Fernando Costa - 05/06/2018
O golpe militar de 1964 pariu um desastre de quase um quarto de século. O golpe judicial de 2017, financiado pela plutocracia paulista, está a parir uma tragédia sem precedentes na história deste País.
O fim do regime constitucional, o STF e a republiqueta da primeira instância, com sede em Curitiba, rasgaram e jogaram na lata do lixo da história da Constituição Federal de 1988. O fantoche Temer, imposto à nação pelos golpistas, tornou-se um constrangimento maior que qualquer discurso da injustiçada Presidenta Dilma. E ainda tem quem clame por uma intervenção militar. um Exército que não conseguiu até agora pacificar uma favela no Rio de Janeiro.
Pela primeira vez na história do Judiciário brasileiro, e quem sabe do mundo, uma pessoa foi condenada e presa por convicção do juiz e não por provas, obviamente que estou falando do Presidente Lula Livre.
O Supremo Tribunal Federal, apequenado pela pressão midiática mais uma vez, assim como em 1964, sancionou o golpe. Romero Jucá e Sérgio Machado sabiam muito bem do que estavam falando quando foram grampeados.
A recente chamada greve dos caminhoneiros, na verdade um locaute do cartel dos empresários do setor de transporte de cargas, que dominam a distribuição de produtos via rodovia num País de dimensões continentais, e se não me falha a memória, com mais de oito mil quilômetros de litoral, sem se falar na malha fluvial, mostrou o tamanho do estrago que a classe dominante é capaz de fazer à Pátria, que eles idolatram tanto com seus patos inflados e seus patos manipulados com camisas amarelas.
E por falar nas camisas amarelas parece que pela primeira vez teremos uma visão real do que é uma Copa do Mundo de Futebol, são times, apenas times, pelos quais torcemos disputando um campeonato. E parafraseando Nelson Rodrigues, o último representante da direita culta deste País, vamos torcer para que essa seleção não seja o golpe de chuteiras.
Fernando Costa fernando@vervecom.com.br Sociólogo e publicitário
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