Ex-ministro Sergio Moro elaborou um parecer contra a Vale encomendado pelo bilionário israelense Benjamin Steinmetz, investigado por corrupção
8 de dezembro de 2020, 09:31 h Atualizado em 8 de dezembro de 2020, 09:51
Sergio Moro, Benjamin Steinmetz e logo da Vale (Foto: Lula Marques | Reuters)
247 - O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro elaborou um parecer contra a Vale encomendado pelo bilionário israelense Benjamin Steinmetz. O magnata, investigado por corrupção, ingressou com uma ação para provar que a mineradora tinha conhecimento dos riscos em um contrato de exploração da mina de Simandou, na Guiné, quando celebrou o acordo com a BSG, uma de suas empresas.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Steinmetz tenta reverter uma decisão do tribunal arbitral em Londres que o condenou a indenizar em US$ 2 bilhões a mineradora Vale, que pagou ao magnata US$ 2,5 bilhões por uma mina de exploração de ferro em Simandou, na Guiné, na África.
Um ano depois da negociação, o presidente eleito Alpha Condé iniciou uma investigação nas concessões minerárias no país que teria detectado que Steinmetz pagou propina em 2008 para o ditador Lansana Conté, um militar que subiu ao poder após um golpe de estado e conduziu a nação por 24 anos.
O caso fez com que a Vale abandonasse o projeto e buscasse reparação por ter sido enganada pelo israelense, que é alvo de investigação por corrupção e lavagem de dinheiro em Israel, Suíça, Estados Unidos e na própria Guiné.
Em seu parecer, Moro acusa executivos da Vale de terem prestado “informações falsas e ocultado fraudulentamente do mercado e de seus acionistas as reais condições do negócio celebrado com a BSGR [empresa de Steinmetz] acerca dos direitos de exploração sobre Simandou e sobre os motivos da rescisão posterior”.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/moro-da-parecer-para-israelense-acusado-de-corrupcao
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