O presidente eleito Luis Arce toma posse hoje na Bolívia depois de um ano de vigência de um governo golpista, de uma ampla resistência popular e eleições em que obteve um triunfo espetacular nas urnas. Delegações internacionais chegam ao país andino para participar da cerimônia
8 de novembro de 2020, 06:35 h Atualizado em 8 de novembro de 2020, 10:46
Bolívia – Festa da vitória do presidente eleito, Luís Arce, do MAS (partido de Evo Morales). 19 de outubro de 2020 (Foto: Twitter)
247 - O presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, toma posse neste domingo (8). Já se encontram em solo boliviano o presidente de Argentina, Alberto Fernández e o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza.
A cerimônia de posse de Luis Arce e David Choquehuanca acontecerá na sede da Assembleia Legislativa, informa a Telesul.
Vários chefes de estado da região e do resto do mundo chegam à Bolívia para assistir à posse de Luis Arce e David Choquehuanca como presidente e vice-presidente da nação, respectivamente, após a vitória eleitoral de 15 de outubro.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, estão em solo boliviano. Há horas chegou o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Yavad Zarif, que já se reuniu com Arce e Choquehuanca.
O rei espanhol Felipe VI também viajou a La Paz, na companhia do vice-presidente do Governo e líder do Podemos, Pablo Iglesias, além de uma delegação dos Estados Unidos (EUA) chefiada pelo subsecretário da Fazenda para Assuntos Internacionais, Brent Mclntosh.
Segundo o porta-voz da Comissão de Transição, Freddy Bobaryn, a chegada do presidente da Colômbia, Iván Duque, assim como do ex-presidente do Panamá, Martín Torrijos, está prevista para as próximas horas.
Está prevista também a chegada do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, do chefe do Conselho de Ministros do Peru, Wálter Martos, e dos chanceleres do Uruguai e do Chile, Francisco Carlos Bustillo e Andrés Allamand, respectivamente. Do Brasil a única autoridade presente será o embaixador em La Paz, informou a Folha de S.Paulo.
Organizações sindicais, sociais e indígenas também foram convidadas para a solenidade que será realizada pela Assembleia Legislativa Plurinacional e terá início às 7h, horário local. Entre eles estão a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) e o Conselho Americano de Povos Indígenas do Canadá.
Da mesma forma, está prevista a presença de representantes do povo Maya K'iche da Guatemala, da Convergência Social-Frente Ampla do Chile e de outras delegações do Peru, Venezuela, Panamá, México, Argentina, Colômbia, Honduras e Brasil.
Evo volta à Bolívia nesta segunda-feira
O ex-presidente Evo Morales declarou neste sábado, em entrevista coletiva, que retornará à Bolívia na segunda-feira (9) e confia em que após sua entrada não haverá problemas jurídicos.
O dirigente revolucionário especificou que cruzará a fronteira entre os dois países pela manhã, às 10 ou 11, e viajará em caravana por vários povoados e aldeias bolivianas até chegar no dia 11 de novembro a Chimoré, no trópico de Cochabamba (centro), onde permanecerá.
Em mensagem veiculada pela rede social Twitter, Evo agradeceu ao presidente argentino, Alberto Fernández, que o acompanhará durante a travessia da fronteira "por questão de segurança", acrescentou.
Evo, que disse deixar "parte de seu coração" na Argentina, está naquele país desde dezembro de 2019, quando aceitou o convite de Fernández para permanecer ali como refugiado político, após o golpe de Estado orquestrado em novembro de 2019, uma vez que ele ganhou as eleições gerais naquele país no primeiro turno.
Milhare de trabalhadores que estão acampados desde ontem à noite aguardam para entrar na Praça para a cerimônia oficial de juramento do novo Presidente da Bolívia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário