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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Brasil247: STF quebra sigilo: Carlos e Jair Bolsonaro eram os articuladores da Abin Paralela

 

O Supremo também mencionou Alexandre Ramagem como outro aliado do bolsonarismo com atuação direta no esquema criminoso

Jair, Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e a Abin (Foto: Divulgação)
Leonardo Lucena avatar
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou nesta quarta-feira (18) o sigilo da investigação sobre o uso de um programa secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Participantes do esquema criminoso faziam o monitoramento ilegal de pessoas tidas como opositoras do bolsonarismo.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi o idealizador da estrutura paralela. O ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) era o líder operacional do esquema criminoso. Já Jair Bolsonaro era o beneficiário direto das operações, conforme apontaram as investigações da PF.

Segundo o documento entregue pela corporação ao STF, o grupo era formado por "figuras de alto escalão do governo à época, incluindo potencialmente o então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e seu filho, Vereador Carlos Nantes Bolsonaro".

Policiais federais descreveram o núcleo como "o responsável por definir as diretrizes estratégicas" do esquema, por "determinar os alvos das ações clandestinas (opositores, instituições, sistema eleitoral) e se beneficiar politicamente das operações". A PF indiciou Jair e Carlos Bolsonaro.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/stf-quebra-sigilo-carlos-e-jair-bolsonaro-eram-os-articuladores-da-abin-paralela

Sputnik Brasil: Veja as principais atualizações da escalada do conflito entre Israel e Irã

 

Veja as principais atualizações da escalada do conflito entre Israel e Irã - Sputnik Brasil, 1920, 18.06.2025

Veja as principais atualizações da escalada do conflito entre Israel e Irã

Perto da cidade de Varamin, no norte do Irã, foi abatido um caça F-35 de Israel, relatou a agência IRNA;

O chefe da AIEA, Rafael Grossi, declarou que não havia nenhuma prova de que o Irã estava tentando criar uma arma nuclear;

O Ministério da Saúde de Israel informou que durante a madrugada de hoje (18) mais de 90 feridos chegaram aos hospitais do país devido aos bombardeios iranianos;

Mais de 50 caças israelenses atacaram instalações para a produção de centrífugas para o enriquecimento de urânio no Irã durante a madrugada, afirmou o Exército;

Os funcionários dos EUA, após a apelação de Donald Trump para uma "capitulação incondicionada" do Irã, disseram que as próximas 24-48 horas do conflito serão decisivas, insinuando para uma possível intervenção militar, segundo a ABC;

Segundo o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, o país tomou controle do espaço aéreo de Israel, pois Israel não tem defesa contra os mísseis iranianos.

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Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250618/40507984.html

Se o trabalhador soubesse o que é política de Esquerda ou de Direita, com certeza votaria mais nos partidos progressistas, que são os defensores das políticas sociais

 

 

Jacinto Pereira

Carteira assinada, Férias, Décimo Terceiro Salário, INSS, FGTS, Vale Transporte, Seguro Desemprego, Merenda Escolar, SAMU192, SUS, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Luz Para Todos, Água para Todos, Merenda Escolar, PROUNE, FIES, Brasil Sem Miséria, Brasil Sorridente, Farmácia popular, Mais Médicos e muitos outros programas sociais, são políticas defendidas ou criadas pela Esquerda Progressista que hoje são operacionalizadas pelo Governo liderado pelo Partido dos trabalhadores. 

Você que vota nos partidos de Direita, que não gosta dos partidos de Esquerda, abdicaria de todas essas políticas por serem defendidas ou criadas pelos progressistas de Esquerda?

Agência Brasil: Conheça a história nuclear do Irã e como ela explica guerra de Israel

Com guerra, Israel busca hegemonia no Oriente Médio, dizem analistas
Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/06/2025 - 08:28
Brasília
EDITORS' NOTE: Reuters and other foreign media are subject to Iranian restrictions on leaving the office to report, film or take pictures in Tehran.

A general view of the Bushehr nuclear power plant, 1,200 km (746 miles) south of Tehran, August 21, 2010. Iran began fuelling its first nuclear power plant on Saturday, a potent symbol of its growing regional sway and rejection of international sanctions designed to prevent it building a nuclear bomb.  Reuters/Raheb Homavandi/Proibida reprodução (IRAN - Tags: POLITICS ENERGY)
© Reuters/Raheb Homavandi/Proibida reprodução

Há mais de 30 anos, o Irã é acusado por Israel de buscar desenvolver armas nucleares e que isso representaria um “perigo existencial” para o Estado judeu. Essa suposta ameaça justificou a nova guerra de Israel com consequências imprevisíveis.

Mas, afinal, qual a história do programa nuclear do Irã e por que as potências ocidentais questionam o projeto iraniano enquanto não cobram o mesmo de Israel, único país do Oriente Médio que não assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP)?

Para analistas em geopolítica consultados pela Agência Brasil, a guerra busca enfraquecer militar e economicamente o Irã para impor a hegemonia de Israel em todo Oriente Médio. Os especialistas ainda sugerem que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pode estar sendo manipulada ao anunciar que o Irã não estava cumprindo com suas obrigações com o TNP.

Ao contrário de Israel, o Irã sempre submeteu seu programa nuclear às inspeções internacionais. Em 2012, com articulação da diplomacia do Brasil, o Irã aceitou a proposta do governo dos Estados Unidos (EUA) para controlar o enriquecimento de urânio. Porém, o então presidente Barack Obama recuou da própria proposta, mantendo as sanções contra o governo de Teerã.

Após o fracasso dessas negociações, o professor de história da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Alberto Moniz Bandeira, em seu livro A Segunda Guerra Fria, avaliou, ainda em 2013, que o conflito em torno do programa nuclear do Irã “como ameaça existencial [a Israel], nunca passou de engodo para encobrir as contradições de poder e de predomínio na região”.

Brasília (DF), 17/06/2025 - O cientista político com estudos sobre Ásia e o mundo islâmico, Ali Ramos. Foto: Ali Ramos/Arquivo Pessoal
Cientista político Ali Ramos, autor de estudos sobre Ásia e o mundo islâmico - Foto: Ali Ramos/Arquivo Pessoal

Ao concordar com Bandeira, o cientista político Ali Ramos, autor de estudos sobre Ásia e o mundo islâmico, afirmou à Agência Brasil que Israel e as potências ocidentais buscam, com a atual guerra, impor a hegemonia política, militar e econômica de Tel Aviv em todo o Oriente Médio.

“Israel não aceita que nenhum dos seus vizinhos tenha indústria ou poderio econômico para se tornar uma potência hegemônica na região. Para ter hegemonia, Israel não depende só que o país não tenha armamento nuclear, depende também que o país esteja sempre empobrecido” avalia Ramos.

Já o professor de relações internacionais Robson Valdez, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), destacou que a atual guerra está dentro do contexto do conflito na Faixa de Gaza e que a AIEA pode estar sendo manipulada para justificar a agressão ao Irã.

“Essa mudança na abordagem da AIEA tem que ser avaliada também dentro desse contexto de provável instrumentalização da agência para legitimar a entrada dos EUA no conflito geral do Oriente Médio. A meu ver, [o primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu busca obter, de forma definitiva, a superioridade militar em toda região”, disse Valdez.

Brasília (DF), 17/06/2025 - O professor de história da Universidade de Brasília (UnB), Luiz Alberto Moniz Bandeira. Foto: UFBA/Divulgação
Professor de história da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Alberto Moniz Bandeira - Foto: UFBA/Divulgação

A origem

O consagrado historiador brasileiro Moniz Bandeira escreveu que o programa nuclear do Irã começou na década de 1960, com apoio da Alemanha e dos EUA, durante o governo de 25 anos do xá Reza Pahlavi.

Apoiado pelo Ocidente, o regime ditatorial de Pahlavi assumiu o poder após a CIA e outras agências de potências ocidentais promoverem o golpe de Estado de 1953, derrubando o governo nacionalista de Mohammed Mossadegh, que havia nacionalizado os ricos poços de petróleo iranianos, o que contrariou o interesse das petroleiras ocidentais.

Em 1979, o xá foi derrubado pela Revolução Iraniana que “acabou com a subordinação do Irã às potências ocidentais”, segundo Moniz Bandeira. Porém, o aiatolá Khomeini, como líder supremo do país, disse que as bombas atômicas eram contrárias ao espírito do Islã e emitiu um fatwâ (espécie de resolução da autoridade religiosa do Islã) proibindo seu desenvolvimento.

Só em 1989, após a morte de Khomeini, é que o novo aiatolá Ali Khamenei retomou o programa nuclear do país, sempre negando que o Irã pretendesse construir armas nucleares. Desde então, o país busca um acordo com a AIEA. Em 2005, novo fatwâ proibiu a produção, o armazenamento e o uso de armas nucleares.

FILE PHOTO: Iran's Supreme Leader Ayatollah Ali Khamenei waves during the 36th anniversary of the death of the leader of Iran's 1979 Islamic Revolution, Ayatollah Ruhollah Khomeini, at Khomeini's shrine in southern Tehran, Iran June 4, 2025. Reuters/Office of the Iranian Supreme Leader/Proibida reprodução
Aiatolá Ali Khamenei - Foto: Reuters/Office of the Iranian Supreme Leader/Proibida reprodução

O analista geopolítico Ali Ramos avalia que o programa nuclear do Irã sempre foi uma necessidade energética. “O Irã tem um problema histórico, desde a época do xá, para criação de energia, para desenvolver sua indústria. O Irã tem algumas usinas nucleares por isso”, disse.

O historiador Moniz Bandeira, por sua vez, destacou que o programa nuclear do Irã é equivalente ao projeto de nacionalização da indústria de petróleo realizada por Mossadegh antes do golpe de 1953. “É uma afirmação do orgulho Pérsia contra a tutelagem do Ocidente”, escreveu o especialista.

Brasil e Turquia

Em 2012, as diplomacias brasileira e turca articularam, a pedido dos Estados Unidos, acordo com o governo iraniano. O governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad aceitou a proposta da AIEA e do governo Obama de transferir 1,2 mil quilos de urânio pouco enriquecido (LED, sigla em inglês) para a Turquia, recebendo combustível para suas usinas nucleares da Rússia.

As negociações foram conduzidas pelo então ministro das Relações Exteriores do Brasil, o embaixador Celso Amorim, atual assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Irã, 16/05/2010 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é recebido pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula é recebido pelo então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em visita oficial ao país em 2010 - Foto: Ricardo Stuckert/PR

“A declaração de Teerã atendeu, precisamente, todos os quesitos do presidente Obama. Ao ver que as gestões diplomáticas do Brasil e da Turquia alcançaram êxito, o presidente Obama traiu. Recuou”, explicou Moniz Bandeira.

O historiador brasileiro concluiu que, na verdade, o objetivo de Obama não era chegar a um acordo, mas sim de derrubar o regime xiita dos aiatolás “mediante novas sanções, que pudessem entravar o desenvolvimento econômico do Irã”.

O professor Robson Valdez disse que o presidente dos EUA não aceitou o acordo articulado pelo fato de o Brasil e a Turquia serem países médios, “não tendo relevância e capital político internacional para liderar um acordo dessa envergadura”.

O historiador Moniz Bandeira citou ainda o argumento do aiatolá Ali Khamenei e do presidente Ahmadinejad para não desenvolver bomba atômica. “A posse de armas nucleares somente daria ao Irã uma pequena vantagem regional de curto prazo que se transformaria em uma vulnerabilidade em longo prazo, ao desencadear no Oriente Médio uma corrida armamentista, com participação do Egito, Turquia e Arábia Saudita”, escreveu.

Cubanos finalizam preparativos para receber Obama neste domingo
Ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama - Foto: Casa Branca/Divulgação

Acordo de 2015

Três anos depois, em 2015, Obama costurou um acordo com o Irã: o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, sigla em inglês), para limitar as atividades nucleares de Teerã em troca do alívio das sanções.

O plano contou com a participação de todos os cinco países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas: China, Rússia, França, Reino Unido, além da Alemanha, e teria representando um descongelamento de ativos de Teerã na casa dos US$ 100 bilhões.

O Irã havia se comprometido a alterar sua matriz de produção nuclear para inviabilizar a produção de plutônio, que pode ser usado na fabricação de bombas nucleares, assim como o urânio. Após a celebração do acordo, a AIEA afirmou, em janeiro de 2016, que o Irã estava cumprindo sua parte no acordo.

Brasília (DF), 17/06/2025 - O professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Robson Valdez. Foto: Robson Valdez/Arquivo Pessoal
Professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) Robson Valdez - Foto: Robson Valdez/Arquivo Pessoal

Segundo o professor Robson Valdez, esse acordo era semelhante ao costurado pelo Brasil e foi sistematicamente boicotado por Israel.

“Foi um processo intenso de lobby israelense, principalmente, dentro dos EUA e na Europa. A ideia era influenciar a opinião pública e foi bem-sucedido. Uma das promessas de campanha do primeiro governo Trump era justamente sair do acordo, campanha que contou com financiamento do lobby israelense”, disse Valdez.

Governo Trump

Em 2018, de forma unilateral e sem consultar os parceiros europeus, os EUA se retiraram do acordo e reintroduziram sanções contra o Irã, aumentando as tensões no Oriente Médio. Os europeus ainda tentaram salvar o Plano de 2015, sem sucesso.

Ao anunciar a decisão, Trump chamou o acordo de desastroso e disse que o "pacto celebrado jamais deveria ter sido firmado", por não prover garantias de que o Irã tenha abandonado mísseis balísticos.

O cientista político Ali Ramos avalia que Trump rompeu com o acordo não por problemas no cumprimento dos compromissos firmados pelo Irã, mas para atender aos atores mais conservadores que apoiavam seu governo, que enfrentava problemas internos.

“Foi uma tentativa de conseguir popularidade em casa, tentando mostrar força. Com a irresponsabilidade de Trump, ele criou um dos problemas mais complexos da geopolítica do século 21. Tudo isso só para conseguir apoio interno”, comentou.

AIEA

O governo do presidente Joe Biden manteve a situação como estava, sem fechar novo acordo com o Irã. No atual mandato de Trump, Teerã voltou a negociar com Washington em Omã. As negociações avançavam para sexta rodada quando Israel atacou o país, levando o Irã a suspender as negociações e a acusar os EUA de cumplicidade com Netanyahu.

O especialista Ali Ramos disse que as negociações estavam em torno do debate sobre o Irã poder enriquecer urânio até 20% para ter capacidade “de produzir isótopos para tratamento de câncer, para tratamento de leucemia, essas questões”.

U.S. President Donald Trump and Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu hold a joint press conference in the East Room at the White House in Washington, U.S., February 4, 2025. Reuters/Leah Millis/Proibida reprodução     TPX IMAGES OF THE DAY
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em fevereiro de 2025 - Foto: Reuters/Leah Millis/Proibida reprodução

Um dia antes do ataque, a AIEA aprovou dura resolução afirmando que o Irã não estava cumprindo com suas obrigações do TNP. Segundo o documento, “a Agência não está em condições de garantir que o programa nuclear do Irã é exclusivamente pacífico”. O Irã reagiu dizendo que a decisão estava “politicamente motivada” e acusou as potências ocidentais de articularem a resolução.

O analista em geopolítica Ali Ramos disse que todas as inspeções estavam sendo feitas regularmente e que houve, a partir de 2024, uma mudança na postura da agência.

“A AIEA tem no seu site que os inspetores estavam lá. Todas as inspeções estavam sendo feitas regularmente. E aí depois houve uma grande virada de chave, quando o Netanyahu começou a sinalizar que queria atacar o Irã, aí a agência mudou o discurso”, observou.

Ali Ramos acrescentou que esse tipo de manobra não é nova no cenário internacional e citou a guerra da Coreia, que foi travada com tropas da ONU “sem base legal nenhuma”.

“Basicamente, são os organismos multilaterais sendo usados como braços de Israel e dos EUA. É preciso lembrar que estamos em um momento de destruição total do direito internacional. Não vai sobrar mais direito internacional depois dessa guerra”, finalizou.

mapa israel irã
Arte/Dijor

Agência Brasil: COP30 apresenta o quarto ciclo de propostas para negociações globais

 

Iniciativa dará oportunidade de participação social dos continentes
Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/06/2025 - 15:21
Brasília
Bonn/ Alemanha 17/06/2025 - Bonn Climate Week - Reunião virtual para apresentação do Balanço Ético Global, com a presença da Ministra Marina Silva, e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago.
O Círculo de Ética da COP30, liderado pela Ministra Marina Silva, visa conscientizar globalmente sobre a crise climática e a necessidade de ações éticas e transformadoras. Este grupo envolverá líderes religiosos, artistas, intelectuais e outros setores da sociedade para promover diálogos inclusivos e construir uma nova ética global. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) apresentou, nesta terça-feira (17), o desenho do Balanço Ético Global (BEG). A iniciativa é uma das estruturas que vai permitir a participação social nas negociações globais que ocorrerão em Belém, em novembro.

De acordo com a arquitetura apresentada, o BEG é o quarto ciclo de propostas para promover o mutirão que permitirá que as negociações climáticas sejam implementadas na forma de ações. Os outros três ciclos são os dos presidentes das COP anteriores desde Paris em 2015, o dos ministros das Finanças e o dos povos, que reúne as comunidades locais.

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que idealizou o quarto ciclo, a ideia é dar suporte às decisões políticas e encaminhamentos técnicos a partir da dimensão ética trazida por diferentes cidadãos, de continentes distintos, e trajetórias com diversas perspectivas. 

“Agora nós temos o desafio de implementar o que já decidimos ao longo de 33 anos, e mais particularmente nos últimos 10 anos, quando nos tornamos signatários do Acordo de Paris”, explicou a ministra.

A contribuição ocorrerá por meio de seis diálogos regionais promovidos em cada um dos continentes, sendo o primeiro na Europa, no dia 24 de junho, durante a Semana Climática de Londres.

O calendário seguirá com os encontros na América Latina e Caribe, em Bogotá, na Colômbia; na Ásia, em Nova Delhi, na Índia, e na Oceania, nas Ilhas Fiji, no dia 2 de agosto. Em setembro, será a vez do continente Africano, em Nairóbi, no Quênia, e da América do Norte, em Nova York, nos Estados Unidos.

“Queremos convidar o mundo para se reunir e pensar sobre as múltiplas dimensões das mudanças climáticas”, destacou o presidente designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago.

Cada diálogo terá duração de até 4 horas, com a participação de 20 a 30 convidados entre líderes religiosos, artistas, representantes de povos indígenas, comunidades locais e afrodescendentes, jovens, cientistas, empresários, mulheres, formuladores de políticas públicas e ativistas.

Os participantes serão conduzidos por facilitadores locais e por questões orientadoras alinhadas às negociações e ao Balanço Global (GST, na sigla em inglês), instrumento de avaliação do Acordo de Paris, que gerou o primeiro relatório em 2023.

Já foram confirmados como facilitadores a ambientalista queniana Wanjira Mathai; a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson e a ativista climática norte-americana Karenna Gore. Elas atuarão nos diálogos da África, da Europa e da América do Norte, respectivamente. 

Os demais continentes ainda não têm nomes definidos.

Lideram a iniciativa o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o secretário-geral das Nações Unidas, Antònio Guterres, além de um comitê executivo constituído pela ministra Marina Silva, o embaixador Corrêa do Lago, o representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Antônio Patriota, e o assessor da ONU Selwin´s Hart. 

“Esperamos que o BEG sirva principalmente para os objetivos de colocar as pessoas no coração da transição e promover a justiça climática para aqueles que serão atingidos primeiramente”, destacou o representante da ONU Selwin´s Hart.

Antes dos diálogos regionais serão incentivados diálogos autogestionados organizados por organizações da sociedade civil e governos em todas as instâncias.

Ao final de todos os diálogos, serão gerados seis relatórios regionais e um relatório-síntese que, além de serem apresentados em um espaço na Zona Azul da COP30, a área onde ocorrem as negociações, servirão como contribuições externas para os debates globais. 

“Lembramos que muitas das propostas que foram viabilizadas em COP anteriores vieram como contribuições externas, como o Mapa para US$ 1,3 trilhões para financiamento climático, que partiu de um grupo de economistas”, disse Marina Silva.

Agência Brasil: Na Cúpula do G7, Lula defende a volta do protagonismo da ONU

 

Encontro reúne sete maiores economias industrializadas do mundo
Agência Brasil
Publicado em 17/06/2025 - 19:13
Brasília
Kananaskis, 17/06/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial com líderes da Cúpula do G7. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (17), durante intervenção na Sessão Ampliada da Cúpula do G7, o retorno do protagonismo da Organização das Nações Unidas (ONU) na resolução de conflitos mundiais. Segundo ele, o vácuo de liderança agrava o quadro atual de guerras entre os países. 

“Estão sentados em torno desta mesa três membros permanentes do Conselho de Segurança e outras nações com tradição na defesa da paz. É o momento de devolver o protagonismo à ONU. É preciso que o Secretário-Geral lidere um grupo representativo de países comprometidos com a paz na tarefa de restituir à organização a prerrogativa de ser a casa do entendimento e do diálogo”, disse o presidente brasileiro em Kananaskis, no Canadá. 

O G7 é composto por sete das maiores economias industrializadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia. Desse grupo, Estados Unidos, Reino Unido e França compõem o Conselho de Segurança da ONU. 

Lula citou os recentes ataques de Israel ao Irã que, segundo ele, “ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”. 

Sobre o conflito entre Ucrânia e Rússia, Lula disse que nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar. “Só o diálogo entre as partes pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura”, destacou. 

Lula também comentou o conflito na Faixa de Gaza, afirmando que nada justifica a “matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra”. 

Segurança energética 

Em seu discurso na Sessão Ampliada do G7, Lula destacou o papel do Brasil para a segurança energética mundial, mas ressaltou que o país não vai se tornar palco de corridas predatórias e práticas excludentes.

“Países em desenvolvimento precisam participar de todas as etapas das cadeias globais de minerais estratégicos, incluindo seu beneficiamento”, defendeu. 

Ele disse que a expansão de parques eólicos e solares e a descarbonização do setor de transportes e da agricultura dependem de minerais estratégicos e lembrou que o Brasil conta com a maior reserva mundial de nióbio, a segunda de níquel, grafita e terras raras e a terceira de manganês e bauxita.

“Mas não repetiremos os erros do passado. Durante séculos, a exploração mineral gerou riqueza para poucos e deixou rastros de destruição e miséria para muitos. Ela não deve ameaçar biomas como a Amazônia e os fundos marinhos”, alertou o presidente. 

Ele citou o papel brasileiro na produção de biocombustíveis, o uso de fontes limpas de energia, a produção do hidrogênio verde e do combustível sustentável de aviação.

Relações com Canadá

Em conversa com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, divulgada nas redes sociais, Lula o parabenizou pela defesa contundente da soberania do país e disse que quer estreitar as relações bilaterais. 

"Quero estreitar a relação do Brasil com o Canadá. É um país muito importante, há muitas empresas canadenses no Brasil. Gostaria que tivéssemos uma relação política, cultural e comercial e também na questão do clima muito mais forte. Esse é o meu propósito”, disse Lula. 

Carneydo ressaltou que a COP 30, que será realizada em Belém (PA), será a reunião mais importante deste ano mundialmente e se colocou à disposição para ajudar no que for preciso. "Não há ninguém melhor para liderar esse esforço que você", disse o primeiro-ministro.  

Kananaskis, 17/06/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é recebido pelo Primeiro-Ministro do Canadá, Mark Carney, para a reunião da Cúpula do G7. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula é recebido pelo Primeiro-Ministro do Canadá, Mark Carney, para a reunião da Cúpula do G7. Foto: Ricardo Stuckert/PR - Ricardo Stuckert/PR
 

terça-feira, 17 de junho de 2025

EM DETALHES - 17/06/25 - ESCALADA DE ATAQUES DEIXA O MUNDO EM ALERTA

XINHUA: China emite 10,68 trilhões de yuans em novos empréstimos nos primeiros cinco meses

2025-06-13 19:33:00丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 13 jun (Xinhua) -- A China emitiu 10,68 trilhões de yuans (US$ 1,5 trilhão) em novos empréstimos denominados em yuan (moeda chinesa) nos primeiros cinco meses de 2025, segundo dados do banco central divulgados na sexta-feira.

Até o final de maio, os empréstimos pendentes em yuan totalizavam 266,32 trilhões de yuans, um aumento anual de 7,1%, de acordo com o Banco Popular da China. Nos primeiros cinco meses, os empréstimos às famílias aumentaram 572,4 bilhões de yuans, enquanto os empréstimos às empresas aumentaram 9,8 trilhões de yuans.

O M2, uma medida ampla da oferta monetária que abrange o dinheiro em circulação e todos os depósitos, aumentou 7,9% na comparação anual, alcançando 325,78 trilhões de yuans no final de maio.

O M1, que abrange o dinheiro em circulação, depósitos à vista e reservas de clientes de instituições de pagamento não bancárias, ficou em 108,91 trilhões de yuans no final de maio, um aumento anual de 2,3%.

O M0, que indica a quantidade de dinheiro em circulação, atingiu 13,13 trilhões de yuans no final de maio, um aumento de 12,1% na comparação anual.

Nos primeiros cinco meses, a injeção líquida de dinheiro atingiu 306,4 bilhões de yuans.

Os depósitos em yuan aumentaram 14,73 trilhões de yuans nos primeiros cinco meses. O saldo dos depósitos em yuan subiu 8,1% anualmente, chegando a 316,96 trilhões de yuans no final de maio.

O estoque total de financiamento social na China atingiu 426,16 trilhões de yuans no final de maio, marcando um aumento de 8,7% na comparação anual.

Nos primeiros cinco meses, o financiamento social recém-adicionado totalizou 18,63 trilhões de yuans, representando um aumento de 3,83 trilhões de yuans em termos anuais. 

Fonte:  https://portuguese.news.cn/20250613/a56f5de4f0ef423cb63410f69f5355e5/c.html

Brasil247: PF conclui inquérito da "Abin paralela" e indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem

 Ex-mandatário, seu filho Carlos e o deputado Alexandre Ramagem foram indiciados pelo uso ilegal de software espião na Abin

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)
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247 - A Polícia Federal finalizou o inquérito que investigou o uso indevido de sistemas de espionagem no interior da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e encaminhou o relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a CNN Brasil, entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Abin durante parte do governo Bolsonaro. O caso, conhecido como “Abin Paralela”, envolve o uso clandestino de ferramentas tecnológicas para monitoramento de alvos sem autorização judicial.

A investigação teve início em março de 2023 após a revelação do uso do programa espião FirstMile, desenvolvido por uma empresa israelense. O software permite rastrear a localização de pessoas por meio da triangulação de sinais de celulares — prática que, no caso da Abin, teria sido realizada sem respaldo legal. Com o avanço das apurações, a Polícia Federal identificou outras ferramentas ilegais utilizadas por agentes da agência, o que ampliou o escopo e a complexidade do inquérito.

O FirstMile foi empregado para vigiar opositores do governo Bolsonaro, incluindo políticos, advogados, jornalistas e outras figuras públicas. O sistema permitia acompanhar os deslocamentos dessas pessoas em tempo real, driblando o controle judicial.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/pf-conclui-inquerito-da-abin-paralela-e-indicia-bolsonaro-carlos-e-ramagem

PT na Câmara: Viagens de Lula rendem mais de R$ 160 bi em investimentos

 

Lula se encontra com empresários e consegue investimentos no Brasil Ricardo Stuckert/PR

Em somente quatro viagens no primeiro semestre de 2025, o presidente Lula conseguiu anúncios de investimentos estrangeiros no Brasil

Ainda estão frescas na memória do brasileiro as cenas de um presidente sendo solenemente ignorado nos encontros com os chefes de grandes nações ou passeando sem agenda oficial apenas “para comer pizza em Nova York”. Ou pior ainda: aproveitando viagens para negócios estranhos, com joias caras servindo de adereço.

Mas isso, definitivamente, mudou. O Brasil voltou, não somente pelo respeito que seus representantes recebem no exterior, mas pelo que isso significa em investimentos estrangeiros e negócios para empresas brasileiras mundo afora.

As viagens do presidente Lula em 2025 resultaram em anúncios de mais de 160 bilhões de reais em investimentos estrangeiros no Brasil, dinheiro que virá do Japão, China e França. E não é só isso: as viagens abrem marcados fundamentais para a exportação de produtos brasileiros. O resultado são investimentos em áreas fundamentais, como infraestrutura, energia renovável, logística, alimentação, medicamentos e mais empregos no Brasil.

Leia mais – Lula defende integração com o Caribe e anuncia ações conjuntas

“Tais aportes não apenas representam uma demonstração de confiança na estabilidade institucional e no potencial do nosso país, como também configuram oportunidades concretas para a geração de empregos, inovação e desenvolvimento social”, afirmou o senador Beto Faro (PT-PA).

Veja abaixo o que significou cada viagem do presidente Lula em 2025:

Japão (março) – além de acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria, meio ambiente, educação, ciência, tecnologia e inovação, e tecnologias da informação e comunicação, a viagem resultou em anúncio de 44 bilhões de reais em investimentos no Brasil por empresas japonesas.

E mais: Foi assinado um memorando para a Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade, com um plano de ação para fomentar o uso global de combustíveis renováveis (biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde) em equipamentos de mobilidade e alto desempenho.

Vietnã (março) – abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira. Está tudo pronto para que o Vietnã se torne uma plataforma de exportação para mais de 600 milhões de consumidores do Sudeste Asiático.

China (maio) – grupos e empresas chineses informaram que investirão nos próximos anos cerca de R$ 27 bilhões no Brasil, em setores como automotivo, logística, alimentos, sustentabilidade ambiental, infraestrutura e tecnologia da informação.

E mais: A ApexBrasil (agência de promoção das exportações) firmou acordos com as gigantes chinesa do varejo Luckin Coffee e Hotmaxx para a venda de produtos brasileiros no varejo chinês.

França (junho) – Empresários franceses se comprometeram a investir 100 bilhões no Brasil de reais nos próximos cinco anos. Serão alvo dos investimentos franceses, áreas como alimentos, energia, infraestrutura e transporte marítimo.

PT no Senado

 
Fonte: https://ptnacamara.org.br/viagens-de-lula-rendem-mais-de-r-160-bi-em-investimentos/ 

PT na Câmara: Câmara aprova urgência para PL que mantém isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos


Deputado José Guimarães (PT-CE) - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Com o voto favorável do Partido dos Trabalhadores o plenário da Câmara aprovou na noite desta segunda-feira o regime de urgência para a tramitação do projeto de lei (PL 2692/25), do deputado José Guimarães (PT-CE), que altera a tabela mensal do Imposto de Renda (IR) para garantir a manutenção da isenção para quem recebe até dois salários mínimos (atualmente R$ 3.036), em 2025. O texto, que ainda precisa ter o seu mérito avaliado pelos parlamentares é idêntico ao da MP 1294/25.

O plenário aprovou também na mesma sessão, com o voto favorável do PT, o projeto de lei (PL2215/23), que institui os centros comunitários de paz (Compaz) em todo o Brasil. O objetivo do texto, que segue para apreciação do Senado, é promover a paz, a cultura, o esporte e o lazer, além de proporcionar atendimento social, psicológico e jurídico aos moradores de comunidades carentes. Pelo texto, os centros devem estar presentes em área pública, preferencialmente em locais com maior vulnerabilidade social.

Pela proposta, os Compaz integrarão o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e serão geridos por equipes multidisciplinares, compostas por profissionais das áreas de assistência social, psicologia, direito, esporte, cultura e lazer na forma estabelecida pelo Poder Executivo. Eles terão, entre suas atividades, programas de inclusão social para crianças, adolescentes e adultos, com atividades esportivas, culturais e educativas; atendimento psicológico e social às famílias das comunidades; assistência jurídica para pessoas de baixa renda; cursos profissionalizantes e de capacitação para o mercado de trabalho; espaço para reuniões comunitárias e eventos culturais; e ações de prevenção à violência, com atividades educativas e de conscientização para a comunidade.

Idosos e pessoa com deficiência

Também foi aprovado na mesma sessão as emendas do Senado ao projeto de lei (PL 4626/20), que aumenta as penas pelo abandono de pessoa com deficiência em hospitais, casas de saúde ou entidades de abrigamento se disso resultar morte ou lesão grave. Pelo texto, que segue para sanção presidencial, a pena de reclusão sobe de 6 meses a 3 anos e multa para o mesmo patamar no caso do abandono de idoso: reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Sala Miguel Arraes

Foi aprovado ainda o regime de urgência para a tramitação do PRC 27/25, da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), que nomeia a sala de reunião do Colégio de Líderes como “Sala Miguel Arraes”.

 

Vânia Rodrigues

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/camara-aprova-urgencia-para-pl-que-mantem-isencao-do-ir-para-quem-ganha-ate-dois-salarios-minimos/

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Brasil247: Lula viaja hoje ao Canadá para a Cúpula do G7 com foco em segurança energética e COP-30


Presidente brasileiro participará da sessão ampliada do encontro com líderes do Sul Global e discutirá temas estratégicos para a conferência do clima

Lula - 12/06/2025 - Mariana-MG (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta segunda-feira (16) para o Canadá, onde participará, na terça (17), da 51ª Cúpula do G7 — o grupo das sete economias mais industrializadas do planeta. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os debates deste ano darão destaque ao tema da segurança energética, com ênfase em tecnologia, inovação e o fortalecimento de cadeias produtivas de minerais críticos, destaca reportagem da Agência Brasil.

Além dos países membros do G7 — Estados Unidos, Itália, França, Reino Unido, Japão, Canadá e Alemanha —, a cúpula contará com uma sessão ampliada, reunindo líderes convidados de nações como Brasil, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.

O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador Mauricio Lyrio, ressaltou que os assuntos tratados no encontro do G7 têm forte conexão com os temas centrais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em novembro deste ano, na cidade de Belém, no Pará.

“A participação do presidente Lula será uma oportunidade para que o presidente possa falar também da organização da COP-30 e possa convidar outros países (para o evento)”, afirmou Lyrio.

O diplomata explicou que a agenda energética no G7 deverá abordar a diversificação de fontes, o financiamento de infraestrutura sustentável e a integração de tecnologias limpas às cadeias produtivas — temas que estarão igualmente no centro das discussões da COP-30.

A presença de Lula no evento ocorre a convite do primeiro-ministro canadense Mark Carney, que assumiu recentemente o cargo após eleições antecipadas no país. Está prevista uma reunião bilateral entre os dois chefes de Estado no dia 17, à margem da cúpula.

A participação brasileira ganha importância estratégica, tanto pela relevância dos temas tratados como pela projeção internacional da próxima COP. O Itamaraty vê a presença de Lula como uma ocasião valiosa para reforçar a liderança do Brasil na agenda ambiental e climática global, além de aprofundar o diálogo com potências industriais e economias emergentes sobre transição energética justa e desenvolvimento sustentável.

Ao lado de outros países do Sul Global, o Brasil busca ampliar sua voz em fóruns multilaterais como o G7, especialmente em debates que tratam de financiamento climático, acesso a tecnologias e equidade na transição ecológica. A expectativa é que o encontro sirva também para articular compromissos em comum entre os países em desenvolvimento na preparação para a COP-30.

Entre os pontos centrais das discussões estarão também a geopolítica dos recursos energéticos e os desafios colocados pela instabilidade internacional, que afeta diretamente os fluxos de investimento em energia limpa. Nesse contexto, a presença do presidente dos EUA, Donald Trump, adiciona um componente geopolítico de peso às negociações multilaterais do G7.

O Brasil, segundo assessores do governo, pretende reafirmar sua posição em defesa de uma governança ambiental inclusiva, que leve em conta os diferentes níveis de desenvolvimento dos países e reconheça os esforços históricos das nações do Sul na preservação ambiental.

Ao se colocar como anfitrião da próxima grande conferência climática, o país busca demonstrar capacidade de liderança e de articulação diplomática em meio a um cenário global fragmentado e polarizado.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/lula-viaja-hoje-ao-canada-para-a-cupula-do-g7-com-foco-em-seguranca-energetica-e-cop-30-gp4qc6lw

Brasil247: Líderes sauditas conclamam apoio ao Irã diante da ofensiva israelense

 

Clérigo de Meca e príncipe herdeiro pedem ação dos muçulmanos e denunciam tentativa de Israel de arrastar os EUA para a guerra

Mohammed bin Salman (Foto: SAUDI ROYAL COURT via REUTERS)
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247 - Num sinal de crescente tensão no Oriente Médio, autoridades religiosas e políticas da Arábia Saudita manifestaram apoio público ao Irã frente aos recentes ataques lançados por Israel. De acordo com a rede de notícias HispanTV, o orador da Mesquita Al-Haram, Sheikh Yasser al-Dosari, usou suas redes sociais para conclamar os países muçulmanos a apoiarem Teerã contra a agressão sionista, enquanto o príncipe herdeiro saudita, Muhammad bin Salman, denunciou a tentativa de Israel de escalar o conflito e envolver os Estados Unidos em uma guerra regional.

“Não há mais tempo para diálogos ou declarações”, escreveu Sheikh al-Dosari em sua conta no Facebook. “O apoio direto de todos os países [ao Irã] é essencial, assim como todo o Ocidente apoia o regime sionista.” O religioso, que fala em nome da Mesquita Al-Haram, uma das mais sagradas do Islã, comparou a passividade dos países muçulmanos com o apoio incondicional prestado pelo Ocidente a Israel.

Segundo al-Dosari, as manifestações de solidariedade ao Irã devem ser convertidas em ações concretas e imediatas, "seja secreta ou publicamente". Em tom profético, o clérigo ainda afirmou que a entidade sionista, como se refere a Israel, “será eliminada em breve” por representar uma ameaça direta à religião islâmica.

A fala do religioso foi reforçada por uma conversa telefônica entre o príncipe herdeiro saudita Muhammad bin Salman e o presidente iraniano Massoud Pezeshkian, ocorrida na noite de sábado. Durante o diálogo, o líder de fato do reino saudita disse confiar na prudência do Irã diante da escalada militar promovida por Israel.

“O regime israelense está tentando aprofundar o conflito com o Irã em uma tentativa de atrair os Estados Unidos para a guerra”, alertou bin Salman. Ainda segundo ele, “hoje, todo o mundo islâmico o apoia unanimemente”, em referência ao respaldo a Teerã.

O episódio marca um novo capítulo na deterioração da segurança na região. Na manhã de sexta-feira, o regime israelense lançou uma série de ataques contra o Irã, resultando na morte de civis, oficiais militares e cientistas iranianos. O governo de Teerã respondeu com a ativação da Operação Verdadeira Promessa III, lançando mísseis contra alvos militares israelenses localizados nos territórios palestinos ocupados.

Em resposta diplomática, o Irã também exigiu da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC) uma “resposta urgente e eficaz” ao que classifica como agressão injustificável por parte de Tel Aviv.

O posicionamento da Arábia Saudita — tradicionalmente aliada dos Estados Unidos — sinaliza uma possível inflexão na geopolítica da região, especialmente se Riad intensificar o apoio ao Irã em fóruns multilaterais do mundo islâmico. A união entre os dois países, anteriormente marcados por rivalidade sectária e disputas estratégicas, pode alterar profundamente os equilíbrios de poder no Oriente Médio.

A retórica cada vez mais crítica ao sionismo e aos movimentos militares de Israel indica o aprofundamento do isolamento regional de Tel Aviv, ao mesmo tempo em que reforça o apelo por uma solidariedade pan-islâmica contra a ofensiva militar israelense.

A escalada de tensões preocupa a comunidade internacional, que teme o desencadeamento de um conflito de grandes proporções com consequências imprevisíveis para a estabilidade global.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/lideres-sauditas-conclamam-apoio-ao-ira-diante-da-ofensiva-israelense

Brasil247: Presidente do Irã denuncia crimes israelenses e afirma: "Não iniciamos nem buscamos a guerra”

Masoud Pezeshkian critica cumplicidade dos EUA, reafirma compromisso com energia nuclear pacífica e convoca unidade nacional diante da agressão externa

Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, durante entrevista coletiva em Teerã 19/02/2025 (Foto: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS)
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247 - Em pronunciamento incisivo durante sessão parlamentar realizada nesta segunda-feira (16), o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, voltou a condenar os ataques de Israel ao território iraniano e classificou as recentes agressões como parte de uma campanha genocida. A fala foi repercutida pela agência de notícias Al Mayadeen. 

Durante a cerimônia de análise das credenciais do indicado Ali Madanizadeh para o cargo de ministro da Economia e Finanças, Pezeshkian prestou homenagens aos cientistas e comandantes assassinados, denunciando que o Irã tem sido vítima de um plano sistemático de intimidação e sabotagem. “O inimigo não pode nos tirar de cena com assassinatos ou ameaças. Para cada herói que cai, centenas se levantam”, afirmou. 

O presidente reforçou o espírito de resistência do povo iraniano diante das agressões externas e clamou pela união nacional. “Nosso país precisa de unidade e coesão agora mais do que nunca. Só através da solidariedade poderemos resistir e vencer.”

Pezeshkian foi enfático ao rechaçar acusações de militarização do programa nuclear iraniano, reiterando que a República Islâmica nunca buscou armas nucleares. “Não temos intenção de desenvolver armamento nuclear. Qualquer desvio desse caminho não tem lugar na nossa nação”, declarou, reafirmando o decreto religioso do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que proíbe o uso de armas de destruição em massa.

“O direito à energia nuclear e à pesquisa científica é nosso. Não permitiremos que ninguém nos prive disso”, disse, em resposta às pressões internacionais. Ele condenou o papel do presidente dos EUA, Donald Trump, ao permitir que Israel viole o direito internacional e ataque alvos em território iraniano. “Os Estados Unidos estão impondo coerção e permitindo que Israel cometa violações flagrantes contra nosso país.” 

Referindo-se diretamente aos assassinatos de cientistas iranianos, Pezeshkian questionou: “Qual crime cometeram nossos cientistas para serem brutalmente assassinados?” Segundo ele, os mortos não eram combatentes, mas profissionais dedicados à pesquisa e à defesa estratégica do país, alvos justamente por suas contribuições pacíficas.

Apelo à mobilização social e solidariedade islâmica

Encerrando sua fala, o presidente iraniano prometeu esforços contínuos para aliviar os desafios do povo, sobretudo em áreas como saúde, medicamentos e condições de vida. “Todo o sistema de saúde está ao lado do povo”, garantiu.

Pezeshkian também defendeu a união entre países islâmicos diante das ações desestabilizadoras de Israel. “Estendemos nossa irmandade a todas as nações islâmicas, e isso é sincero. Israel quer enfraquecer os muçulmanos um a um para impor suas intenções sombrias. É por isso que todos os países islâmicos devem se unir.”

O presidente saudou ainda a recente resolução aprovada pelo Senado do Paquistão em apoio ao Irã e conclamou a população iraniana à ação comunitária: “Assim como durante a guerra, quando cada mesquita e bairro viraram uma base, hoje também devemos nos mobilizar para resolver os problemas do povo. Nosso povo defenderá esta terra milenar com firmeza inabalável.”

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/presidente-do-ira-denuncia-crimes-israelenses-e-afirma-nao-iniciamos-nem-buscamos-a-guerra

domingo, 15 de junho de 2025

Adeus, Dólar? BRICS e Ásia movem US$7,5 trilhões e podem Detonar os Merc...

Sputnik Brasil: Israel repete tática contra Hezbollah no Irã, elevando risco de conflito regional, diz mídia

 

Mísseis são vistos nos céus de Tel Aviv após ataque de retaliação do Irã. Israel, 14 de junho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 15.06.2025

Israel tem seguido uma estratégia de eliminar líderes militares de grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah, o Hamas e os houthis, para enfraquecer suas capacidades. Agora, aplica a mesma tática contra o Irã, um inimigo muito mais poderoso, levantando temores de uma escalada regional sem precedentes.
De acordo com o The New York Times, Israel tem adotado uma estratégia de eliminar lideranças militares de grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah, o Hamas e os houthis, com o objetivo de enfraquecer suas capacidades operacionais. No outono passado, essa tática resultou na morte de mais de 15 comandantes sêniores do Hezbollah, incluindo chefes de unidades de drones, mísseis e inteligência.
Agora, a mesma abordagem foi aplicada ao Irã, com ataques que mataram oficiais de alto escalão e atingiram parte de sua infraestrutura militar. Analistas apontam que Israel está repetindo o "manual" usado contra o Hezbollah, com assassinatos direcionados de líderes em suas residências, como parte de uma campanha mais ampla de dissuasão.
Em Gaza, a ofensiva contra o Hamas também seguiu essa lógica, com a eliminação sistemática de líderes e tentativas de destruir sua capacidade de lançar foguetes. No sábado (14), Israel atacou uma reunião da liderança houthi, incluindo o chefe do Estado-Maior militar, embora o resultado ainda seja incerto.
Apesar das ações, nenhuma das milícias aliadas ao Irã respondeu com força significativa aos ataques israelenses, limitando-se a condenações verbais. Analistas observam que essas milícias, por serem não estatais, têm capacidade limitada de enfrentar Israel diretamente.
Ministério de Saúde de Israel: ataques do Irã resultam em 12 mortos e 385 feridos - Sputnik Brasil, 1920, 15.06.2025
Ministério de Saúde de Israel: ataques do Irã resultam em 12 mortos e 385 feridos
Críticos alertam que aplicar a mesma estratégia contra o Irã pode ser arriscado. Ao invés das milícias, o Irã é um Estado com poder militar significativo. Especialistas temem que a escalada possa desencadear um conflito regional de grandes proporções, com consequências imprevisíveis.
Ao contrário do que fez com o Hezbollah, Israel não parece ter como alvo o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei. Ele foi transferido para um local seguro, e autoridades israelenses afirmaram que não pretendem atacar a liderança política do Irã nesta campanha.
O Irã respondeu rapidamente às perdas, nomeando novos comandantes para substituir as vítimas fatais dos ataques israelenses. Um porta-voz militar iraniano minimizou os impactos, afirmando que os sucessores continuarão a missão dos "mártires" com ainda mais força, prometendo vingança contra Israel.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250615/israel-repete-tatica-contra-hezbollah-no-ira-elevando-risco-de-conflito-regional-diz-midia-40403041.html

sábado, 14 de junho de 2025

Agência Brasil: Israel fecha embaixada e consulado no Brasil após ataque ao Irã

 

Não há previsão para reabertura das representações diplomáticas
Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/06/2025 - 16:14
Brasília
Brasília (DF), 13/06/2025 - Entrada da embaixada de Israel. Foto: José Cruz/Agência Brasil
© José Cruz/Agência Brasil

A Embaixada de Israel em Brasília e o Consulado-Geral israelense em São Paulo estão fechados para o público nesta sexta-feira (13) e não têm data de reabertura. Apesar disso, não há informações oficiais sobre  a suspensão dos serviços.

O fechamento das representações ocorre após Israel atacar o Irã na madrugada desta sexta-feira, com a alegação de que o país persa estaria construindo bombas atômicas com potencial de serem usadas contra os israelenses. 

O Irã nega o desenvolvimento de armas nucleares e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.

O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu responder aos ataques de Israel que vitimaram altos comandantes militares e cientistas do país, e também danificarem instalações nucleares e fábricas de mísseis.

Em outros países, como na Alemanha, embaixadas israelenses também foram fechadas.

mapa israel irã


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Brasil

Em nota à imprensa, o governo brasileiro condenou a ofensiva aérea israelense contra o Irã no que chamou de “clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”. O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que acompanha a situação com forte preocupação.

Já a Embaixada do Brasil em Tel Aviv emitiu um alerta consular com orientações à comunidade brasileira em Israel, baseada nas diretrizes do Comando de Segurança Interna (Home Front Command). São elas:

  • evitar viagens não essenciais a Israel;
  • os brasileiros visitantes devem considerar a possibilidade de se ausentar de Israel até o retorno à normalidade;
  • os brasileiros que decidirem permanecer em Israel devem evitar se deslocar às áreas de fronteira;
  • seguir as indicações de segurança das autoridades locais;
  • reforçar medidas de segurança, especialmente no norte e sul de Israel;
  • evitar aglomerações;
  • verificar se o passaporte brasileiro ou israelense possui ao menos 6 meses de validade;
  • acompanhar as redes sociais e os canais de contato dos postos diplomáticos do Brasil em Israel;
  • baixar o aplicativo do Home Front Command em dispositivos móveis (smartphones e tablets) e ficar atento aos alertas emitidos.

O aplicativo desenvolvido e mantido pelas Forças de Defesa de Israel fornece, em tempo real, alertas, instruções e informações com o objetivo de salvar vidas. Os avisos podem ser personalizados, de acordo com a localização e áreas de interesse do usuário, como a própria casa e de parentes, escola dos filhos e local de trabalho.

As notificações do Home Front Command estão disponíveis em hebraico, árabe, russo e inglês.