Após a revelação de que a Abin produziu relatórios para ajudar a defesa de Flávio Bolsonaro no caso Fabrício Queiroz, o governo Jair Bolsonaro criou uma estrutura dentro da própria agência para agir às escuras. Vários pedidos foram enviados, sem intermediários, do gabinete do diretor da Abin, Alexandre Ramagem, para o agente Marcelo Bormevet
18 de dezembro de 2020, 08:28 h Atualizado em 18 de dezembro de 2020, 09:21
Alexandre Ramagem, ABIN e Flávio Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução | Jefferson Rudy/Agência Senado)
247 - O governo Jair Bolsonaro criou uma estrutura batizada de Coordenação-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa dentro da própria Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A informação foi publicada pela revista Crusoé.
A advogada Luciana Pires disse à revista Época que a produção dos relatórios estava sob responsabilidade do diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem.
Subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, a Abin produziu relatórios para ajudar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a embasar um pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz. O parlamentar teria repassado os documentos para advogados e "pessoas de confiança".
O órgão na agencia tem como chefe o agente da Polícia Federal Marcelo Bormevet, que integrou com o diretor da Abin, Alexandre Ramagem, a equipe de segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.
A ideia é fugir de procedimentos legais e agir às escuras. Vários pedidos foram enviados diretamente e sem intermediários do gabinete de Ramagem para o de Bormevet.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/chefe-da-abin-enviou-relatorio-diretamente-para-flavio-bolsonaro
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