Rebelo atribuiu tais decisões a supostos interesses internacionais representados no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama
Aldo Rebelo (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
247 – Em uma entrevista concedida à Rádio Bandeirantes, o ex-ministro da defesa e ex-presidente da Câmara Federal, Aldo Rebelo, expressou sua insatisfação com a recente decisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e afirmou que tal decisão vai contra os interesses do Brasil.
O ex-ministro enfatizou que a decisão do Ibama não apenas prejudica os interesses da Petrobras, mas também vai contra os interesses da região mais pobre do país, a Amazônia. Ele ressaltou os alarmantes indicadores sociais da região, como altas taxas de mortalidade infantil, falta de saneamento básico, analfabetismo e doenças infecciosas. Segundo Rebelo, a exploração do petróleo nessa região é uma fonte importante de recursos que poderiam beneficiar todo o país, por meio do Fundo Social destinado à proteção do meio ambiente, defesa da educação e saúde.
Rebelo contestou a justificativa apresentada pelo Ibama e pelo Ministério Público sobre a existência de recifes de corais na Foz do Amazonas, afirmando que pesquisadores e geólogos comprovaram que tais recifes não existem mais há 20 mil anos. Ele ainda acusou o Greenpeace de fornecer informações falsas ao Ibama, baseadas em uma suposta falsificação de pesquisas da Universidade Federal do Pará.
O ex-deputado criticou a decisão do Ibama por prejudicar o estado do Amapá, um dos mais pobres do Brasil, que enfrenta carências e dificuldades no emprego e na educação. Ele argumentou que o governo brasileiro abriu um curso de engenharia de petróleo e gás na Universidade Federal do Pará para beneficiar a região, mas agora proíbe que os graduados tenham oportunidades de emprego na área em que se formaram.
Interesses internacionais – Rebelo atribuiu tais decisões a interesses internacionais representados no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama, que prevalecem sobre as questões relacionadas à Amazônia. Ele expressou preocupação com a falta de presença e governança efetiva do Estado brasileiro na região amazônica, destacando a presença de "estados paralelos" das ONGs e do narcotráfico, que dominam a região.
Ao ser questionado sobre possíveis soluções para essas questões, Rebelo mencionou a demissão da ministra do Meio Ambiente e toda a diretoria do Ibama como possibilidades. Ele enfatizou a necessidade de enquadrar as ONGs que, segundo ele, recebem financiamento governamental tanto do Brasil quanto do exterior e são os principais impulsionadores das políticas contrárias ao desenvolvimento do país.
O ex-ministro também comentou sobre a lentidão das decisões judiciais, mencionando a CPI das ONGs no Senado como um passo necessário para enfrentar a questão. Ele expressou sua decepção com o Supremo Tribunal Federal, afirmando que muitas vezes suas decisões vão contra os interesses de desenvolvimento do Brasil.
Santuário – Aldo Rebelo ainda abordou o tema da Amazônia como um santuário da humanidade, citando as intenções do presidente Lula em levar melhores condições de vida para a população da região. No entanto, ele criticou a política atual do governo em transformar a Amazônia em um santuário desabitado, expulsando a população local e restringindo o desenvolvimento econômico.
Por fim, Rebelo destacou a influência das ONGs, que "nadam em dinheiro", e o poder diplomático que as apoia, mencionando o interesse de países europeus e dos Estados Unidos em controlar o poder mundial. Ele ressaltou a necessidade de o Brasil retomar o crescimento e se desenvolver, questionando por que outros países exploram o petróleo em alto mar naquela região, enquanto o Brasil é impedido de fazê-lo.
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