações do tipo “risco sacado”, modalidade de crédito muito utilizada por pequenas e médias empresas no varejo. Nela, instituições financeiras antecipam recursos de vendas realizadas a prazo, permitindo que os comerciantes tenham capital de giro antes de receberem efetivamente das vendas. A proposta do governo era passar a cobrar IOF sobre esse tipo de operação, o que gerou reação do setor e resistência no Congresso.

A suspensão desse item já havia sido sinalizada como provável pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a taxação sobre o risco sacado representava cerca de R$ 1,2 bilhão dos R$ 12 bilhões estimados de arrecadação com o novo modelo de cobrança do imposto neste ano.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/moraes-resolve-impasse-entre-governo-e-congresso-e-mantem-decreto-do-iof-com-excecao-ao-risco-sacado

Brasil247: Lula veta projeto que aumenta o número de deputados federais

 

A decisão deve ser publicada na edição desta quinta-feira (17) do "Diário Oficial da União"

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Leonardo Lucena avatar
Conteúdo postado por:

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou nesta quarta-feira (16) projeto que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. A decisão deve ser publicada na edição desta quinta-feira (17) do "Diário Oficial da União".

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), havia dito que, se Lula não emitisse um posicionamento sobre o tema, o parlamentar promulgaria a proposta. O Congresso Nacional vai analisar o veto de Lula. Os parlamentares podem manter ou derrubar a decisão do presidente e, se derrubar a decisão, o projeto passa a valer no Brasil. 

A Câmara aprovou, por 270 votos a 207 (com uma abstenção), em 6 de maio. A mesma decisão foi anunciada no Senado em 25 de junho - 41 votos favoráveis e 33 contrários. Depois a pauta voltou para análise dos deputados federais - 361 votos a favor, 36 contra e 30 abstenções.

Ao vetar a proposta, Lula também atendeu à recomendação do Ministério da Fazenda. A pasta comandada por Fernando Haddad havia recomendado o veto presidencial pelo não cumprimento da previsibilidade orçamentária e por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A pesquisa Genial/Quaest mostrou nesta quarta-feira (16) que 85% dos brasileiros são contra o aumento do número de parlamentares da Câmara de Deputados. Segundo os números, apenas 9% afirmaram ser favoráveis e 6% não souberam ou não responderam.

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/lula-veta-projeto-que-aumenta-o-numero-de-deputados-federais

Brasil247: Agressão dos EUA ao Brasil parte de mentiras e tem como alvo até o Pix


Investigação comercial contra o Brasil envolve acusações falsas e também visa combater a expansão de pagamentos digitais no país

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)
Redação Brasil 247 avatar
Conteúdo postado por:

247 – Uma nova ofensiva dos Estados Unidos contra o Brasil foi anunciada nesta terça-feira (15), com a abertura formal de uma investigação sob a chamada “Seção 301” da Lei de Comércio norte-americana de 1974. A decisão foi divulgada pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), sob ordens diretas do presidente Donald Trump. As informações são da nota oficial do próprio USTR, publicada no site do governo norte-americano.

A iniciativa é mais um exemplo da agressiva política protecionista da Casa Branca, agora voltada contra o Brasil, baseada em alegações sem fundamento e motivações geopolíticas. O documento norte-americano alega que o Brasil adota políticas “discriminatórias” e “injustificáveis” em áreas como comércio digital, serviços de pagamento eletrônico, tarifas, propriedade intelectual e até meio ambiente. Especialistas e autoridades brasileiras já apontam que a medida tem caráter político e econômico, especialmente para tentar barrar o avanço do Pix, sistema de pagamentos instantâneos que revoluciona o mercado financeiro brasileiro e ameaça diretamente o oligopólio de empresas norte-americanas como Visa e Mastercard no país.

Acusações falsas e ofensiva contra a soberania

Entre as alegações mais absurdas da investigação está a suposta retaliação do Brasil contra empresas americanas de redes sociais — as mesmas plataformas que se recusam a obedecer às leis brasileiras e a decisões judiciais que buscam combater crimes digitais, incluindo discursos de ódio e disseminação de fake news.

O USTR também acusa o Brasil de adotar tarifas discriminatórias, quando na verdade o país pratica tarifas compatíveis com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), incluindo acordos preferenciais que são comuns em todas as grandes economias do mundo. Em outro ataque infundado, o governo dos EUA afirma que o Brasil falha em combater a corrupção — acusação que ignora as diversas reformas, investigações e legislações anticorrupção implementadas nos últimos anos.

Ameaça ao Pix expõe interesses corporativos dos EUA

Um dos pontos centrais da investida norte-americana é o setor de pagamentos eletrônicos. O USTR afirma que o Brasil “mina a competitividade de empresas norte-americanas” ao supostamente restringir sua atuação. Na prática, o alvo é o Pix, sistema público, gratuito e cada vez mais dominante entre os brasileiros. Desde sua criação pelo Banco Central, o Pix reduziu drasticamente o uso de cartões de crédito e débito — segmento dominado globalmente por empresas dos EUA, como Visa e Mastercard.

Fontes do setor financeiro avaliam que a ofensiva de Trump visa proteger essas corporações, cada vez mais pressionadas pela adoção de um sistema moderno, acessível e que diminui taxas para o consumidor. Ao incluir pagamentos digitais como foco da investigação, os EUA revelam interesse em frear a democratização financeira promovida pelo Brasil.

Defesa do setor produtivo brasileiro

A ofensiva também busca pressionar o Brasil no setor agrícola, acusando o país de supostamente dificultar a entrada do etanol norte-americano, além de repetir discursos preconceituosos sobre o combate ao desmatamento. O governo brasileiro, no entanto, vem avançando em políticas ambientais reconhecidas internacionalmente, incluindo a realização da COP30 em Belém, que já mobiliza recursos e políticas de proteção à Amazônia.

A investigação inclui ainda uma audiência pública marcada para o dia 3 de setembro de 2025, em Washington. Os interessados poderão enviar contribuições até 18 de agosto.

O governo brasileiro já se articula para rebater com firmeza a nova tentativa de agressão comercial promovida por Trump, defendendo a soberania nacional e o direito de seguir políticas públicas de desenvolvimento econômico e inclusão social.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/agressao-dos-eua-ao-brasil-parte-de-mentiras-e-tem-como-alvo-ate-o-pix

Brasik247: Em encontro com Alckmin, Alcolumbre e Motta colocam Congresso "à disposição" contra "agressão" ao Brasil

 

Vice-presidente se reuniu com presidentes da Câmara e do Senado após os EUA imporem tarifa de 50% a produtos brasileiros

Hugo Motta, Geraldo Alckmin e Davi Alcolumbre (Foto: Reprodução/X/@geraldoalckmin)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247- O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu nesta quarta-feira (16) com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para articular uma resposta institucional à decisão do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos de origem brasileira. 

Diante da medida considerada “injusta” e “inadequada”, os chefes do Legislativo garantiram que o Congresso Nacional atuará de forma coordenada com o Executivo na defesa da soberania e dos interesses econômicos do país. “O momento é de agressão ao Brasil e aos brasileiros. Isso não é correto. Temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade essa relação”, declarou Alcolumbre, ao se solidarizar com os produtores e empresários brasileiros atingidos. Ele completou: “no meu nome, dos senadores e senadoras, o Parlamento, presidente [Alckmin], está integralmente à disposição da defesa dos interesses do Brasil”.

Unidade nacional em defesa da economia - Na mesma linha, o presidente da Câmara destacou o que chamou de “mais um momento de unidade nacional”, citando a recente aprovação da Lei da Reciprocidade como exemplo da prontidão do Parlamento para enfrentar ataques ao setor produtivo nacional. “Estamos prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo, para que as decisões que forem necessárias a ação do Parlamento, nós possamos agir com rapidez, com agilidade, para que o Brasil possa sair mais forte dessa crise”, afirmou Hugo Motta.

Para o deputado, a reação à taxação abusiva deve levar em conta não apenas os efeitos econômicos diretos, mas também a importância geopolítica crescente do Brasil. “Não tenho a menor dúvida de que hoje a nossa população entende que o Brasil não pode ser levado a situações em que decisões externas venham a interferir na nossa soberania”, alertou.

Alckmin critica medida de Trump e defende diálogo - Geraldo Alckmin reforçou o posicionamento dos líderes do Congresso e classificou como um “equívoco” a decisão do governo norte-americano. Segundo o vice-presidente, a imposição das tarifas não se sustenta nem mesmo sob argumentos comerciais. “Eles têm superávit na balança comercial com o Brasil. Dos dez produtos que eles mais exportam, oito não pagam nada de imposto. E a tarifa média de importação é de 2,7%”, detalhou Alckmin. “É totalmente inadequado, injusto, e vamos trabalhar juntos para reverter essa situação”, concluiu.

Ao encerrar o encontro, Alckmin reiterou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido com a defesa da soberania nacional. “A separação dos Poderes é pedra basilar do Estado de Direito, da democracia. Estamos unidos para defender a soberania nacional”, destacou.

Fonte:  https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/em-encontro-com-alckmin-alcolumbre-e-motta-colocam-congresso-a-disposicao-contra-agressao-ao-brasil

terça-feira, 15 de julho de 2025

BILHÕES de TRUMP foram REJEITADOS por estes 13 PAÍSES AFRICANOS

PT na Câmara: PT lidera a lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional de 2025

 

Bancada do PT lidera a lista dos parlamentares mais influentes do Congresso - Fotos: Kayo Magalhães e Mário Agra /Câmara dos Deputados

Treze deputados e cinco senadores do Partido dos Trabalhadores estão na lista dos parlamentares mais influentes do Congresso

 

O Partido dos Trabalhadores lidera a lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional 2025, divulgada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A Bancada do PT ocupa isoladamente a 1ª posição na lista entre os deputados, com 13 nomes. Entre eles: os líderes do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), do Governo, deputado José Guimarães (CE) e da Maioria, Arlindo Chinaglia (SP) e o deputado Carlos Veras (PE), 1º Secretário da Mesa Diretora da Câmara.

No Senado, o PT também ocupa a 1ª colocação, empatado com outros 3 partidos. Segundo o Diap, os “Cabeças” do Congresso são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de habilidades específicas.

Entre elas destacam-se, segundo Diap, a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando a repercussão e tomada de decisão.

Também integram a lista dos 100 “Cabeças” os seguintes parlamentares do PT na Câmara: Carlos Zarattini (SP), Erika Kokay (DF), Maria do Rosário (RS), Odair Cunha (MG), Paulo Pimenta (RS), Reginaldo Lopes (MG), Rogério Correia (MG), Rubens Pereira Jr. (MA) e Zeca Dirceu (PR).

Na Câmara, o PT lidera a lista com 13 deputados, seguido do PL com 7, do PP e União com 6, e do PSD com 5 parlamentares.

 PT no Senado

Entre os 100 “Cabeças” também se encontram o líder do PT no Senado, senador Rogério Carvalho (SE), o líder do Governo na Casa, senador Jaques Wagner (BA) e o líder do Governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). Além deles, também figuram na lista os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Paulo Paim (RS).

No Senado, mesmo possuindo apenas a 4ª maior bancada na Casa, o PT ocupa a 1ª posição na lista dos “Cabeças” com 5 senadores, empatado com o PL, PSD e MDB. Na 2ª colocação aparece o PP, com 4 senadores.

Parlamentares em “ascensão”

Além dos 100 “Cabeças”, o Diap divulgou a lista com outros 50 parlamentares em “ascensão”. Segundo os critérios do levantamento, os parlamentares desta lista são aqueles deputados e senadores que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes, têm recebido missões partidárias, podendo, mantida a trajetória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar.

Entre os parlamentares do PT na Câmara integram a lista Alencar Santana (SP), Benedita da Silva (RJ), Bohn Gass (RS), Dandara (MG), Dr. Francisco (PI), Jack Rocha (ES), Nilto Tatto (SP), Pedro Uczai (SC), Reimont (RJ), Rui Falcão (SP) e Tadeu Veneri (PR).

Pelo PT no Senado estão em ascensão o senador Beto Faro (PA) e senadora Teresa Leitão (PE).

 

Héber Carvalho

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/pt-lidera-a-lista-dos-100-cabecas-do-congresso-nacional-de-2025-2/

Agência Brasil: Governo publica decreto regulamentando Lei de Reciprocidade Comercial

 

Texto cria Comitê responsável por decidir contramedidas comerciais
Agência Brasil
Publicado em 15/07/2025 - 09:36
Brasília
Saldo positivo das exportações
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, regulamentando a Lei de Reciprocidade Comercial, foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (15). A norma autoriza o governo brasileiro a suspender concessões comerciais, de investimentos e de obrigações a países que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global.

O decreto cria o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais. Esse comitê será o responsável por decidir sobre a aplicação das providências comerciais em resposta às medidas unilaterais de outros países.

A edição do decreto ocorre dias após o governo dos Estados Unidos anunciar a imposição de tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para aquele país. Segundo o presidente norte-americano Donald Trump, a nova tarifa passará a valer a partir de 1º de agosto.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala sobre a investigação do FBI a respeito da influência da Rússia nas eleições
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na semana passada a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Foto - Michael Reynolds/ EFE

O Comitê Interministerial será composto pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que o presidirá, da Casa Civil da Presidência, da Fazenda e das Relações Exteriores. A Secretaria-Executiva do Comitê será exercida pela Secretaria-Executiva do MDIC. Outros ministros podem participar das reuniões de acordo com os temas tratados.

As contramedidas a serem decididas pelo comitê terão caráter de excepcionalidade e rito mais célere e podem ser aplicadas a países ou blocos de países que:

  • Interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil, procurando impedir ou obter a cessação, a modificação ou a adoção de ato específico ou de práticas no Brasil, por meio da aplicação ou da ameaça de aplicação unilateral de medidas comerciais, financeiras ou de investimentos.
  • Violem ou sejam inconsistentes com as disposições de acordos comerciais ou, de outra forma, neguem, anulem ou prejudiquem benefícios ao Brasil sob qualquer acordo comercial
  • Configurem medidas unilaterais com base em requisitos ambientais que sejam mais onerosos do que os parâmetros, as normas e os padrões de proteção ambiental adotados pelo Brasil.

Lei de Reciprocidade

Aprovada em março pelo Congresso Nacional e sancionada em abril, a nova lei é justamente uma resposta à escalada da guerra comercial desencadeada por Donald Trump contra dezenas de países.

No caso do Brasil, a tarifa inicialmente imposta pelos EUA foi de 10% sobre todos os produtos exportados para o mercado norte-americano. A exceção nessa margem de tarifas são o aço e o alumínio, cuja sobretaxa imposta pelos norte-americanos está em 25%, afetando de forma significativa empresas brasileiras, que constituem os terceiros maiores exportadores desses metais para os norte-americanos.

A Lei da Reciprocidade Comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que "impactem negativamente a competitividade internacional brasileira".

A norma valerá para países ou blocos que "interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil".

No Artigo 3º do texto, por exemplo, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a "adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços", prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

Agência Brasil: PGR pede condenação de Bolsonaro e mais 7 réus por golpe de Estado

Expectativa é de julgamento no STF ser realizado em setembro
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/07/2025 - 00:24
Brasília
Brasília (DF), 10/06/2025 - O ex presidente Jair Bolsonaro chegando para depoimento na 1 turma do STF.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes começa a ouvir os réus do núcleo 1 na ação da trama golpista, os interrogatórios ocorrerão presencialmente na sala de julgamentos da primeira turma da corte 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista.

A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, por volta das 23h45, e faz parte das alegações finais, a última fase antes do julgamento dos acusados, que deve ocorrer em setembro deste ano.

No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

As penas máximas para os crimes passam de 30 anos de prisão

Além de Bolsonaro, a PGR pediu a condenação dos seguintes réus

  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em caso de condenação, Cid deverá ter a pena suspensa devido ao acordo de delação premiada assinado com a Policia Federal (PF) durante as investigações. 

Bolsonaro

Na manifestação, o procurador-geral descreveu o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista.

Segundo ele, Bolsonaro figura como líder da organização criminosa e foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações para tentar implantar um golpe de Estado no país em 2022.

Nas palavras de Gonet, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal e operou em “esquema persistente” de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório após o resultado das eleições presidenciais.

“Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, disse o procurador.

Próximos passos

Com a apresentação da manifestação da PGR, começa a contar o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid, delator na investigação, apresente suas alegações finais ao STF.

Em seguida, será a vez das defesas dos réus apresentarem suas alegações no mesmo prazo.

Após receber todas as manifestações, a data do julgamento será marcada pela Primeira Turma da Corte.

Nos bastidores do STF, a expectativa é de que o julgamento seja realizado em setembro deste ano.

Brasil247: Maior entidade empresarial dos EUA pede que Trump negocie com o Brasil

 

US Chamber of Commerce defende diálogo e afirma que a tarifa proposta por Trump colocaria em risco "uma das relações econômicas mais importantes dos EUA"

Exportações brasileiras (Foto: Divulgação/Porto de Santos)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - A US Chamber of Commerce, maior entidade empresarial dos Estados Unidos, emitiu um contundente alerta nesta terça-feira (15) sobre os impactos negativos que a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pode causar à própria economia americana. A manifestação foi publicada em conjunto com a Amcham Brasil, maior câmara americana de comércio fora dos EUA, e distribuída à imprensa norte-americana.

Segundo a CNN Brasil, na nota oficial, as entidades reforçam o peso da parceria bilateral e afirmam que “mais de 6.500 pequenos negócios nos Estados Unidos dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas americanas investem no país”. Além disso, destacam que o Brasil figura entre os dez principais destinos das exportações dos EUA, absorvendo cerca de US$ 60 bilhões anuais em bens e serviços.

A declaração conjunta ressalta que a tarifa proposta pelo presidente Donald Trump colocaria em risco “uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos” e abriria um precedente “preocupante” ao vincular medidas comerciais a conflitos políticos. “A US Chamber e a Amcham Brasil instam os governos americano e brasileiro a se engajarem em negociações de alto nível para evitar a implementação de tarifas prejudiciais”, diz o texto.

As entidades alertam que o tarifaço afetaria diretamente insumos fundamentais para cadeias produtivas americanas, gerando efeitos em cascata nos custos de produção e no bolso das famílias. “A tarifa de 50% proposta impactaria produtos essenciais para as cadeias de suprimentos e os consumidores dos Estados Unidos, aumentando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade das principais indústrias americanas”, dstaca o documento, de acordo com a reportagem.

A nota conclui com um apelo por uma saída diplomática e razoável diante da escalada comercial. “É necessária uma solução negociada, pragmática e construtiva”, reforçam as instituições.

Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (14), o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, endossou a necessidade de diálogo. Para ele, ainda há espaço para entendimento e medidas de retaliação devem ser consideradas apenas como “último recurso” diante da ameaça do tarifaço de Trump.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/maior-entidade-empresarial-dos-eua-pede-que-trump-negocie-com-o-brasil

Brasil247: AtlasIntel: 37% dos brasileiros culpam o clã Bolsonaro pela tarifa de Trump contra o Brasil

 Para mais de 50% dos brasileiros, a ação do presidente dos Estados Unidos configura ameaça à soberania nacional

Trump, Eduardo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - A mais recente pesquisa da AtlasIntel, realizada em parceria com a Bloomberg entre os dias 11 e 13 de julho de 2025, revelou que uma parcela expressiva da população brasileira responsabiliza diretamente a família Bolsonaro pelas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Segundo os dados, 36,9% dos entrevistados apontam a atuação do clã Bolsonaro junto a Trump como uma das principais causas da nova taxação de 50% sobre as exportações brasileiras.

Percepção majoritária é de injustiça e ameaça à soberania - A medida tarifária do governo Trump é amplamente reprovada pela opinião pública no Brasil: 62,2% consideram a decisão injustificada, enquanto apenas 36,8% a veem como legítima. Mais da metade da população (50,3%) vai além e acredita que a justificativa apresentada por Trump configura uma ameaça direta à soberania nacional.

Além disso, para 40,9% dos brasileiros, a principal motivação do presidente norte-americano seria retaliar a entrada do Brasil no BRICS. Já 16,8% interpretam a medida como uma retaliação às decisões do Supremo Tribunal Federal que afetaram redes sociais norte-americanas.

Efeitos econômicos e avaliação da resposta do governo - A percepção dos impactos econômicos das tarifas também é alarmante: 48,6% avaliam que haverá alto impacto na economia brasileira, e outros 14,9% preveem consequências ainda mais severas. A maioria também acredita que a política protecionista de Trump aumentará a inflação (70%) e reduzirá o crescimento do país (72%).

Questionados sobre a resposta do governo brasileiro, 44,8% consideraram a atuação de Lula adequada, mas 27,5% a classificaram como agressiva e outros 25,2% como fraca. Ainda assim, 51,2% dos entrevistados defendem uma retaliação ao governo dos EUA, sendo o aumento de tarifas sobre produtos norte-americanos a medida mais popular, com 51,2% de apoio, seguido por reforço de laços comerciais com a China (28,6%) e redução da dependência do dólar americano (14,5%).

Riscos diplomáticos e visão sobre os EUA - A pesquisa também apontou que 75,7% dos brasileiros acreditam que a relação entre Brasil e Estados Unidos ficará mais frágil com a imposição das tarifas. A visão geral dos EUA também se deteriorou: 50,5% têm hoje uma imagem negativa do país, contra 45,9% com imagem positiva.

Confiança limitada na diplomacia - Mesmo com o quadro tenso, 47,9% dos brasileiros acreditam que o governo federal será capaz de negociar um recuo das tarifas com os Estados Unidos. Em contrapartida, 38,8% estão céticos em relação à capacidade do Brasil em reverter a decisão de Trump.

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg ouviu 2.841 brasileiros adultos em todas as regiões do país, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/atlasintel-37-dos-brasileiros-culpam-o-cla-bolsonaro-pela-tarifa-de-trump-contra-o-brasil

Brasil 247: Aprovação de Lula cresce e chega a 49,7% após tarifaço de Trump, diz AtlasIntel

 

Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros aprovam a reação do governo Lula às tarifas dos EUA

Lula usa o boné "O Brasil é dos brasileiros" (Foto: Ricardo Stuckert)
Otávio Rosso avatar
Conteúdo postado por:

247 - A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a crescer e alcançou 49,7%, segundo nova pesquisa Atlas-Bloomberg divulgada nesta terça-feira (15). A desaprovação caiu para 50,3%, o que representa um empate técnico entre os dois índices e indica a continuidade da tendência de recuperação da imagem presidencial iniciada nos últimos meses. A sondagem mostra o maior nível de aprovação desde outubro de 2024, antes do período de queda.

A avaliação geral do governo Lula também apresentou melhora. O índice de ótimo ou bom subiu para 43,4% (+1,8 pontos percentuais), enquanto a avaliação negativa (ruim ou péssimo) recuou para 49,4% (-1,8 p.p.). A parcela que considera o governo regular ficou em 7,2%. Pela primeira vez desde abril, as avaliações negativas deixaram de ser amplamente majoritárias.

De acordo com o levantamento, parte dessa melhora está relacionada à percepção da população sobre a resposta do governo brasileiro às tarifas comerciais anunciadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos do Brasil. Para 45% dos entrevistados, a reação do governo foi adequada. Já 27,5% consideram que houve excesso, enquanto 25% avaliam que a resposta foi fraca.

Outro dado relevante da pesquisa diz respeito à confiança na capacidade de negociação do governo. Para 48% dos entrevistados, a administração Lula será capaz de firmar um acordo com os Estados Unidos que reduza as tarifas impostas por Trump. Esse otimismo contribui para a percepção de que o Planalto tem conduzido com competência a crise comercial.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/aprovacao-de-lula-cresce-e-chega-a-49-7-apos-tarifaco-de-trump-diz-atlasintel

segunda-feira, 14 de julho de 2025

TRUMP AJUDA LULA E HUGO MOTTA CONFIRMA PRISÃO DE BOLSONARO!! EDUARDO CHO...

Grifo meu: Prisão de Bolsonaro e seus principais apoiadores

Opera Mundi: Faixa de Gaza: mais de 30 países se reúnem em Bogotá para debater medidas contra Israel

 Iniciativa pretende aplicar políticas concretas, tanto no plano jurídico quanto diplomático, para tentar pôr fim ao genocídio no enclave

Veja mais | Venda de petróleo do Brasil a Israel cresceu 51% em 2024, mostra ANP

Enquanto as negociações indiretas por um cessar-fogo entre Israel e o Hamas seguem estagnadas, e as diplomacias ocidentais permanecem tímidas diante das violações do direito internacional e humanitário, o Grupo de Haia busca ir além das declarações e partir para a ação. A iniciativa pretende reunir países dispostos a aplicar políticas concretas e coordenadas, tanto no plano jurídico quanto diplomático, para tentar pôr fim a um conflito que já deixou mais de 58 mil mortos na Faixa de Gaza — a maioria mulheres e crianças.

“Várias nações consideraram que seria uma boa ideia reunir um grupo de Estados, não para criar um novo direito internacional — que já existe —, nem para fazer apelos ou condenações, mas sim para aplicar medidas concretas por parte dos próprios Estados. Ou seja, políticas reais, de forma coletiva e coordenada, para pôr fim ao massacre, para pôr fim ao genocídio”, declarou Guillaume Long, conselheiro diplomático do grupo. “Quando os Estados se unem e levantam suas vozes em torno de questões específicas, eles têm mais peso e influência do que quando agem isoladamente”, completou.

A devastação em Gaza evidencia o fracasso dos mecanismos internacionais em proteger civis. Até agora, as ações têm sido isoladas: a África do Sul acionou a Corte Internacional de Justiça (CIJ) por violação da Convenção sobre o Genocídio, sendo posteriormente apoiada por outros países; Namíbia e Malásia bloquearam navios com armas destinadas a Israel; e a Colômbia rompeu relações diplomáticas com Tel Aviv em maio de 2024.

“Não podemos aceitar o retorno de épocas de genocídio diante dos nossos olhos e da nossa passividade. Se a Palestina morre, a humanidade morre”, declarou o presidente colombiano Gustavo Petro. A Colômbia, assim como o Brasil, apoia o processo histórico movido por Pretória contra Israel na CIJ.

O Grupo de Haia, fundado na cidade holandesa em janeiro deste ano por África do Sul, Malásia, Colômbia, Bolívia, Cuba, Honduras, Namíbia e Senegal, inspira-se na luta internacional contra o apartheid sul-africano. Os países fundadores seguem firmes em sua proposta de defesa do multilateralismo e do direito internacional. Em declaração conjunta, os membros afirmam estar guiados pelos princípios da Carta das Nações Unidas e comprometidos com a defesa do direito à autodeterminação do povo palestino.

protesto pró-palestina

Negociações indiretas por um cessar-fogo entre Israel e Hamas seguem estagnadas
Roberto Parizotti

Mas a conferência de Bogotá pretende marcar um momento histórico além do chamado Sul Global. Embora nenhum país árabe ou europeu integre formalmente o Grupo de Haia, representantes de Irlanda, Eslovênia, Noruega, Espanha, Portugal, Líbano, Omã, Iraque e Catar confirmaram presença, ao lado de países como Brasil, Argélia, Chile e Botsuana. A França foi convidada, mas ainda não respondeu. A conferência também contará com representantes da ONU, como Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, e a relatora especial para a Palestina, Francesca Albanese, que recentemente foi alvo de sanções anunciadas pelos Estados Unidos.

Leia | Entenda dossiê que enfureceu Trump e o levou a sancionar relatora da ONU

Entre as medidas discutidas estão: impedir o fornecimento e o trânsito de armas para Israel, bloquear navios com munições, apoiar os mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, além de implementar a resolução da ONU de 18 de setembro de 2024, que exige o fim da ocupação israelense e o desmantelamento dos assentamentos até setembro de 2025.

“Estamos tentando recriar em Bogotá o espírito do Grupo de Haia, mas com uma diferença importante: não se trata de uma reunião do grupo em si”, explicou Guillaume Long. “É uma convocação feita por Colômbia e África do Sul, como co-presidentes, para reunir um grande número de países em torno de medidas urgentes e concretas. Não se trata de apelos ou novas normas, mas de aplicar o direito internacional já existente”, insistiu.

Enquanto 2,3 milhões de palestinos sobrevivem há mais de 600 dias em Gaza sob fome e destruição, as diferentes tentativas de diálogo seguem estagnadas. A Conferência Internacional para a Paz na Palestina, proposta pela ONU e co-presidida por França e Arábia Saudita, segue adiada e sem nova data prevista. Em Bogotá, líderes de dezenas de países tentam transformar a indignação em ação — e salvar o que resta da credibilidade do direito internacional.

Fonte:  https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/paises-se-reunem-em-bogota-para-debater-medidas-contra-israel/

Agência Brasil: China critica tarifaço contra o Brasil e acusa EUA de intimidação

 Mao Ning diz que soberania é norma básica nas relações internacionais

Agência Brasil
Publicado em 11/07/2025 - 13:03
Brasília
Mao Ning, spokesperson for the Chinese Foreign Ministry, speaks to journalists.
© Reuters/Johannes Neudecker/Proibida reprodução

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou nesta sexta-feira (11) a tarifa de importação de 50% a produtos brasileiros anunciada esta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"A igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta das Nações Unidas e normas básicas nas relações internacionais", disse a porta-voz do ministério, Mao Ning, ao ser questionada por uma repórter sobre o que achava da tarifa de 50% a produtos brasileiros anunciada por Trump.

"As tarifas não devem ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência", concluiu Mao Ning. 

No início da semana, quando Trump deu início ao envio das cartas aos parceiros comerciais com as ameaças de aumento de tarifas, Mao Ning já havia criticado o protecionismo norte-americano.

"A posição da China sobre as tarifas é consistente e clara. Não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária. O protecionismo prejudica os interesses de todos", afirmou. 

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Entenda

Na última quarta-feira (9),  o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano, a partir do dia 1º de agosto. No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

No mesmo dia, o presidente Lula defendeu a soberania do Brasil e disse que a elevação de tarifas de forma unilateral será respondida com a Lei de Reciprocidade Econômica. Ontem (10), Lula afirmou que o governo federal vai abrir uma reclamação oficial à Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar reverter as tarifas.

Especialistas ouvidos pela Agencia Brasil classificam a pressão de Trump como chantagem política e dizem que a medida é uma reação ao Brics. Durante a Cúpula do bloco, ocorrida no domingo e na segunda-feira, no Rio de Janeiro, Trump já tinha ameaçado taxar os países que se alinhem ao Brics em 10%.