Páginas

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Sputnik Brasil: Mídia: governo brasileiro pode acionar Justiça dos EUA contra sanções de Trump a Alexandre de Moraes

 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes (E) e Alexandre de Moraes, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a solenidade comemorativa ao Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília, 22 de agosto de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 31.07.2025
O governo Lula estuda recorrer à Justiça dos EUA para defender o ministro Alexandre de Moraes, alvo de sanções inéditas impostas por Donald Trump. A Advocacia Geral da União (AGU) e o Itamaraty podem atuar no caso, que levanta questões sobre soberania brasileira e tentativas de interferência externa no Judiciário.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva avalia acionar a Justiça norte-americana em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alvo de sanções impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. Uma das possibilidades é contratar um escritório nos EUA para representá-lo diretamente e apresentar uma tese sobre a soberania das instituições brasileiras.
De acordo com a Folha de S.Paulo, ministros do STF esperam que a reação oficial parta do governo federal, com atuação da AGU e do Itamaraty. Eles passaram o dia em reuniões para definir como enfrentar a aplicação da Lei Magnitsky, que autoriza sanções por violações de direitos humanos.
Dentro do Supremo, há a percepção de que levar o caso à Justiça norte-americana pode abrir espaço para discutir os limites da decisão de Trump. Apesar de a sanção ser administrativa e não ter um tribunal de apelação, uma contestação jurídica poderia levantar questionamentos internacionais.
Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, durante entrevista a uma emissora de TV em Brasília (DF). Brasil, 4 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2025
Notícias do Brasil
Hugo Motta reage à sanção dos EUA contra Moraes: 'Como país soberano, não podemos apoiar'
O governo brasileiro reforça que a soberania nacional é inegociável, e magistrados rejeitam a possibilidade de que as sanções interfiram na condução do julgamento contra Bolsonaro. Pelo contrário, o episódio deve intensificar o discurso em defesa das instituições.

A Lei Magnitsky já foi usada contra autoridades da Venezuela, mas sua aplicação a um brasileiro é inédita. A medida, publicada pelo Tesouro dos EUA, determina o congelamento de ativos que Moraes porventura possua no país norte-americano e impede transações financeiras com instituições como Mastercard e Visa.

Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250731/midia-governo-brasileiro-pode-acionar-justica-dos-eua-contra-sancoes-de-trump-a-alexandre-de-moraes-41870094.html

Vermelho: Povo brasileiro se levantou contra agressão de Trump, diz presidenta da UNE. Confira atos do dia 1º/8

Bianca Borges afirma que manifestações reagem à taxação imposta por Trump e denuncia ataque à economia e à democracia brasileira

Foto: UNE

O Brasil será palco nesta sexta-feira (1º) de uma ampla jornada de mobilizações populares contra a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras para os Estados Unidos, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump. Na visão das entidades estudantis, das centrais sindicais e de outros movimentos que organizam os atos, o tarifaço pode agravar o desemprego e impactar setores estratégicos da economia, além de representar uma tentativa de “chantagem imperialista”.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), em conjunto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, está à frente da mobilização, que deve ocorrer especialmente em capitais e grandes cidades brasileiras. Segundo a presidenta da UNE, Bianca Borges, é uma resposta direta “à tentativa de submissão do Brasil aos interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos”.

“Trump achou que ficaríamos de joelhos. Mas, desde o dia 10 de julho, o povo brasileiro tem se levantado contra essa agressão”, declarou Bianca ao Portal Vermelho.

Os atos estão confirmados para ocorrer ao longo do dia 1º de agosto em ao menos 12 capitais, com possibilidade de ampliação para outras localidades. Santos, no litoral paulista, também está na lista. Em Curitiba, a manifestação ocorre no sábado (2). Confira os locais e horários:

  • São Paulo (SP): às 10h no Consulado dos EUA
  • Santos (SP): às 17h na Estação da Cidadania
  • Salvador (BA): às 15h no Campo Grande
  • Rio de Janeiro (RJ): às 18h no Consulado dos EUA
  • Brasília (DF): às 9h em frente à Embaixada dos EUA
  • Porto Alegre (RS): às 18h na Esquina Democrática
  • Belo Horizonte (MG): às 17h na Praça Sete
  • Manaus (AM): às 16h na Praça da Polícia com caminhada até a praça do BK
  • Recife (PE): às 15h30 na Praça do Derby
  • São Luís (MA): às 15h na Praça Deodoro
  • Fortaleza (CE): às 15h30 na Praça da Bandeira
  • Florianópolis (SC): às 19h30 na Praça da Alfândega
  • Curitiba (PR): às 10h30 na Boca Maldita (sábado, 2/8)

A UNE orienta que os participantes levem bandeiras do Brasil e do movimento estudantil, megafones e água – e que usem maquiagens e símbolos nas cores do Brasil para reforçar a defesa da soberania nacional.

Pautas vão além das tarifas

Além da defesa da soberania, os manifestantes irão às ruas com uma pauta social e econômica mais ampla, que inclui:

  • Fim da escala de trabalho 6×1
  • Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil
  • Taxação dos super-ricos
  • Redução da jornada de trabalho
  • Rejeição ao PL da devastação ambiental
  • Contra a pejotização irrestrita
  • Fim do genocídio em Gaza

Denúncia contra interesses imperialistas

Para os organizadores, o pacote de tarifas anunciado por Trump não se limita a uma disputa comercial, mas expressa uma ofensiva geopolítica e ideológica. Segundo a UNE, a medida visa pressionar o governo brasileiro a ceder nos campos político, econômico e estratégico — sobretudo no que diz respeito ao controle de recursos como as terras raras, minerais essenciais à indústria bélica e tecnológica global.

A entidade lembra que o Brasil é o segundo maior produtor mundial desses minérios, atrás apenas da China, o que o torna alvo de interesses internacionais. “A chantagem dos EUA também busca enfraquecer tecnologias nacionais como o PIX, que tem ameaçado lucros de empresas de cartão de crédito norte-americanas”, afirmam os organizadores.

Defesa da democracia e críticas ao bolsonarismo

Os ataques de Trump também são vistos como um gesto de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado declarado do republicano. “Trump tenta usar o Brasil como palco de sua guerra ideológica, inclusive para blindar Bolsonaro, que responde por tentativa de golpe de Estado. Mas quem governa o Brasil é o povo brasileiro”, afirmou Bianca Borges.

A UNE denuncia a submissão da família Bolsonaro aos interesses de Washington e recorda episódios em que o ex-presidente chegou a oferecer a exploração da Amazônia a empresas norte-americanas. A entidade completa 88 anos em 2025 e, segundo sua presidenta, honra o legado de resistência dos estudantes desde a luta contra o nazifascismo até os “caras-pintadas” dos anos 1990. “Hoje, diante da nova face da extrema direita mundial, não será diferente. Vamos às ruas por um Brasil livre, justo e soberano”, concluiu Bianca Borges.

Fonte:  https://vermelho.org.br/2025/07/30/nesta-sexta-1-13-cidades-se-manifestam-em-defesa-da-soberania-contra-tarifas-dos-eua/

Brasil247: Pesquisa AtlasIntel reforça favoritismo de Lula para 2026

 Presidente lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno, superando nomes como Tarcísio e Michelle

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - A pesquisa Latam Pulse – Brasil, divulgada nesta quinta-feira (31) pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o favorito nas disputas para a Presidência da República em 2026. O atual mandatário lidera com folga os dois cenários estimulados em que aparece como candidato.

No cenário que simula uma repetição das eleições de 2022, Lula aparece com 47,8% das intenções de voto, contra 44,2% de Jair Bolsonaro. Bolsonaro, no entanto, foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está prestes a ser preso por tentativa de golpe de Estado. A repetição da disputa de 2022 é, portanto, improvável.

Tarcísio e Michelle também são superados por Lula - Em outro cenário de primeiro turno, Lula registra 48,5% das intenções de voto, à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que marca 33%. Já no cenário que inclui a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como principal nome da oposição, Lula também lidera com 48,5%, enquanto Michelle atinge 29,7%. Nenhum outro nome ultrapassa 7%.

A vantagem de Lula também se confirma nas simulações de segundo turno. Contra Tarcísio de Freitas, Lula venceria por 50,4% a 46,6%. Contra Michelle Bolsonaro, a vantagem é ainda maior: 50,6% a 45,9%. 

Imagem positiva e aprovação sustentam candidatura - O bom desempenho de Lula nas simulações eleitorais é sustentado por sua imagem pessoal. De acordo com o mesmo levantamento, 51% dos brasileiros têm uma imagem positiva do presidente — a melhor entre todos os nomes testados. Além disso, a taxa de aprovação de seu governo é de 50,2%, superando a desaprovação, que ficou em 49,7%.

A pesquisa ouviu 7.334 brasileiros entre 25 e 28 de julho de 2025 por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto percentual e o nível de confiança é de 95%

Fone:  https://www.brasil247.com/brasil/pesquisa-atlasintel-reforca-favoritismo-de-lula-para-2026-zuglxsqc

Brasil247: Com Lula, desemprego atinge 5,8% e registra menor taxa desde 2012, aponta IBGE

Número de ocupados bate recorde histórico, com 102,3 milhões de pessoas trabalhando no país

Lula e Luiz Marinho. Presidente disse em outubro que o Brasil poderia fechar o ano com criação de 2 milhões de empregos formais (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025, a menor já registrada pela série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o trimestre anterior (janeiro a março de 2025), o desemprego recuou 1,2 ponto percentual, quando estava em 7,0%. Em relação ao mesmo período de 2024 (6,9%), a queda foi de 1,1 ponto percentual. O contingente de pessoas desocupadas totalizou 6,3 milhões, o que representa uma redução de 17,4% no trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas) e 15,4% no ano (menos 1,1 milhão).

Ocupação e informalidade - A população ocupada alcançou o recorde de 102,3 milhões de pessoas, com aumento de 1,8% no trimestre (1,8 milhão a mais) e 2,4% no ano (2,4 milhões a mais). O nível da ocupação – percentual de ocupados na população em idade de trabalhar – chegou a 58,8%, repetindo o pico registrado no trimestre até novembro de 2024.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho também atingiu o patamar mais baixo da série, ficando em 14,4%. O número representa uma queda de 1,5 ponto percentual frente ao trimestre anterior (15,9%) e 2 pontos em relação ao mesmo período de 2024 (16,4%). A população subutilizada foi estimada em 16,5 milhões de pessoas.

A taxa de informalidade recuou levemente, atingindo 37,8% dos ocupados – o equivalente a 38,7 milhões de pessoas. No trimestre anterior, a taxa era de 38,0%, e no mesmo período de 2024, 38,7%.

Avanço com e sem carteira assinada - O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (exceto domésticos) chegou a 39,0 milhões, um novo recorde. O total representa um avanço de 0,9% no trimestre (357 mil a mais) e 3,7% no ano (1,4 milhão a mais).

Já os empregados sem carteira somaram 13,5 milhões, com aumento de 2,6% no trimestre (338 mil pessoas) e estabilidade na comparação anual. No setor público, o número de trabalhadores também foi recorde: 12,8 milhões, com crescimento de 5,0% no trimestre e 3,4% no ano.

Os trabalhadores por conta própria também bateram recorde, somando 25,8 milhões, com alta de 1,7% (426 mil) no trimestre e 3,1% (767 mil) no ano.

Desalento e fora da força de trabalho - O número de desalentados – pessoas que desistiram de procurar emprego – caiu para 2,8 milhões, com retração de 13,7% no trimestre e 14,0% no ano. O percentual de desalentados em relação à força de trabalho potencial ficou em 2,5%, com queda de 0,4 ponto percentual em ambas as comparações. A população fora da força de trabalho permaneceu estável em 65,5 milhões de pessoas.

Rendimento e massa salarial em alta - O rendimento médio real habitual subiu para R$ 3.477, novo recorde da série. O valor representa uma alta de 1,1% frente ao trimestre anterior e de 3,3% em relação ao mesmo período de 2024. A massa de rendimento habitual (soma dos rendimentos de todos os trabalhadores) também bateu recorde, alcançando R$ 351,2 bilhões, com crescimento de 2,9% no trimestre e 5,9% no ano.

Setores com destaque - Entre os grupamentos de atividade, apenas o setor de Administração pública, educação, saúde e assistência social apresentou crescimento no trimestre frente ao anterior, com alta de 4,5% (mais 807 mil pessoas). Em relação ao mesmo período de 2024, também houve aumento na Indústria Geral (4,9%), Comércio e reparação de veículos (3,0%), Transporte e armazenagem (5,9%), e no setor de Informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas (3,8%).

Rendimento por atividade e ocupação - O rendimento médio cresceu no Comércio (2,6%) frente ao trimestre anterior. Já na comparação anual, os destaques foram Agricultura (7,0%), Construção (5,8%), Comércio (3,3%), Informação e atividades financeiras (4,7%) e Serviços domésticos (4,1%).

Por posição na ocupação, os rendimentos médios permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve crescimento para empregados com carteira assinada (2,2%), sem carteira (7,9%), trabalhadores domésticos (4,1%) e trabalhadores por conta própria (5,3%).

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/com-lula-desemprego-atinge-5-8-e-registra-menor-taxa-desde-2012-aponta-ibge

Brasil247: Lula diz que sanções dos EUA contra Moraes são "uma afronta ao Estado brasileiro"

 Presidente afirmou a ministros do STF que quando se trata de decisões do Judiciário brasileiro e de assuntos internos do país, "não há o que negociar"

Supremo Tribunal Federal e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação I Ueslei Marcelino / Reuters)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - Durante reunião realizada na noite desta quarta-feira (30), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como uma "afronta ao Estado brasileiro" as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo o jornal O Globo, Lula expressou forte indignação com a decisão anunciada pelo governo do presidente estadunidense Donald Trump, que incluiu Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky.

Estiveram presentes no encontro os ministros do STF Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin; o advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Segundo a reportagem, o tom adotado por Lula foi de firmeza diante do que considera uma violação da soberania nacional.

No encontro, Lula deixou claro aos presentes que o Brasil está sempre aberto a negociar temas econômicos e tarifas comerciais. No entanto, quando se trata de decisões do Judiciário brasileiro e de assuntos internos do país, "não há o que negociar", teria afirmado o presidente, conforme a reportagem. Ele também determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) estude as medidas jurídicas possíveis para contestar as sanções aplicadas a Moraes. O advogado-geral Jorge Messias informou que análises nesse sentido já estão em andamento e uma nova reunião será convocada para que as propostas sejam apresentadas formalmente.

Ainda conforme a reportagem, a expectativa é de que os ministros do Supremo Tribunal Federal se pronunciem oficialmente sobre o caso já nesta sexta-feira (1), durante a reabertura dos trabalhos da Corte. A inclusão de Moraes nas sanções norte-americanas foi anunciada na quarta-feira (30), por meio de comunicado da Casa Branca..

As medidas adotadas por Donald Trump foram tomadas com base na Lei Magnitsky, sancionada em 2012 pelo então presidente Barack Obama. A legislação foi criada com o objetivo de punir responsáveis por violações de direitos humanos, inicialmente motivada pelo assassinato do advogado russo Sergei Magnitsky, crítico do presidente Vladimir Putin, ocorrido em 2009 em uma prisão de Moscou.

Com a inclusão de Moraes na lista, o ministro passa a ter bens bloqueados nos Estados Unidos, incluindo contas bancárias, investimentos e imóveis. Além disso, fica proibido de realizar transações pelo sistema financeiro norte-americano. No mesmo dia, Trump assinou uma ordem executiva determinando uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total das taxas a 50%, após os 10% já anunciados em abril. A decisão foi divulgada em nota oficial da Casa Branca.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/lula-diz-que-sancoes-dos-eua-contra-moraes-sao-uma-afronta-ao-estado-brasileiro

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Sputnik Brasil: Tarifas dos EUA podem funcionar como 'catalisadora de mudanças' para o BRICS, diz especialista

 21:32 30.07.2025

Primeiro dia da 17ª Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, no MAM. Julho de 2025. - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2025

A imposição de mais tarifas do governo norte-americano a outras nações — entre elas o Brasil —, previstas para começarem a valer no mês de agosto, bate à porta. Países do BRICS estão entre os que sofrerão com as sobretaxas. Entretanto, para analistas, algumas soluções podem ser encontradas dentro do próprio grupamento.
O BRICS é alvo de preocupação do presidente dos EUA, Donald Trump, embora isso não seja admitido diretamente. Na esteira da Cúpula no Rio de Janeiro, o líder americano deu certa demonstração de seu incômodo ao dizer que taxaria países do BRICS em 10%, justificando que o grupo foi criado para "destruir" o dólar norte-americano.
A política de sobretaxas, entretanto, não parou por aí. No dia 9 de julho Trump deu declarações de que direcionaria ao Brasil uma tarifa de "50% sobre todos e quaisquer produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos". Em carta ao governo brasileiro, o presidente americano apontou o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos motivos pelo qual aplicava tal medida.
Nesta quarta-feira (30), Trump oficializou a ordem que impõe o tarifaço ao Brasil. O decreto passa a valer a partir do próximo dia 6 de agosto. Alguns produtos ficaram de fora, conforme adiantou ontem (29) o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. Além do Brasil, tarifas à Índia também foram confirmadas pelos americanos. A lista inclui alimentos como a castanha-do-pará e o suco de laranja.
Açougueiros cortam e embalam carne em mercado de Campo Mourão (PR). Brasil, 7 de dezembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 29.07.2025
Notícias do Brasil
Análise: mercado interno pode absorver parte da carne tarifada pelos EUA, mas precisa de estímulos
A medida de Trump, conforme o analista, "tenta reverter a perda de importância estratégica dos EUA ao impor um custo adicional à riqueza social produzida que seria repassada para o governo americano. Este formaria uma espécie de 'fundo' com esta riqueza monetária extraída tanto dos produtores quanto dos trabalhadores de todo o mundo, inclusive dos EUA".
Ou seja, a grande questão para os americanos diante de toda a movimentação em torno da tarifação das importações visa, no entendimento do historiador, "acumular recursos financeiros pelo Estado americano com o fim de criar instrumentos para lidar com a vertiginosa ascensão da China na economia mundial e a vitoriosa ação militar (além da sua incolumidade às sanções aplicadas contra a sua economia) da Rússia na Ucrânia".

Quais as alternativas para os países BRICS mitigarem os efeitos do tarifaço?

Os impactos iminentes das sobretaxas deverão exigir rearticulações dos países para rearranjar os produtos antes enviados aos Estados Unidos. No caso do Brasil, em 2024, as exportações para o território americano representaram cerca de 12,55% das vendas realizadas para outros países, ultrapassando US$ 40 bilhões (aproximadamente R$ 223 bilhões). Já para a Índia, no mesmo período, o comércio com os EUA representou quase 20% de suas exportações, avaliadas em US$ 87,4 bilhões (pouco mais de R$ 487 bilhões).
De acordo com analistas, uma das possibilidades evidentes para os países do BRICS mitigarem eventuais prejuízos é ampliar o comércio dentro do grupo.
 
"A sobretaxa imposta pelos Estados Unidos pode atuar como catalisadora de mudanças e, com isso, acelerar as medidas previstas na 'Declaração Conjunta do BRICS sobre Segurança Alimentar', especialmente aquelas voltadas à redução de barreiras ao comércio de produtos agrícolas", disse Augusto Rinaldi, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
 
Na referida declaração, os países se comprometeram a facilitar o comércio agrícola intrabloco por meio da eliminação de barreiras não-tarifárias desnecessárias; harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias; certificação digital de produtos agropecuários; melhoria na transparência regulatória; e redução de burocracias aduaneiras. Tais compromissos foram firmados com o intuito de tornar o comércio mais ágil e seguro.
Agora, diante da imposição de taxas americanas, "o senso de urgência e a convergência política interna no BRICS" devem aumentar, segundo o analista, o que permitiria aos países "redirecionar parte de suas exportações para mercados parceiros no BRICS, estimular cadeias de valor regionais e que dependam menos de mercados vulneráveis a decisões unilaterais como as dos EUA, e ganhar margem de manobra política e econômica frente às pressões externas".
 BRICS encerra reunião no Rio com apelos ao multilateralismo e críticas ao Ocidente - Sputnik Brasil, 1920, 02.05.2025
Notícias do Brasil
Guerra tarifária: 'Enquanto uns choram, outros vendem lenço' e BRICS vai vender, avalia senador
"Uma pactuação de preços entre os membros do BRICS talvez deva ser feita por fora das leis de mercado, com a intenção de absorver a produção brasileira por parte dos membros do grupamento com maior poder de compra. A China já fez contato com empresários brasileiros para tentar absorver a produção que se tornaria (caso as tarifas realmente entrem em vigor) excedente".

Augustini cita, além da baixa absorção dos produtos que o BRICS deve passar, a possibilidade de retaliações por parte de Washington sobre países que ainda continuam a depender muito do mercado norte-americano. Tais fatores também são impeditivos, no atual cenário, de um acordo intrabloco que possa ser altamente compensatório, segundo ele.

Apesar dos desafios, o professor da PUC cita a bolsa de grãos proposta durante a Cúpula do BRICS em Kazan no ano passado e um investimento do Novo Banco de Desenvolvimento — este mais complexo, conforme o analista.
 
O intuito do aporte financeiro, segundo ele, seria para "oferecer linhas de crédito específicas para subsidiar exportações dos países do BRICS, apoiando empresas e setores que precisem se adaptar às novas rotas comerciais e financiar obras de infraestrutura necessárias para viabilizar a redistribuição de fluxos comerciais, tais como portos, ferrovias, armazéns. Isso inclui o apoio a pequenos produtores potencialmente afetados pelas perdas externas", sugere.

No caso do Brasil, mercado interno poderia absorver parte das exportações?

De acordo com Kocher, parte da produção destinada ao mercado externo poderia, sim, ser incorporada ao mercado interno. Porém, questões complexas como o próprio domínio do agronegócio poderiam causar resistência, inclusive de classes políticas, sendo necessários rearranjos políticos.
Entretanto, algumas alternativas podem ser consideradas, conforme cita Augustini. Entre elas, adotar políticas de compras públicas, ou seja, "o governo ampliar programas de compras para absorver os excedentes disponíveis – adquirindo, por exemplo, grãos, carnes e sucos para formar estoques reguladores e distribuir em programas de assistência social e escolas".
Além disso, para promover a absorção interna num curto prazo, o analista sugere a redução de impostos sobre alimentos básicos, com o objetivo de baratear o preço ao consumidor final e aumentar o consumo interno desses insumos. Outra proposta seria "adotar políticas de renúncia fiscal às empresas produtoras para que não demitam trabalhadores e continuem a operar conforme planejado, de modo que suas operações sejam afetadas com menos intensidade", acrescenta. 
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250730/tarifas-dos-eua-podem-funcionar-como-catalisadora-de-mudancas-para-o-brics-diz-especialista-41851650.html

Sputnik Brasil: Judiciário do Brasil 'não se curvará a pressões externas', diz chanceler brasileiro a homólogo dos EUA

 21:35 30.07.2025

O presidente russo, Vladimir Putin (em segundo plano), e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, participam da cerimônia de boas-vindas antes de um jantar informal à margem da Cúpula do BRICS em Kazan - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2025

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse nesta quarta-feira (30) que comunicou ao seu homólogo estadunidense, Marco Rubio, que o Judiciário do Brasil é independente e não se curvará a pressões externas.
O encontro ocorreu em Washington, capital dos EUA, e foi o primeiro entre os chanceleres desde a posse do atual chefe da Casa Branca, Donald Trump:
 
"Enfatizei que é inaceitável e descabida a ingerência na soberania nacional no que diz respeito a decisões do Poder Judiciário do Brasil, inclusive à condição do processo judicial no qual é réu o ex-presidente [Jair] Bolsonaro […]. Afirmei que o Poder Judiciário é independente no Brasil, tanto como aqui, e não se curvará a pressões externas."

Vieira viajou para Nova York na última segunda-feira (28), para uma reunião das Nações Unidas sobre a situação na Palestina. Ele informou ao governo americano que estaria disposto a viajar para Washington para um encontro de alto nível, se fosse chamado.

Após declarar que informou a Rubio que o governo brasileiro se reserva o direito de responder às medidas adotadas pelos Estados Unidos, ambos concordaram sobre a necessidade de manter o diálogo para solucionar os problemas bilaterais.
Trump oficializou mais cedo sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, bem como a sobretaxa de 50% às exportações brasileiras, que entrará em vigor dentro de sete dias.
Carlos Viana em pronunciamento à bancada no Senado, em Brasília (DF). Brasil, 16 de julho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2025
Notícias do Brasil
Mídia: Trump usa Bolsonaro como 'desculpa' para o tarifaço; motivo é o medo do BRICS, diz senador
Além dos motivos que afetariam os norte-americanos, Washington aponta que a ordem executiva do tarifaço foi emitida pela suposta perseguição política sofrida por Jair Bolsonaro e por apoiadores do ex-presidente no Brasil.
Segundo o documento, a nova tarifa já entra em vigor a partir do dia 6 de agosto, oito dias após a assinatura de Trump.

Lei Magnitsky contra Moraes

A aplicação de sanções financeiras contra Alexandre de Moraes foi feita por meio da Lei Magnitsky. Ela, que permite ao governo norte-americano punir autoridades estrangeiras envolvidas na violação de direitos humanos, em especial os de cidadãos estadunidenses, pode levar ao bloqueio de bens do alvo que estejam em posse de entidades norte-americanas, e até mesmo ao cancelamento de vistos para entrada no país.
Em meados de julho, Rubio anunciou que os EUA haviam revogado os vistos de Moraes e de seus familiares devido ao processo contra Jair Bolsonaro.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que Moraes lidera uma "campanha opressiva de censura" e ainda uma "caça às bruxas ilegal" contra cidadãos brasileiros e norte-americanos.
Entre as novas restrições contra Moraes estão a proibição de transações financeiras através de empresas dos EUA e a revogação de vistos de familiares e "aliados".

STF reage

Em resposta às sanções contra o magistrado, o Supremo Tribunal Federal lançou uma nota na qual afirma que a investigação que resultou no processo da trama golpista, citada por Trump como motivo das medidas contra Moraes, encontrou "indícios graves" de crimes cometidos por Bolsonaro.
 
"O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo", afirma o texto.

Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250730/judiciario-do-brasil-nao-se-curvara-a-pressoes-externas-diz-chanceler-brasileiro-a-homologo-dos-eua-41854651.html

Brasil247: Lula desafia Trump e afirma que Brasil não aceitará chantagens

 Presidente rebate ameaças tarifárias dos EUA e defende a soberania brasileira diante de pressões pelo caso Bolsonaro

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

247 - Em entrevista publicada nesta quarta-feira (30) pelo New York Times, o presidente Lula (PT) fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que determinou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como forma de pressionar o governo brasileiro no caso judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A entrevista foi conduzida pelo correspondente Jack Nicas, que deixava o posto no Brasil justamente em meio ao agravamento das tensões diplomáticas entre os dois países.

“Quero dizer ao Trump que brasileiros e americanos não merecem ser vítimas da política, se o motivo da tarifa for o processo contra o ex-presidente Bolsonaro”, afirmou Lula. “O povo brasileiro pagará mais por alguns produtos, e o povo americano pagará mais por outros. E acho que a causa não justifica isso. O Brasil tem uma Constituição, e o ex-presidente está sendo julgado com pleno direito de defesa.”

Lula revelou que vem tentando estabelecer contato com Trump e membros do governo norte-americano desde maio, sem sucesso. “O que está impedindo é que ninguém quer conversar. Pedi para entrar em contato. Indiquei meu vice-presidente, meu ministro da Agricultura, meu ministro da Economia, para que cada um falasse com seu respectivo colega e entendesse qual era a possibilidade de diálogo. Até agora, não foi possível”, relatou o presidente.

Segundo Lula, o governo brasileiro realizou dez reuniões com o Departamento de Comércio dos EUA e, em 16 de maio, enviou uma carta pedindo resposta formal. “A resposta que recebemos foi pelo site do Trump, anunciando as tarifas contra o Brasil”, afirmou. “Espero que a civilidade retorne à relação Brasil-EUA. O tom da carta dele é claramente de alguém que não quer conversar.”

Questionado sobre sua postura crítica em relação ao presidente norte-americano — a quem já chamou de “imperador” — e se temia represálias, Lula foi direto: “Não. Não há razão para ter medo. Estou preocupado, obviamente, porque temos interesses econômicos, políticos, tecnológicos. Mas em nenhum momento o Brasil vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande. O Brasil vai negociar como país soberano.”

O presidente reafirmou que o Brasil está disposto a encontrar pontos de equilíbrio nas relações internacionais, mas jamais aceitará subordinação. “Na política entre dois Estados, a vontade de nenhum dos dois deve prevalecer. Sempre precisamos encontrar o meio-termo. Isso não se consegue estufando o peito e gritando por coisas que não se pode entregar, nem abaixando a cabeça e dizendo ‘amém’ a tudo que os Estados Unidos quiserem.”

Caso Bolsonaro é inegociável

Trump está condicionando a suspensão das tarifas à interrupção do processo contra Jair Bolsonaro, mas Lula rejeitou categoricamente qualquer interferência: “É importante que o presidente Trump considere o seguinte: se ele quer ter uma briga política, então que tratemos como uma briga política. Se quer falar de comércio, vamos sentar e discutir comércio. Mas não dá para misturar tudo.”

O presidente brasileiro foi incisivo ao explicar que respeita a soberania dos EUA e exige o mesmo em relação ao Brasil. “Não posso simplesmente mandar uma carta para o Trump dizendo: ‘Olha, Trump, o Brasil não vai fazer tal coisa se você não fizer tal coisa com Cuba’. Eu não posso fazer isso — por respeito aos Estados Unidos, à diplomacia e à soberania de cada nação. É isso que eu espero que ele reflita. Honestamente, não sei o que o Trump ouviu sobre mim. Mas, se me conhecesse, saberia que sou 20 vezes melhor do que o Bolsonaro.”

Caso as tarifas entrem em vigor nesta sexta-feira, Lula afirmou que o Brasil buscará outros parceiros comerciais. “Não vou chorar pelo leite derramado. Se os Estados Unidos não quiserem comprar algo nosso, vamos procurar quem queira. Temos uma relação comercial extraordinária com a China. Se Estados Unidos e China quiserem fazer uma Guerra Fria, nós não vamos aceitar. Não tenho preferência. Tenho interesse em vender para quem quiser comprar — para quem pagar mais.”

Lula encerrou com uma crítica à lógica ideológica imposta por Washington. “Nem meu pior inimigo pode dizer que o Lula não gosta de negociar. Aprendi política negociando. Não tenho nada contra a ideologia do Trump. Trump é um problema do povo americano. Eles votaram nele. Ponto final. Não vou questionar o direito soberano do povo americano, porque não quero que eles questionem o meu.”

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/lula-desafia-trump-e-afirma-que-brasil-nao-aceitara-chantagens

Brasil247: Perplexidade, estupefação, revolta. Todo apoio a Alexandre de Moraes

O que mais podemos sentir diante da aplicação de leis extraterritoriais agressivas contra um ministro da mais alta corte do nosso país?

Alexandre de Moraes (Foto: Victor Piemonte/STF)

Perplexidade, estupefação, espanto e revolta. O que mais podemos sentir diante da aplicação de leis extraterritoriais agressivas contra um ministro da mais alta corte do nosso país?

A Lei Global Magnitsky de Responsabilização por Violações de Direitos Humanos foi aprovada pelo Congresso dos EUA em 2012 com o propósito de punir autoridades russas — incluindo fiscais, juízes e investigadores — consideradas responsáveis pela morte do advogado Sergei Magnitsky, após ele revelar fraudes fiscais envolvendo empresas e autoridades russas.

Desde então, com a revisão de 2016, a lei foi expandida para permitir sanções a indivíduos de diversas nacionalidades, por motivos variados. Estima-se que mais de 8 mil pessoas e entidades já tenham sido sancionadas com base nesse amplo e genérico conjunto legislativo, cuja principal finalidade é inviabilizar a vida econômica e financeira de pessoas acusadas — muitas vezes sem devido processo legal — de corrupção ou violações de direitos humanos.

A principal ferramenta de execução dessa legislação é a imposição de sanções coercitivas unilaterais, viabilizadas pela hegemonia do sistema financeiro dos Estados Unidos. Em outras palavras, trata-se da capacidade de excluir alguém do sistema bancário internacional dominado pelo dólar americano.

Para quem estuda sanções unilaterais aplicadas a países e indivíduos ao redor do mundo — como no caso de Cuba ou da Venezuela —, esse tipo de prática não é novidade. O próprio Brasil já sentiu os efeitos dessa hegemonia extraterritorial durante episódios da Operação Lava Jato. O que causa espanto, agora, é a aplicação de medidas escancaradamente ofensivas contra um ministro do STF no exercício legítimo de suas funções.

O ministro Alexandre de Moraes está sendo punido por cumprir seu dever constitucional em um processo de máxima importância nacional, que investiga a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e a articulação de um golpe de Estado. Os eventos de 8 de janeiro de 2023 incluem até mesmo um plano criminoso que previa o assassinato do próprio ministro e do presidente da República.

A afronta é absoluta e atinge não apenas um indivíduo, mas todo o Poder Judiciário brasileiro. Ao mesmo tempo, ao impor sanções unilaterais e arbitrárias, os EUA pressionam o Poder Executivo, o Poder Legislativo e os setores econômicos e sociais do Brasil, buscando aniquilar qualquer resquício de soberania ou multilateralismo.

Como advogada e professora de direito internacional, junto minha voz a tantas outras manifestações de apoio ao ministro Alexandre de Moraes, a seus familiares e a todas as pessoas atingidas por esse ato arbitrário e violento. É hora de reafirmar a defesa da soberania nacional, do Estado de Direito e da independência dos nossos poderes.

Fonte:  https://www.brasil247.com/blog/perplexidade-estupefacao-revolta-todo-apoio-a-alexandre-de-moraes

Brasil247: “Mais de 40% do que o Brasil exporta para os Estados Unidos ficou fora da tarifa", diz Jorge Viana

 Presidente da ApexBrasil destaca que decisão de Trump impõe barreiras injustas, mas preserva parcela significativa das exportações brasileiras

Jorge Viana, presidente da Apex (Foto: Robson Moura / TV Brasil)

Conteúdo postado por:

“Mais de 40% do que o Brasil exporta para os Estados Unidos ficou fora da tarifa", diz Jorge Viana

Presidente da ApexBrasil destaca que decisão de Trump impõe barreiras injustas, mas preserva parcela significativa das exportações brasileiras

247 – Em vídeo divulgado nesta quarta-feira (30), o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, comentou a ordem executiva emitida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impõe tarifas adicionais a produtos brasileiros. A medida, que eleva a alíquota de importação para 50%, causou grande preocupação no meio empresarial e diplomático brasileiro. Ainda assim, Viana ressaltou que parte expressiva das exportações do Brasil foi temporariamente excluída da sobretaxa.

“O governo dos Estados Unidos acabou de emitir a ordem executiva que faz entrar em vigor as novas tarifas contra os produtos brasileiros que são exportados para aquele país. Os números são ruins porque não tem nenhuma razão de nós termos mais tarifas para os nossos produtos, quando os Estados Unidos é que mais ganham com o comércio bilateral”, afirmou Viana. Segundo ele, a medida teve sua entrada em vigor adiada para 6 de agosto, o que abre uma janela para o diálogo entre os dois países.

Jorge Viana destacou que 379 produtos brasileiros foram poupados, ao menos por ora, da tarifa de 50% — ficando sujeitos a uma alíquota reduzida de 10%. “No anexo um, eles estão tirando dessa nova tarifa, ficando só em 10%, 379 produtos como celulose, suco de laranja, castanha do Brasil, a parte de aeronaves, todas de alguns minerais importantes”, explicou. Segundo ele, esses itens somaram cerca de US$ 18 bilhões em exportações no ano passado, o que representa mais de 40% de tudo o que o Brasil vende aos Estados Unidos.

Para o presidente da ApexBrasil, ainda há espaço para negociação. “Tomara que a gente tenha a oportunidade de mostrar claramente que outros produtos são muito importantes nos Estados Unidos, é claro, importante também para o nosso país, e que o bom senso possa prevalecer, porque é esse o propósito do governo: negociar e fazer valer uma história de 201 anos de comércio que nunca passou por uma turbulência tão grande como essa promovida pelo atual governo dos Estados Unidos.”

Retaliação e acusações do governo Trump

A ordem executiva foi acompanhada por uma declaração de emergência nacional baseada na Lei dos Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977. A Casa Branca justificou as medidas com acusações severas contra o governo Lula e, em especial, contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Washington, o Brasil representa “uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

O comunicado oficial acusou diretamente o ministro Alexandre de Moraes de “abusar de sua autoridade judicial para ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos”. A nota afirma que Moraes teria atuado com outros membros do STF para censurar críticos políticos, congelar ativos de empresas americanas e impor multas a opositores, incluindo cidadãos dos EUA.

Sanções pessoais e ofensiva diplomática

Além das tarifas, a Casa Branca anunciou sanções pessoais contra ministros do STF e seus familiares, incluindo a revogação de vistos. O presidente Trump, que tomou posse para seu segundo mandato em 2025, ordenou ao secretário de Estado, Marco Rubio, que adotasse essas medidas em 18 de julho. A Casa Branca também mencionou o caso de Paulo Figueiredo, residente nos EUA, que estaria sendo processado no Brasil por manifestações feitas em solo americano.

Em tom agressivo, Trump afirmou que está “defendendo empresas americanas da extorsão, protegendo cidadãos americanos da perseguição política e salvando a economia americana dos éditos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”. O comunicado reforça a agenda “America First”, colocando a liberdade de expressão como valor central da política externa dos EUA.

Reações e cenário geopolítico

A decisão do presidente norte-americano acirra ainda mais as tensões diplomáticas com o Brasil e coloca em xeque a estabilidade de uma das parcerias comerciais mais relevantes para os dois países. Até o momento, o governo Lula e o STF não emitiram resposta oficial às acusações e sanções. A escalada diplomática poderá gerar efeitos econômicos concretos e provocar reações tanto em fóruns multilaterais quanto em organismos comerciais internacionais.

A postura da administração Trump ecoa a retórica da extrema direita brasileira, buscando minar a legitimidade das instituições nacionais. A resposta do Brasil e de seus aliados deverá ser decisiva para conter os impactos dessa ofensiva e preservar os interesses nacionais em meio ao turbulento cenário geopolítico. 

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/mais-de-40-do-que-o-brasil-exporta-para-os-estados-unidos-ficou-fora-da-tarifa-diz-jorge-viana

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Robinson Farinazzo: "Trump é chantagista, Eduardo Bolsonaro é entreguist...

BRASIL GANHA APOIO DE PESO NA GUERRA TARIFÁRIA CONTRA TRUMP

Grifo meu: Ainda bem a China pode dar um suporte econômico ao Brasil em de o Tramp taxar os produtos exportados pelo nosso país em 50%.

Agência Brasil: Número de autocracias supera o de democracias no mundo, diz estudo

 Três em cada quatro pessoas no mundo vivem em uma autocracia

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/07/2025 - 17:07
São Paulo
Brasília-DF 23-03-2024 Mobilização da Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM), pelo conjunto das centrais sindicais e partidos progressistas do campo popular; em convocatória pública em defesa da democracia. Foto José Cruz/ Agência Brasil
© Foto José Cruz/ Agência Brasil

As autocracias passaram a ser maioria no mundo, segundo o Relatório da Democracia 2025, do Instituto V-Dem, ligado à Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Os dados do estudo mostram que o mundo tinha, ao final de 2024, 88 democracias e 91 autocracias, uma inversão em relação ao ano anterior. Anualmente, o instituto publica dados sobre a situação da democracia no mundo. 

O levantamento considera autocracia o regime político em que o poder está concentrado em uma pessoa ou grupo político, com pouco ou nenhum controle democrático, e liberdades civis e políticas restringidas. No caso da democracia, há eleições multipartidárias, livres e justas; graus satisfatórios de sufrágio, liberdade de expressão e liberdade de associação e restrições judiciais e legislativas ao Poder Executivo são cumpridas, juntamente com a proteção das liberdades civis e a igualdade perante a lei.

De acordo com o relatório, cerca de três em cada quatro pessoas no mundo, ou 72% (5,8 bilhões de pessoas), vivem atualmente em autocracias – o nível mais elevado desde 1978. Os pesquisadores analisaram 179 países em 2024. 

Segundo o texto, os regimes autocráticos estão concentrados no Oriente Médio, norte de África, Ásia do Sul e Central, e na África Subsariana. Já os países democráticos são mais comuns na Europa Ocidental e na América do Norte, assim como em algumas partes do Leste Asiático e do Pacífico, na Europa do Leste e na América do Sul

Polarização e desinformação

O levantamento coloca a desinformação e a polarização política entre as principais ameaças às democracias. De acordo com o estudo, a desinformação é utilizada pelos governos autocráticos para inflacionar propositadamente sentimentos negativos na população e criar um sentimento de desconfiança.

Já a polarização serve para reduzir a confiança nas instituições governamentais.

“Estudos sugerem que a polarização se torna frequentemente uma ajuda para os governos espalharem a desinformação, enfraquecendo a democracia. Se a polarização for elevada, os cidadãos estão mais dispostos a trocar os princípios democráticos por outros interesses ou a ajudar o seu lado a ganhar. A votação do Brexit e as eleições presidenciais de 2016 nos EUA são dois exemplos proeminentes em que este padrão se verificou”, aponta o estudo. 

De acordo com o relatório, a polarização política aumentou significativamente em nove países, considerando eleições ocorridas em 2024.

O relatório faz menção ao cenário político nos Estados Unidos, “onde níveis tóxicos de polarização definiram, em grande parte, os debates durante as eleições de 2024”. O estudo faz uma observação que "alguns aspectos da democracia nos EUA já estivessem a ser afetados em 2024, os dados do V-Dem ainda não captam os desenvolvimentos recentes e extremamente preocupantes”.

Violência política e ataque à imprensa

O levantamento mostra ainda que a violência política e o aumento dos ataques aos meios de comunicação social foram os componentes da democracia que mais sofreram durante os pleitos eleitorais de 2024 no mundo.

“Quase um quarto de todas as eleições realizadas em 2024 – 14 em 61 – foram marcadas por um aumento na violência política. Por exemplo, o México realizou a sua eleição mais sangrenta da história recente, com pelo menos 37 concorrentes assassinados, e existiram tentativas de assassinato do primeiro-ministro na Eslováquia e do, então, candidato Trump”.

Brasil247: Marine Le Pen diz que acordo entre UE e EUA é “fiasco econômico e moral”

 Líder da direita francesa critica acordo firmado por Ursula von der Leyen com o presidente Donald Trump e afirma que soberania da França foi sacrificada

A líder de extrema direita francesa Marine Le Pen discursa em um comício em seu apoio, após apelos por uma mobilização pacífica após a condenação de Marine Le Pen por desvio de fundos da UE, o que resultou em sua proibição de concorrer a cargos públicos por cinco anos, em Paris, França, em 6 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Conteúdo postado por:

247 – O novo pacto entre Bruxelas e Washington promete acirrar o debate político na Europa sobre os rumos da política comercial do bloco, especialmente em meio ao fortalecimento de vozes soberanistas e nacionalistas, como a de Le Pen, que se preparam para disputar a liderança nas eleições europeias de 2026.  na qual ela responsabiliza diretamente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e denuncia o q ue considera uma capitulação europeia diante das exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reeleito para seu segundo mandato em 2025.

A declaração de Le Pen foi uma reação imediata à tentativa de Ursula von der Leyen de justificar os termos do pacto firmado com Washington. Segundo a agência Reuters, Von der Leyen defendeu o acordo como "o melhor que conseguimos" frente à ameaça de tarifas de até 30% sobre produtos europeus. Ainda de acordo com a presidente da Comissão, o tratado estabeleceu uma tarifa básica de 15% sobre a maioria das exportações europeias — incluindo automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos —, além da promessa de importação de 750 bilhões de dólares em gás natural liquefeito (GNL) e combustível nuclear dos EUA ao longo de três anos.

Marine Le Pen, no entanto, condenou o resultado da negociação. "O acordo comercial concluído por Ursula von der Leyen com Donald Trump é um fiasco político, econômico e moral", escreveu ela. E detalhou os motivos de sua oposição em três frentes:

 Fiasco político: “A União Europeia, com seus 27 Estados membros, obteve condições piores do que o Reino Unido. As soberanias, em matéria comercial, não se somam: elas se diluem, ou, neste caso, se anulam sob o peso da burocracia de Bruxelas.”
 Fiasco econômico: “A Comissão aceitou cláusulas assimétricas que jamais a França, governada por um executivo patriota, teria aceitado. Centenas de bilhões de euros em gás e armamentos deverão ser importados todos os anos dos Estados Unidos. É uma capitulação em campo aberto para a indústria francesa e para nossa soberania energética e militar.”
 Fiasco moral: “Mais uma vez os agricultores franceses foram sacrificados no altar das indústrias alemãs, com cláusulas que nos obrigam a abrir ainda mais o mercado único às produções agrícolas americanas, em troca de uma redução de tarifas sobre as exportações de automóveis alemães.”

Von der Leyen, por sua vez, minimizou as críticas e enfatizou que a prioridade era evitar tarifas ainda mais elevadas que poderiam ter sido impostas por Trump. “15% não deve ser subestimado, mas foi o melhor que conseguimos”, afirmou ela a jornalistas, destacando ainda que o acordo inclui tarifa zero para produtos estratégicos como aeronaves, peças aeroespaciais, alguns produtos químicos e medicamentos genéricos.

A oposição francesa, no entanto, vê no acordo a continuidade de uma política de globalização que prejudica a soberania das nações europeias. “Essa globalização que nega e quebra as soberanias está superada há muitos anos. Já seria tempo de essa informação chegar aos ouvidos da Comissão Europeia”, alertou Le Pen. “E, enquanto isso não acontece, o mínimo seria reconhecer esse fracasso retumbante, ao invés de pedir aos franceses, que serão os primeiros a sofrer com ele, que se regozijem.”

O novo pacto entre Bruxelas e Washington promete acirrar o debate político na Europa sobre os rumos da política comercial do bloco, especialmente em meio ao fortalecimento de vozes soberanistas e nacionalistas, como a de Le Pen, que se preparam para disputar a liderança nas eleições europeias de 2026.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/marine-le-pen-diz-que-acordo-entre-ue-e-eua-e-fiasco-economico-e-moral

Brasil247: Dugin diz que Trump cometeu “estupro geoeconômico” contra União Europeia

 Filósofo russo afirma que acordo comercial com os EUA humilhou a UE, destruiu sua soberania e transformou o bloco em uma “caricatura”

(Foto: Reprodução/Facebook)

Conteúdo postado por:

247 – O filósofo e estrategista russo Aleksandr Dugin fez uma avaliação brutal sobre o novo acordo comercial firmado entre a União Europeia e os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump. Em declaração publicada neste domingo (27), Dugin afirmou que a UE foi vítima de um “estupro geoeconômico”, submetendo-se de forma humilhante a condições impostas por Washington e renunciando definitivamente à possibilidade de afirmar uma identidade europeia autônoma no cenário global.

 “Trump humilhou a União Europeia de maneira muito drástica. Nunca a UE pareceu tão deplorável, fraca e submissa. É uma forma de estupro geoeconômico.”

 

Dugin, uma das figuras mais influentes do pensamento geopolítico russo contemporâneo, foi ainda mais incisivo ao avaliar as consequências estratégicas do acordo:

 “A União Europeia destruiu a chance de a Europa voltar a ser Europa. Ela se tornou uma caricatura, um simulacro.”

As declarações de Dugin se inserem no contexto de duras críticas que vêm sendo feitas por lideranças políticas e intelectuais europeus contra os termos do pacto assinado por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. O acordo prevê, entre outros pontos, a imposição de tarifas de 15% sobre produtos europeus exportados para os EUA, a ausência de reciprocidade tarifária em setores-chave e a obrigatoriedade de importações energéticas no valor de US$ 750 bilhões em apenas três anos, incluindo gás natural liquefeito e combustível nuclear.

Para Dugin, o acordo representa mais do que uma derrota econômica — trata-se de um rebaixamento geopolítico de todo o continente europeu. Segundo ele, a submissão da UE aos Estados Unidos simboliza o fracasso do projeto europeu enquanto entidade soberana:

 “A Europa se dissolveu como projeto civilizacional. Em vez de um polo de equilíbrio, tornou-se um apêndice obediente de Washington.”

As falas de Dugin, embora polêmicas, ecoam o crescente mal-estar no continente europeu em relação à dependência econômica, energética e estratégica diante dos EUA, especialmente após a reeleição de Donald Trump e a intensificação de sua agenda protecionista.

O uso da expressão “estupro geoeconômico” por Dugin revela a dimensão simbólica e ideológica da crítica: não se trata apenas de um acordo desfavorável, mas de uma ruptura profunda com o ideal de soberania europeia. Com essa metáfora radical, o pensador russo reforça a tese de que a UE perdeu sua capacidade de autodeterminação — e que, sob o peso da submissão, comprometeu definitivamente seu papel como potência independente.

Fonte:  

 

Brasil247: Asean pede cessar-fogo imediato entre Tailândia e Camboja em conflito fronteiriço

 Ministros de Relações Exteriores do bloco apelam por diálogo e contenção após escalada violenta que deixou 33 mortos e milhares de deslocados

Bombeiros trabalham para extinguir incêndio em uma loja de conveniência em um posto de gasolina, em meio aos confrontos entre Tailândia e Camboja, no distrito de Kantharalak, província de Sisaket, Tailândia, em 24 de julho de 2025, nesta captura de tela obtida de um vídeo distribuído (Foto: TPBS/Distribuição via REUTERS)
José Reinaldo avatar
Conteúdo postado por:

247 - Os ministros das Relações Exteriores da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) exortaram, nesta segunda-feira (28), Tailândia e Camboja a restabelecerem a paz nas regiões de fronteira, após dias de confrontos que resultaram em pelo menos 33 mortos, dezenas de feridos e centenas de milhares de deslocados. A declaração, emitida em Kuala Lumpur – onde a Malásia exerce a presidência rotativa do bloco em 2025 –, pede um "cessar-fogo imediato" e a resolução pacífica das disputas, reforçando os princípios de "família, unidade e boa vizinhança" que regem a organização.

O conflito, que se intensificou em 24 de julho, envolveu o uso de caças, artilharia pesada e tanques, marcando um dos episódios mais violentos entre os dois países nas últimas décadas. "É essencial que ambas as partes exerçam a máxima contenção e priorizem o diálogo", destacou o comunicado, que também citou a Carta das Nações Unidas e o Tratado de Amizade e Cooperação no Sudeste Asiático (TAC) como bases para a mediação.

Raízes históricas e acusações mútuas

A tensão na fronteira remonta ao período colonial, quando a França delimitou a região em 1907, sem resolver completamente as demarcações. Nas últimas semanas, as hostilidades foram reacendidas após a morte de um soldado cambojano em maio e a amputação da perna de um militar tailandês, vítima de uma mina terrestre, em 23 de julho. Ambos os governos se acusam de ter iniciado os ataques.

Enquanto o Camboja levou o caso ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) em junho, defendendo uma solução jurídica, a Tailândia insiste em negociações bilaterais. "A escalada só traz sofrimento para civis e ameaça a estabilidade regional", afirmou um diplomata da Asean sob condição de anonimato.

Reunião de emergência e alerta regional

Nesta segunda-feira, representantes dos dois países se reúnem na capital malaia em busca de uma trégua, sob mediação do bloco. A Asean – que inclui ainda Indonésia, Cingapura, Filipinas, Vietnã, Laos, Brunei e Mianmar – teme que a crise se espalhe, já que a região fronteiriça abriga templos históricos e populações vulneráveis.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/asean-pede-cessar-fogo-imediato-entre-tailandia-e-camboja-em-conflito-fronteirico

domingo, 27 de julho de 2025

Brasil247: EUA e UE chegam a acordo comercial e UE terá tarifa de 15% em todos os setores

 

EUA e UE chegam a acordo comercial e UE terá tarifa de 15% em todos os setores

O acordo também prevê investimentos de US$600 bilhões da União Europeia nos EUA

Donald Trump (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

Conteúdo postado por:

Reuters - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo que EUA e União Europeia chegaram a um acordo comercial que inclui uma tarifa de 15% sobre os produtos exportados pela UE para os EUA, além de compras significativas de energia e equipamentos militares norte-americanos por parte do bloco europeu.

O acordo também prevê investimentos de US$600 bilhões da União Europeia nos EUA, disse ele a jornalistas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou que o acordo prevê tarifas de 15% em todos os setores, afirmando que a medida deve ajudar a reequilibrar o comércio entre os dois grandes parceiros comerciais.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/eua-e-ue-chegam-a-acordo-comercial-e-ue-tera-tarifa-de-15-em-todos-os-setores