Após vetar, em junho, medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus, negando oferta emergencial de leitos hospitalares e até água para aldeias, Jair Bolsonaro se coloca agora como salvador e diz que governo “reforça assistência a indígenas durante a crise do coronavírus”
12 de agosto de 2020, 11:28 h Atualizado em 12 de agosto de 2020, 14:20
Jair Bolsonaro e indígena com máscara (Foto: Bruno Kelly/Reuters | Carolina Antunes/PR)
247 - Após vetar em junho medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus, negando oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva, Jair Bolsonaro se colocou como salvador da pátria, em postagem nas redes sociais publicada nesta quarta-feira (12) e disse que o governo “reforça assistência a indígenas durante a crise do coronavírus” .
“@govbr reforça assistência a indígenas durante a crise do coronavírus. Cerca de 1 milhão de itens entre equipamentos e insumos já foram enviados aos 34 DSEI do país”, disse Bolsonaro.
No entanto, Bolsonaro omitiu dados importantes a respeito da negligência com os povos indígenas, que enfrenta altos índices de contaminação pelo novo coronavírus em suas aldeias.
Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei com medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus. O texto, publicado no dia 8 de junho, no "Diário Oficial da União (DOU)", determina que os povos indígenas, as comunidades quilombolas e demais povos tradicionais sejam considerados "grupos em situação de extrema vulnerabilidade" e, em consequência, de alto risco para emergências de saúde pública.
Dentre os trechos vetados está o que prevê a execução de ações para garantir aos povos indígenas e quilombolas "a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva" e que a União seja obrigada a comprar "ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea".
Outro veto foi o que obriga o governo a fornecer aos povos indígenas "acesso a água potável" e "distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias".
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