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presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursou no domingo (30)
durante uma manifestação pública patriótica que reuniu milhares de seus
apoiadores em Caracas, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, se
preparava para uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional para
discutir a situação venezuelana.
De acordo com publicação do jornal O Globo, Maduro reafirmou nesta segunda-feira (1º) que recusa "a paz dos escravos". Ele garantiu que, há 22 semanas, o envio de tropas americanas ao Caribe coloca seu país "à prova".
O líder chavista conduziu uma marcha patriótica com milhares de militantes vestidos com camisetas vermelhas e carregando bandeiras nacionais. O evento ocorreu na véspera da reunião de Trump com o Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
"Nascemos
para vencer e não para sermos vencidos! Queremos a paz, mas uma paz com
soberania, igualdade, liberdade! Não queremos a paz dos escravos, nem a
paz das colônias!", declarou Maduro durante a manifestação.
O líder venezuelano, que costuma discursar diversas vezes por semana na TV estatal, havia se afastado das telas e não era visto publicamente desde quarta-feira, quando publicou um vídeo em seu canal no Telegram. No entanto, no domingo (30), Maduro fez sua primeira aparição pública em dias, o que pôs fim aos boatos de que teria deixado o país em meio à escalada das tensões.
Anteriormente, Donald Trump confirmou ter conversado por telefone com Maduro. O presidente norte-americano não deu detalhes sobre o conteúdo da ligação, nem a avaliou positiva ou negativamente.
Apelo à OPEP
Em
29 de novembro, Nicolás Maduro enviou uma carta à Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP) acusando os EUA de fazer "ameaças constantes e explícitas" e de buscar tomar as reservas petrolíferas venezuelanas "à força".
Embora os EUA afirmem que o objetivo único de suas operações no Caribe e do aumento do poderio militar na região seja combater o narcotráfico, Maduro tem certeza de que todas essas ações hostis visam derrotá-lo e obter o controle das imensas reservas de petróleo venezuelano.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, divulgou uma carta de Maduro, no Telegram, afirmando que o país seguirá "firme na defesa de seus recursos naturais".
Além disso, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, acusou os EUA de "assassinato" após Caracas reconhecer, pela primeira vez, que cidadãos venezuelanos estavam entre os mortos nos ataques americanos a barcos suspeitos de narcotráfico, que ocorrem desde setembro.
Rodríguez acrescentou que os EUA e a Venezuela não estão em guerra e que, portanto, esses crimes podem ser classificados como assassinatos. Ele afirmou ter se reunido com familiares das vítimas e anunciou que o parlamento criará uma comissão especial para investigar as mortes.
As tropas americanas realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico desde setembro, matando pelo menos 83 pessoas.
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20251202/maduro-diz-que-venezuela-nao-quer-paz-dos-escravos-chamando-seu-povo-para-defender-soberania-45693010.html
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