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domingo, 18 de novembro de 2018

Tudo que China faz é considerado um 'plano do mal' por uns apreensivos EUA?

A bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo).

Relatório anual da Comissão de Análise Econômica e de Segurança EUA-China aponta que os legisladores americanos pretendem estender as medidas para neutralizar a suposta ameaça de expansão global chinesa.

Washington entende que essa expansão é uma ameaça para a segurança nacional e interesses econômicos, tanto dos EUA como de seus aliados, por isso, o alvo da comissão continuou sendo a expansão chinesa antes do encontro entre o líder americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 que decorrerá na Argentina.

Bandeira da China em frente ao escritório do Google em Pequim. Foto de 2010.

© AFP 2018 / LIU Jin / File

O relatório diz que a China estaria tentando mudar o cenário global para facilitar a promoção de seus interesses, e por isso a Comissão acredita que o acesso da China aos países participantes da Iniciativa do Cinturão e Rota deva ser investigada pelos serviços secretos. O relatório recomenda também ao Congresso americano para criar uma fundação que forneça ajuda aos países susceptíveis de serem pressionados econômica e diplomaticamente pela China.

Entretanto, Pequim considera essas acusações como impróprias e parciais, além de acreditar que os EUA pretendem utilizar essas acusações para tentar interferir nos assuntos internos do país.

Para o especialista da Universidade de Finanças e Economia Shanxi, Li Kai, o relatório é um profundo erro e que esse desentendimento é resultado da "demonização da China", pois segundo o especialista "[…] não importa o que a China faça, no Ocidente isso é interpretado como um plano do mal […]".

Além disso, Li Kai afirma que a intenção da China em promover a Iniciativa do Cinturão e Rota está ligada à capacidade econômica superavitária do país, principalmente com relação à construção de infraestrutura, enfatizando que "[…] a China está disposta a oferecer créditos. Isso é uma estratégia de ganho total para a China e todo o mundo".

Já o vice-presidente americano, Mike Pence, acredita que a melhor, senão a última, chance de evitar uma guerra fria com os EUA seria a China realizar as mudanças em grande escala exigidas pelos EUA.

Bandeiras nacionais dos EUA e da China

© AP Photo / Andy Wong

Uma declaração como a do vice-presidente americano pode ser interpretada como um "ataque informativo" dos EUA nas vésperas do encontro entre os dois líderes. Os americanos estariam tentando mostrar ao mundo que com suas medidas eles estão tentando salvar a nova ordem mundial, enquanto que a China a estaria comprometendo, afirma o especialista russo Mikhail Belyaev, do Instituto de Estudos Estratégicos russo.

Li Kai não esconde que a China está se desenvolvendo rapidamente, e deixa claro que a intenção do país é expandir sua influência pelo mundo, o que estaria deixando preocupados os americanos, que estão tentando conter o crescimento chinês através de guerra informativa. Porém, é tarde demais para isso, visto que a China já se tornou em um dos líderes em alta tecnologia e finanças. Devido a isso, os americanos terão de aceitar que podem perder sua posição dominante e ficar fora do caminho.

Fonte:  https://br.sputniknews.com/opiniao/2018111812701928-china-plano-do-mal-eua/

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