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12:09 04.11.2020URL curta
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Conclusão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é sobre dois dos maiores projetos aprovados pela Petrobras durante os governos do PT, o Comperj e a Refinaria Abreu e Lima.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) condenou na terça-feira (3) quatro ex-dirigentes da Petrobras após denúncias sobre investimentos da companhia em projetos investigados pela Operação Lava Jato.
Também acusados no mesmo processo, a ex-presidente Dilma Rousseff e ministros do seu governo foram absolvidos.
O parecer da CVM entendeu que apesar da ex-presidente participar do conselho de administração da estatal quando Comperj e a refinaria Abreu e Lima foram aprovadas, não há indícios sobre sua culpa.
As informações foram confirmadas pela Folha de São Paulo.
Delator da operação Lava-Jato, o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, foi condenado a multas que somam R$ 1,15 milhão. Além disso, ele não pode assumir uma empresa de capital aberto por 15 anos.
As condenações proferidas pela CVM são pela aprovação de projetos em troca de vantagens indevidas.
O colegiado da entidade determinou que Sergio Gabrielli e o ex-diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, também devem ser multados em R$ 150 mil. Já o ex-diretor de Serviços, Renato Duque, foi inabilitado de administrar empresa de capital aberto por 15 anos.
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© AP Photo / Eraldo Peres
Manifestante em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em apoio à Operação Lava Jato, em Brasília, 25 de setembro de 2019
Relator dos processos na CVM, o diretor Henrique Machado propôs a condenação de todos os diretores da estatal, além de representantes dos conselhos de administração e fiscal na época em que os investimentos foram aprovados.
Com isso, formou-se uma lista que incluía, além de Dilma, os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci (Fazenda), Silas Rondeau (Minas e Energia) e o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho.
A ideia, porém, foi derrotada pelos outros dois diretores que participaram do julgamento, Gustavo Gonzalez e Flávia Perlingeiro.
Gonzalez e Perlingeiro alegaram que o conselho de administração não tinha como questionar informações sobre os projetos passadas pela diretoria da companhia e que, em determinado momento, chegou a pedir medidas para melhorar a rentabilidade dos projetos.
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