
© AP Photo / Andy Wong
O
depósito foi encontrado no complexo de mineração de Bayan Obo na
Mongólia Interior, uma região autônoma do norte, onde estimativas
sugerem que a extração total pode render até um milhão de toneladas de
tório.
A China descobriu uma vasta reserva de tório que pode suprir as necessidades energéticas do país pelos próximos 60 mil anos, informou a mídia local, citando uma pesquisa geológica nacional recentemente desclassificada.
A pesquisa identificou 233 zonas ricas em tório na China, destacando que quantidades substanciais de tório permanecem sem utilização em resíduos de mineração. Cientistas indicam que o equivalente a cinco anos de mineração de tório nos resíduos de minério de ferro da mina de Bayan Obo poderiam, teoricamente, sustentar o consumo de energia dos EUA por mais de um milênio.
O tório, um elemento naturalmente levemente radioativo, há muito tempo é considerado uma alternativa potencial ao urânio na geração de energia nuclear.
Embora
não seja diretamente físsil, o tório pode ser transformado em
urânio-233, que pode sustentar a fissão nuclear. Em um reator de sal
fundido, o tório é combinado com fluoreto de lítio e aquecido a
temperaturas extremas de 1.400 °C, onde o bombardeio de nêutrons inicia
uma reação em cadeia.
Este método é mais eficiente do que os reatores de urânio convencionais, gera significativamente menos resíduos nucleares e minimiza o risco de colapsos catastróficos.
A China está na vanguarda da pesquisa nuclear baseada em tório e já começou a construir a primeira usina de energia de reator de sal fundido de tório do mundo no Deserto de Gobi.
A instalação, projetada para produzir 10 megawatts de eletricidade, deve estar operacional até 2029.
Pequim supostamente vê os reatores de tório como uma pedra angular de
sua estratégia energética de longo prazo, visando reduzir a dependência
do carvão e dos combustíveis fósseis importados.
O tório é significativamente mais abundante que o urânio-235, o combustível primário usado em reatores convencionais — estimado em 500 vezes mais abundante.
De acordo com a World Nuclear Association, o tório pode produzir 200
vezes mais energia que o urânio, tornando-o uma opção altamente
promissora para a energia nuclear futura.
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20250303/china-descobre-deposito-de-torio-com-potencial-para-abastecer-a-nacao-por-60-mil-anos-38722404.html
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