247 - A
taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em
junho de 2025, a menor já registrada pela série histórica da PNAD
Contínua, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira
(31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na
comparação com o trimestre anterior (janeiro a março de 2025), o
desemprego recuou 1,2 ponto percentual, quando estava em 7,0%. Em
relação ao mesmo período de 2024 (6,9%), a queda foi de 1,1 ponto
percentual. O contingente de pessoas desocupadas totalizou 6,3 milhões, o
que representa uma redução de 17,4% no trimestre (menos 1,3 milhão de
pessoas) e 15,4% no ano (menos 1,1 milhão).
Ocupação e informalidade - A
população ocupada alcançou o recorde de 102,3 milhões de pessoas, com
aumento de 1,8% no trimestre (1,8 milhão a mais) e 2,4% no ano (2,4
milhões a mais). O nível da ocupação – percentual de ocupados na
população em idade de trabalhar – chegou a 58,8%, repetindo o pico
registrado no trimestre até novembro de 2024.
Já a taxa de
subutilização da força de trabalho também atingiu o patamar mais baixo
da série, ficando em 14,4%. O número representa uma queda de 1,5 ponto
percentual frente ao trimestre anterior (15,9%) e 2 pontos em relação ao
mesmo período de 2024 (16,4%). A população subutilizada foi estimada em
16,5 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade recuou
levemente, atingindo 37,8% dos ocupados – o equivalente a 38,7 milhões
de pessoas. No trimestre anterior, a taxa era de 38,0%, e no mesmo
período de 2024, 38,7%.
Avanço com e sem carteira assinada -
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado
(exceto domésticos) chegou a 39,0 milhões, um novo recorde. O total
representa um avanço de 0,9% no trimestre (357 mil a mais) e 3,7% no ano
(1,4 milhão a mais).
Já os empregados sem carteira somaram 13,5
milhões, com aumento de 2,6% no trimestre (338 mil pessoas) e
estabilidade na comparação anual. No setor público, o número de
trabalhadores também foi recorde: 12,8 milhões, com crescimento de 5,0%
no trimestre e 3,4% no ano.
Os trabalhadores por conta própria
também bateram recorde, somando 25,8 milhões, com alta de 1,7% (426 mil)
no trimestre e 3,1% (767 mil) no ano.
Desalento e fora da força de trabalho - O
número de desalentados – pessoas que desistiram de procurar emprego –
caiu para 2,8 milhões, com retração de 13,7% no trimestre e 14,0% no
ano. O percentual de desalentados em relação à força de trabalho
potencial ficou em 2,5%, com queda de 0,4 ponto percentual em ambas as
comparações. A população fora da força de trabalho permaneceu estável em
65,5 milhões de pessoas.
Rendimento e massa salarial em alta - O
rendimento médio real habitual subiu para R$ 3.477, novo recorde da
série. O valor representa uma alta de 1,1% frente ao trimestre anterior e
de 3,3% em relação ao mesmo período de 2024. A massa de rendimento
habitual (soma dos rendimentos de todos os trabalhadores) também bateu
recorde, alcançando R$ 351,2 bilhões, com crescimento de 2,9% no
trimestre e 5,9% no ano.
Setores com destaque - Entre os
grupamentos de atividade, apenas o setor de Administração pública,
educação, saúde e assistência social apresentou crescimento no trimestre
frente ao anterior, com alta de 4,5% (mais 807 mil pessoas). Em relação
ao mesmo período de 2024, também houve aumento na Indústria Geral
(4,9%), Comércio e reparação de veículos (3,0%), Transporte e
armazenagem (5,9%), e no setor de Informação, comunicação e atividades
financeiras e administrativas (3,8%).
Rendimento por atividade e ocupação - O
rendimento médio cresceu no Comércio (2,6%) frente ao trimestre
anterior. Já na comparação anual, os destaques foram Agricultura (7,0%),
Construção (5,8%), Comércio (3,3%), Informação e atividades financeiras
(4,7%) e Serviços domésticos (4,1%).
Por posição na ocupação, os
rendimentos médios permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior.
Na comparação com o mesmo período de 2024, houve crescimento para
empregados com carteira assinada (2,2%), sem carteira (7,9%),
trabalhadores domésticos (4,1%) e trabalhadores por conta própria
(5,3%).
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/com-lula-desemprego-atinge-5-8-e-registra-menor-taxa-desde-2012-aponta-ibge