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quarta-feira, 30 de abril de 2025

RICARDO MELLO SOLTA O VERBO E CHOCA A POLÍTICA ATUAL COM DECLARAÇÕES INÉ...

Grifo meu: Esta é uma entrevista imperdível

Sputnik Brasil: BRICS em foco: atuação do Brasil reforça papel do grupo como potência do multilateralismo global

 

Reunião dos ministros das Relações Exteriores do BRICS no Palácio do Itamaraty. Rio de Janeiro, 28 de abril de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 29.04.2025
Após dois dias, a reunião de chanceleres do BRICS no Rio de Janeiro terminou nesta terça-feira (29) com discussões que incluem desde o compromisso com o multilateralismo e a reforma da governança global até críticas às medidas protecionistas que têm marcado os últimos meses.
O encontro que reuniu as chancelarias dos 11 países-membros do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irã, Etiópia e Indonésia —, além das nove nações parceiras — Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Nigéria —, foi o primeiro desde a expansão iniciada no ano passado.
Como está na presidência rotativa do grupo neste ano, o Brasil divulgou a declaração sobre os principais pontos discutidos pelos diplomatas. Entre eles estavam a preocupação com o aumento do protecionismo comercial — sem citar a guerra tarifária iniciada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, conforme o texto, enfraquece o multilateralismo — e as sanções econômicas. O grupo ainda defendeu a reforma da governança global, além da necessidade de soluções pacíficas e diplomáticas para os conflitos mundo afora.
Para a mestre e doutoranda em ciência política pela Universidade de Brasília (UnB) Isabela Rocha, membro da diretoria do Fórum para Tecnologia Estratégica do BRICS, o encontro mostrou a importância da contribuição brasileira para o fortalecimento institucional do grupo. "Observamos que a pauta central é esta: criar um fôlego institucional para fazer com que o BRICS seja mais do que um aglomerado de países para, de fato, ser uma instituição mediadora", enfatizou à Sputnik Brasil.
Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira no evento Fórum Brasil-África 2024, em São Paulo. Brasil, 14 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.04.2025
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"É importante lembrar que a principal missão do Brasil na presidência do BRICS é justamente criar um fôlego institucional para que o grupo possa atuar de maneira mais sólida no cenário internacional. Então, perante essa falência das instituições que são hegemonicamente ocidentais no arranjo global, o BRICS pode realmente surgir como uma alternativa para que possamos fazer essas mediações de maneira efetiva, até mesmo para valer a carta dos direitos humanos que, de fato, não é capaz de ser promovida através das Nações Unidas ou outras instituições", explica.

Brasil e o papel de mediação frente aos conflitos globais

Em entrevista na última segunda-feira (28), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que também participou da reunião, ressaltou que o Brasil pode contribuir de forma significativa para a resolução dos problemas globais. Para Isabela Rocha, a declaração também tem relação com a história da diplomacia do país, sempre voltada para a mediação.
 
"Não foram poucas as vezes que o nosso corpo diplomático foi convocado para fazer a mediação de conflitos para que, de fato, chegassem a resoluções pacíficas. É um trabalho que começou com Rio Branco [José Maria da Silva Paranhos Júnior, chanceler brasileiro entre 1902 e 1912]. A declaração de Lavrov também mostra o estreitamento das relações entre Brasil e Rússia", diz.

O professor de relações internacionais e autor do livro "Imperialismo, Estado e relações internacionais", Luiz Felipe Osório, acrescenta à Sputnik Brasil que Lavrov reforçou também que o Brasil é "mais isento do que Estados Unidos e União Europeia em relação à Rússia para mediar quaisquer contendas".

Para o especialista, é urgente construir uma ordem internacional que se desvincule das políticas imperialistas, que focam na exploração dos países periféricos pelas nações centrais.
"O multilateralismo do pós-guerra, ainda que alicerçado nas instituições, é violento e brutal e não impediu os grandes massacres e as grandes injustiças dos últimos tempos […]. O equilíbrio é sempre relativo e depende a quem atende ou interessa. O que precisa ser pontuado é que o responsável pela miséria dos povos do mundo, a despeito dos avanços tecnológicos impressionantes, é o imperialismo. Somente com o fim dessa forma política de subjugação é que podemos ter uma dinâmica mais estável", defende.
Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, durante primeiro painel do 17ª encontro de chanceleres do BRICS, em 28 de abril de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 28.04.2025
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"Nunca é demais lembrar que os dois conflitos de maior potencial de desestabilização mundial hoje, Ucrânia e Gaza, são criados e alimentados pelos Estados Unidos e pela decadente União Europeia, ou seja, pelo bloco imperialista. Por isso, o BRICS vem ganhando uma importância inédita, pois pode se apresentar como uma alternativa confiável para a retomada da cooperação internacional."

Por fim, o especialista ressaltou que a expansão do BRICS é importante, já que envolve países que sempre ficaram à margem das grandes negociações globais, mas que ainda há muito para avançar em relação ao seu papel.

"O encontro revela que o grupo, criado quase que por acaso, vem se fortalecendo e se consolidando, principalmente após sua expansão. De toda forma, é ainda muito tímido em questões centrais. A impressão é que o bloco avança a passos curtos, sem querer causar grandes incômodos dentro de uma margem estreita, o que pode se justificar por sua heterogeneidade, com a junção de interesses e alinhamentos políticos muito distintos. Ainda, porém, permanece muito limitado em adotar uma postura mais contundente perante o imperialismo."
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sessão de abertura da Primeira Reunião Sherpa em preparação para a reunião de julho do BRICS no Brasil, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Brasil, 26 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2025
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Fortalecimento da representatividade das instituições ligadas à ONU e reforma do Conselho de Segurança, o principal órgão das Nações Unidas. Essas também foram algumas das pautas defendidas pelo Brasil durante a presidência rotativa do G20 no ano passado e que, agora, se repetem junto ao BRICS.
Isabela Gama, professora-assistente de relações internacionais na Universidade Abu Dhabi, destaca à Sputnik Brasil que essas são pautas centrais e recorrentes da diplomacia brasileira, que pleiteia principalmente o maior protagonismo do Sul Global frente às atuais estruturas de governança.
"O BRICS, enquanto grupo, ainda não funciona de forma muito coordenada em muitos assuntos. Todos os membros possuem suas agendas no cenário internacional, que nem sempre vão estar de acordo com outros membros do grupo inteiro, mas com a expansão [de novos membros] é possível que consigam alterar um pouco esse cenário", afirma.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250429/brics-em-foco-atuacao-do-brasil-reforca-papel-do-grupo-como-potencia-do-multilateralismo-global-39337483.html

domingo, 27 de abril de 2025

Brasil247: Marcelo Auler: “Escândalo no INSS começou no governo Bolsonaro”


Jornalista afirma que rombo de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos em aposentadorias teve origem na gestão anterior e defende apuração rigorosa

(Foto: Divulgação | Reuters)
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247 - Em entrevista ao programa Bom Dia 247, o jornalista Marcelo Auler afirmou que o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, estimado em R$ 6,3 bilhões, teve início ainda no governo Jair Bolsonaro. Auler enfatizou que a operação conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) não tem motivação política contra a atual gestão federal, mas responde a um problema estrutural que se arrasta desde 2019.

“Eu acho que o governo está dando uma dentro. Este escândalo do INSS precisa ser apurado, e não é um golpe contra o governo. Não foi dinheiro do governo que foi roubado dessa vez, foi dinheiro do aposentado”, declarou Auler.

Segundo o jornalista, os indícios de irregularidade vieram à tona a partir de uma investigação interna da CGU, iniciada após detectar um aumento anormal nos descontos aplicados a beneficiários do INSS. Auler relatou que uma pesquisa da CGU ouviu 1.224 beneficiários e constatou que “97,6% deles informaram não autorizar os descontos”. Ainda conforme o jornalista, “1.221 disseram: ‘Eu não sou de associação nenhuma e tô sendo descontado’”.

A operação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária. Também houve o afastamento de seis servidores públicos e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão. Para Auler, “essa é a principal diferença da Lava Jato: você não tem um só juiz. São inquéritos de delegados diferentes, de estados diferentes, que são relatados a procuradores da República diferentes, que encaminham aos juízes diferentes”.

Durante a entrevista, o jornalista destacou que a operação se diferencia por sua base institucional. “Ela começa quando a CGU nota que há um crescimento inexplicável desses descontos e começa a investigar”, frisou. A investigação posterior da Polícia Federal teve como ponto de partida os dados consolidados pela CGU.

Marcelo Auler também comentou a atuação do governo Lula diante do escândalo. Ele defendeu a postura da atual administração, que, segundo ele, “acertou no discurso e na operação feita em conjunto CGU, Polícia Federal e a inteligência do INSS”. Porém, criticou a tentativa do ministro da Previdência, Carlos Lupi, de amenizar a situação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que acabou sendo exonerado. “O Lupi errou ontem quando entra na entrevista aliviando o presidente do INSS. Como é que esse cara não viu isso, se já pipocavam matérias na imprensa desde o ano passado?”, questionou.

Para Auler, o caso revela um problema de fiscalização e responsabilidade administrativa. “O servidor público foi corrompido para facilitar essa sacanagem. O rombo não é no governo, infelizmente, é no bolso dos aposentados”, ressaltou. Ele ainda afirmou que, embora parte dos descontos possa ter sido legal, “ainda que fossem apenas 100 mil reais descontados de aposentados, merece uma apuração séria”.

Auler ainda fez referência à atuação do presidente Lula, lembrando que foi ele quem determinou a exoneração do presidente do INSS. “Foi por isso que o Lula mandou demiti-lo no meio da tarde, e quem demitiu foi a ministra substituta da Casa Civil”, explicou.

Finalizando sua análise, Auler apontou a tentativa da direita de capitalizar politicamente o escândalo. “Vão falar mal do governo Lula? Azar de quem fala mal, porque vai se dar mal. O governo Lula vai esclarecer isso tudo”, concluiu. 

Fonte: https://www.brasil247.com/entrevistas/marcelo-auler-escandalo-no-inss-comecou-no-governo-bolsonaro

Agência Brasil: Uganda declara fim de surto de ebola


Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 26/04/2025 - 14:01
Brasília
ARCHIV: Ugandische Mitarbeiter des Gesundheitswesens sprechen mit Gemeindemitgliedern, bevor sie die erste Impfung gegen das Ebola-Virus im Dorf Kirembo in Uganda durchführen
© REUTERS/James Akena/Direitos reservados
Quase três meses após confirmar os primeiros casos de ebola na capital Kampala, em janeiro, Uganda declarou o fim do surto da doença no país, neste sábado (26).

De acordo com o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na região, dos 14 casos notificados de ebola, 12 foram confirmados por meio de testes laboratoriais. Foram contabilizadas ainda quatro mortes, sendo duas confirmadas e duas prováveis.

Ao todo, 10 pessoas se recuperaram da doença no país, enquanto 534 foram monitoradas por autoridades sanitárias por terem entrado em contato com pacientes infectados.

Fim do surto

De acordo com o escritório da OMS em Uganda, o último paciente infectado por ebola no país recebeu alta médica no dia 15 de março, quando se iniciou um período de 42 dias sem novos casos, o que permite declarar o fim do surto.

Este foi o segundo surto de ebola em Uganda em menos de três anos. 

“A longa experiência do país na gestão de surtos permitiu uma resposta rápida, coordenada e eficaz”, avaliou a OMS em nota.

A cepa de ebola detectada em Uganda, segundo a entidade, é um subtipo da doença do vírus do Sudão. 

“É uma doença grave, frequentemente fatal, que afeta humanos e outros primatas. Em surtos anteriores, a doença matou quatro em cada 10 pessoas infectadas”.

Sputnik Brasil: Alckmin critica violência política e lança candidato para governo de SP em congresso do PSB

 

Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participa do congresso do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em São Paulo. Ao lado esquerdo está o atual ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Em 26 de abril de 2025. - Sputnik Brasil, 1920, 26.04.2025
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), fez críticas indiretas a adversários políticos durante evento do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nesta sexta-feira (26). Na ocasião, o ministro do Empreendedorismo , Márcio França (PSB), também revelou sua intenção — apoiada pelo partido —, de disputar as eleições para o governo de São Paulo em 2026.
Alckmin relembrou momentos históricos do partido e do país: "Em 1945, o fascismo foi derrotado, nasceu o PSB e renasceu com a redemocratização do Brasil pós o período militar. E aqui está a nova geração, que nasceu depois da democratização. Os jovens, a Tabata [Amaral], o João [Campos], o Caio [França], eles são desse renascimento do PSB."
O vice-presidente destacou ainda o papel central do povo nas decisões políticas e disse que "a democracia é o bem maior, é o povo que decide, é ele o protagonista e o povo erra menos que as elites".
"As ditaduras suprimem a liberdade em nome do pão, não dão o pão que prometeram e nem devolvem a liberdade que tomaram. Quem não lembra, não lembra o final da ditadura militar. O Brasil, inflação, fome, desemprego, as grades do Palácio dos Bandeirantes foram derrubadas."
Além disso, sem citar nomes, Alckmin fez uma crítica à escalada da violência política no país: "Enquanto uns planejam assassinar adversários, o governo Lula é do diálogo". Ele completou dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem "compromisso com a justiça social".
 
"Não é o laissez-faire do século XVIII, aquele liberalismo onde o grande massacra o fraco, onde o forte oprime aquele que é menor, mas ele é civilizatório", afirmou.

Disputa pelo governo de SP em 2026


O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), afirmou no mesmo evento que pretende disputar as eleições para o governo de São Paulo em 2026. Em coletiva, ele disse já ter comunicado sua intenção ao partido e aguarda apenas o aval do presidente Lula para oficializar sua pré-candidatura.
"Eu já comuniquei isso a todo mundo internamente, né? Claro que eu faço parte de um governo federal, né? Então eu tenho que ter o aval do presidente, da ideia dele, mas eu acho que caminha pra isso, né?"
 
"Como você sabe, em 2022 eu desisti da candidatura a pedido do presidente para apoiar o Fernando Haddad. E o Fernando Haddad já manifestou a mim que não será candidato. Então sendo assim, o caminho é natural que seja eu mesmo o candidato."

Crítico da atual gestão paulista, França acusou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de ser "muito técnico" e pouco conectado com a população. "O Tarcísio é um ótimo técnico. Ele entende de números, de planilhas, mas ele não gosta de gente."

Em assembleia realizada na Avenida Paulista, professores da rede estadual de São Paulo aprovaram greve por tempo indeterminado, em 25 de abril de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2025
Notícias do Brasil
Professores da rede estadual de SP aprovam greve em assembleia na Avenida Paulista (VÍDEO)
"A venda da Sabesp, por exemplo, foi feita por R$ 15 bilhões. Só que esses R$ 15 bilhões entraram no caixa do governo. Ninguém sabe onde foi parar. E as ações dobraram de valor em dois meses. Então quem comprou ganhou muito dinheiro em pouco tempo."
Sobre a articulação política, França acredita que poderá contar com o apoio do presidente Lula e do PT, mas ressaltou sua posição mais ao centro para ampliar sua base eleitoral.
 
"Eu ajudo o presidente a fazer essa transição porque eu tenho respaldo em várias áreas, né? Tenho apoio dos servidores públicos, da polícia, dos evangélicos. Então eu posso agregar em lugares que às vezes o PT tem mais dificuldade."

França disse ainda que considera difícil o PT abrir mão da vice-presidência na chapa presidencial de 2026, atualmente ocupada por Geraldo Alckmin (PSB), e elogiou o estilo discreto do vice-presidente. "Vice bom é aquele que não aparece muito. Se você abre a vaga de vice agora, é uma confusão danada. Vai todo mundo querer ser. E o Alckmin é um vice que não incomoda, né? Ele ajuda muito."

 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250426/alckmin-critica-violencia-politica-e-lanca-candidato-para-governo-de-sp-em-congresso-do-psb-39308923.html

Sputnik Brasil: China ocupa 1º lugar no mundo em produção total de energia nuclear pela primeira vez, diz Pequim

 

Usina nuclear chinesa, em Shenzhen, província de Guangdong - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2025
Pela primeira vez, a China se tornou líder mundial em produção de energia nuclear, de acordo com um relatório divulgado pela Administração de Energia Nuclear da China (CNEA) neste domingo (27).
 
"Atualmente, a China possui 102 usinas nucleares em operação, em construção e aprovadas para construção, com uma capacidade instalada total de 113 milhões de quilowatts. Em termos de escala total de energia nuclear, a China se tornou a primeira produtora de energia nuclear do mundo pela primeira vez", afirma o relatório.

Atualmente, na China existem 28 usinas nucleares em construção, com uma capacidade total de 33,65 milhões de quilowatts, informou a associação, acrescentando que Pequim ocupa o primeiro lugar no mundo em termos de capacidade de usinas em construção há 18 anos consecutivos.

"A China possui 58 usinas nucleares em operação comercial, com uma capacidade instalada total de 60,96 milhões de quilowatts. Além disso, a geração de energia nuclear do nosso país continua crescendo", afirma o relatório.
Em 2024, a produção total de energia das usinas em operação atingiu 444,7 milhões de quilowatts-hora, representando 4,72% da produção total de energia do país e colocando a China em segundo lugar no mundo em termos de produção total de energia nuclear, segundo a CNEA.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250427/china-ocupa-1-lugar-no-mundo-em-producao-total-de-energia-nuclear-pela-primeira-vez-diz-pequim-39313362.html

Sputnik Brasil: Sputnik explica como está a situação na economia dos EUA após 100 dias de Trump no poder

 

Foto mostra caixa cheia de notas de dólar americano em Nova York, 3 de abril de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2025
O presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não conseguiu lidar com o déficit orçamentário, mas domou um pouco o crescimento da dívida nacional do país, de acordo com cálculos da Sputnik baseados em dados do Departamento do Tesouro dos EUA.
Segundo o Tesouro, o orçamento dos Estados Unidos em março permaneceu em déficit pelo quinto mês consecutivo: os cofres fecharam com um valor negativo de US$ 160,5 bilhões (R$ 963 bilhões).
Isso é cerca de metade do déficit de fevereiro, de US$ 307 bilhões (R$ 1,84 trilhões), mas, no geral, está mais ou menos alinhado com a média quando o antecessor de Trump, Joe Biden, estava no comando – de US$ 159 bilhões (R$ 954 bilhões).
Presidente dos EUA, Donald Trump, em Las Vegas, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2025
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Trump: EUA estão em posição insustentável, já que sofrem perdas de outros países, incluindo aliados
Ao mesmo tempo, a dívida aumentou US$ 2 trilhões (R$ 12 trilhões) desde janeiro de 2024.
Além disso, em fevereiro, a participação dos detentores estrangeiros da dívida dos EUA cresceu em 0,8 ponto percentual, chegando a 24,3%. Entre os cinco maiores investidores, apenas o Japão aumentou sua participação — em 0,11 ponto percentual em relação a janeiro, chegando a 12,77%. As Ilhas Cayman garantiram seus investimentos em 4,74%.
Os outros cinco principais investidores enfraqueceram um pouco seu interesse na dívida do governo dos EUA durante o mês: a participação da China no total de investimentos estrangeiros caiu 0,02 ponto percentual, para 8,9%, o Reino Unido — 0,17 ponto percentual, para 8,51%, e o Luxemburgo - 0,13 ponto percentual, para 4,68%.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250427/sputnik-explica-como-esta-a-situacao-na-economia-dos-eua-apos-100-dias-de-trump-no-poder-39313767.html

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Sputnik Brasil: 'Tradição diplomática' do Brasil pode contribuir com a institucionalização do BRICS, diz analista

 

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sessão de abertura da Primeira Reunião Sherpa em preparação para a reunião de julho do BRICS no Brasil, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Brasil, 26 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2025

Em um momento de tensão geopolítica, o BRICS tem se apresentado como uma alternativa viável no desenvolvimento da nova ordem mundial. Falando à Sputnik, o professor Fabiano Melniczuk, abordou qual papel acredita que o Brasil deve desempenhar à frente da presidência do grupo em meio aos desafios da atualidade.
Por ocasião da presidência pró tempore do Brasil à frente do BRICS — grupo inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — a liderança sul-americana elencou junto aos membros seus eixos de atuação prioritária. Mas como potencializar esta participação em um ambiente de conflitos internacionais?
A Sputnik conversou com o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fabiano Melniczuk, para compreender em que medida a vantagem diplomática do país pode ajudar o grupo a atuar junto a seus parceiros, mesmo como mediador em relações de conflito.
 
"Então, uma coisa que o Brasil pode trazer, e o Brasil está, eu acho, se esforçando para se consolidar dentro do BRICS, é a ideia de mediar conflitos e tentar chegar a acordos baseados no respeito mútuo e no respeito pela diversidade dos países que pertencem ao grupo", afirmou Melniczuk na conferência científica internacional Nova ordem mundial: formação do mundo multipolar e o papel da Rússia.

Para o professor, o engajamento brasileiro na institucionalização do grupo também é outra forma como o país pode contribuir para a consolidação de sua atuação no mundo.

"Acredito que o Brasil não quer criar regras que tornem o grupo uma organização rígida, mas sim esclarecer os critérios para ser membro e como os países podem pensar nas mesmas estratégias e políticas para mudar a ordem mundial. Portanto, esta é uma contribuição que o Brasil está oferecendo, e acredito também que o Brasil avançará em algumas das iniciativas russas de 2024 no que diz respeito ao comércio em moedas locais", destacou ele.
O professor lembra que o debate da institucionalização tem sido discutido nos círculos diplomáticos, uma vez que o grupo tem despertado o interesse em diversos outros países fora do eixo de países centrais. Com cada vez mais vozes, o Sul Global tem conseguido espaço para se posicionar, e isso exige coragem.
 
"[...] acredito que o Brasil foi muito corajoso em avançar nos debates sobre inteligência, inteligência artificial [IA] e economia digital. Uma das principais coisas em que o Brasil está trabalhando agora é que precisamos começar a falar sobre a economia digital sob a perspectiva de dados como commodities", justificou.

Mauro Vieira (à esquerda) e Sergei Lavrov (à direita), ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Rússia, respectivamente, se cumprimentam no âmbito de chanceleres dos Estados-membros do BRICS na Cidade do Cabo, África do Sul, 2 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2025

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Lavrov vai participar do Conselho de Ministros do BRICS no Rio de Janeiro, diz Moscou
 
"[...] acho que a economia digital, a inteligência artificial e tudo isso está relacionado a essas novas formas de desenvolvimento na economia e nas tecnologias. Acho que o Brasil está trazendo essa base para o BRICS. Essa também é uma contribuição muito boa da parte brasileira", concluiu.

Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250424/tradicao-diplomatica-do-brasil-pode-contribuir-com-a-institucionalizacao-do-brics-diz-analista-39285901.html

XINHUA: Cooperação tecnológica entre China e América Latina floresce com expansão da rede


2025-04-24 13:18:15丨portuguese.xinhuanet.com
Foto de 26 de setembro de 2020 mostra a estação de reforço no Parque Solar Cauchari, na Província de Jujuy, no noroeste da Argentina. O Parque Solar Cauchari, construído pela China Power Construction e pela Shanghai Electric Power Construction Company, está localizado a uma altitude de cerca de 4.200 metros acima do nível do mar. (Xinhua)

   Beijing, 24 abr (Xinhua) -- A cooperação tecnológica entre a China e a América Latina continua a melhorar em qualidade e formou uma rede multifacetada e de múltiplas camadas, disse o ministro chinês da Ciência e Tecnologia, Yin Hejun.

   Nos últimos anos, a cooperação tecnológica entre a China e a América Latina floresceu, com a expansão da cobertura em vários campos e uma gama cada vez mais diversificada de entidades colaborativas, disse Yin na quarta-feira durante o evento inaugural para marcar o Dia da Ciência China-América Latina e Caribe.

   Yin observou que, além dos campos tradicionais, como construção de infraestrutura, agricultura e recursos energéticos, a cooperação entre os dois lados se expandiu para campos de fronteira emergentes, incluindo 5G, tecnologia digital, novas energias, novos materiais e biomedicina.

   Foram estabelecidos centros de inovação alimentar sustentável e transferência de tecnologia entre a China e a América Latina, criando plataformas para enfrentar novos desafios no campo da ciência e tecnologia, disse o ministro.

   Olhando para o futuro, a China continuará a defender os princípios da cooperação aberta, justa e não discriminatória em ciência e tecnologia internacional para promover um ambiente mais aberto para a inovação científica, disse ele.

   No evento, especialistas de ambos os lados compartilharam suas últimas descobertas de pesquisa e experiência prática em áreas-chave como saúde, tecnologia agrícola, tecnologia digital e reprodução biológica, bem como a construção de plataformas de cooperação relevantes.

Fonte:  https://portuguese.news.cn/20250424/4649d0667e9f4ced87660450a35395aa/c.html

Agência Brasil: Lula e Guterres cobram metas ambiciosas contra mudanças climáticas

 

Apenas 10% dos países entregaram documentos; prazo final é setembro
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 23/04/2025 - 14:02
Brasília
Brasília (DF), 23/04/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião da Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, cobraram, nesta quarta-feira (23), que os líderes mundiais entreguem metas ambiciosas de redução de emissões de carbono. Apenas 10% dos países apresentaram suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas, as NDCs, que são os esforços individuais no combate às mudanças do clima.

“A arquitetura de preparação das NDCs é suficientemente flexível para combinar metas ambiciosas e as necessidades de desenvolvimento de cada Estado. Os países ricos, que foram os maiores beneficiados pela economia baseada em carbono, precisam estar à altura de suas responsabilidades. Está em suas mãos antecipar metas de neutralidade climática e ampliar o financiamento até o objetivo de US$ 1,3 trilhão”, disse o presidente.

Lula e o secretário Guterres copresidiram uma reunião virtual de alto nível, com cerca de 20 chefes de Estado e governo, para promover uma mobilização política global diante da emergência climática e a construção de um novo modelo de desenvolvimento baseado em prosperidade econômica, sustentabilidade ambiental e inclusão social.

Brasília (DF), 23/04/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião da Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante reunião da Cúpula Virtual sobre Ambição Climática - Foto: Ricardo Stuckert/PR

“Não se pode falar em transição justa sem incorporar a perspectiva de setores historicamente marginalizados, como mulheres, negros e indígenas, e sem considerar as circunstâncias do Sul Global”, afirmou o presidente, lembrando o falecimento do Papa Francisco. “Tenho certeza de que seus ensinamentos sobre a necessidade de uma 'ecologia integral', que enxergue a natureza e o ser humano como uma totalidade, vão nos servir de inspiração”, acrescentou Lula.

Para o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a reunião foi bem-sucedida, com a presença de líderes importantes, como da China e União Europeia, e deve repercutir e mobilizar as 196 nações que fazem parte da convenção da ONU sobre mudanças climáticas. “Foram escolhidos países importantes, atores mundiais, não só grandes economias, como também alguns dos chamados SIDS [Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento]”, contou, em entrevista à imprensa após a reunião.

“Eles são os que mais sofrem, possivelmente, as questões do impacto ambiental. E, então, foi também importante ter [na reunião], como presidente de Palau e de outras estados insulares, para que dessem também seu testemunho e fizessem um apelo para que todos os países apresentem, até o prazo, as suas NDCs e muito ambiciosas”, acrescentou o chanceler.

O prazo de entrega das NDCs era fevereiro, mas foi estendido até setembro, em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. Nos documentos estão as metas determinadas por cada país para reduzir a emissão de combustíveis fósseis – carvão, petróleo, gás natural – e limitar o aquecimento da terra a 1,5ºC, conforme determinado no Acordo de Paris.

O Brasil apresentou sua NDC na COP de Baku, no Azerbaijão, em 2024, prevendo redução de 67% de emissões até 2035, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. “Internamente, estamos formulando um Plano Clima que contemplará estratégias de mitigação, adaptação e justiça climática”, explicou Lula.

Ação política

Além de Lula e Guterres, participaram líderes dos seguintes países e instituições:

- China, Xi Jinping

- Conselho da União Europeia, António Costa

- Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

- Espanha, Pedro Sanchez

- França, Emmanuel Macron

- Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente da União Africana

- Malásia, Anwar Ibrahim, presidente da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean)

- Nigéria, Bola Ahmed Tinubu

- Turquia, Recep Tayyip Erdoğan

- Chile, Gabriel Boric

- Vietnã, Pham Minh Chinh

- Ilhas Marshall, Hilda Heine

- Tanzânia, Samia Suluhu Hassan

- Barbados, Mia Amor Mottley, presidente da Comunidade do Caribe (Caricom)

- Kenya, William Samoei Ruto

- Palau, Surangel S. Whipps Jr., presidente da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis)

- Coreia do Sul, Han Duck-soo

Em declaração à imprensa após o encontro, o secretário-geral da ONU afirmou que os diversos líderes se comprometeram em finalizar NDCs no prazo, incluindo a China, que é o maior emissor mundial de carbono e gases de efeito estufa. Segundo Guterres, durante a reunião, Xi Jinping informou que as metas do país abordarão reduções em todos os setores da economia e todos os gases do efeito estufa.

"A China esteve presente na reunião e não apenas anunciou que produziria suas NDCs, mas o presidente Xi disse que essas NDCs vão abranger todos os setores econômicos e todos os gases de efeito estufa. Esta é a primeira vez que a China joga luz sobre essa questão e isso é extremamente importante para a ação climática”, disse Guterres.

Iniciativas

Durante o encontro, Lula pediu o apoio a quatro iniciativas que o Brasil está propondo, no âmbito da COP30. A primeira é o Balanço Ético Global, com a convocação de uma série de eventos voltados ao engajamento de lideranças jovens e religiosas, artistas, povos originários, cientistas e tomadores de decisão em torno de um novo pacto ambiental para o planeta.

A segunda iniciativa é a Aliança Global de Combate à Fome e a Pobreza, lançada pelo Brasil durante sua presidência no G20, no ano passado. Junto com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), foi elaborado um guia para a inclusão de políticas sociais e de transformação de sistemas alimentares nas NDCs.

A terceira é a Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que visa valorizar a ciência e combater a desinformação.

Por fim, Lula apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a ser lançado na COP30, que vai remunerar países em desenvolvimento que preservam suas florestas. O objetivo é que o fundo esteja operacional até a conferência em Belém.

“A menos de sete meses da COP30, o planeta parece estar entrando em território desconhecido pela ciência. O aquecimento global está ocorrendo em ritmo mais acelerado do que o previsto. Em 2024, a temperatura média da Terra ultrapassou pela primeira vez o limite crítico de 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais”, alertou Lula em seu discurso aos líderes.

“Muitos ecossistemas, como as florestas, as geleiras e os mares, correm o risco de atingir um ponto de não retorno. A Amazônia registrou a pior seca da sua história, e o calor extremo tem provocado o branqueamento massivo de corais no oceano. Negar a crise climática não vai fazê-la desaparecer”, acrescentou o presidente brasileiro.

Para ele, a COP30 deverá ser um “grande mutirão” em prol da implementação dos compromissos climáticos. “Guerras, corridas armamentistas e cortes na ajuda ao desenvolvimento e no financiamento climático nos empurram para trás. O planeta já está farto de promessas não cumpridas”, afirmou.

*Colaborou Paula Laboissière

Agência Brasil: Lula entrega PEC da Segurança Pública para tramitação no Congresso


Agência Brasil
Publicado em 23/04/2025 - 20:00
Brasília
Brasília (DF), 23/04/2025 - Presidente do Senado, Senador Davi Alcolumbre, Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da Câmara, Hugo Motta durante entrega da PEC da Segurança Pública, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou nesta quarta-feira (23) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP); e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). 

A ideia da PEC é desburocratizar e dar mais eficiência ao trabalho das autoridades no combate às organizações criminosas, inclusive por meio da aproximação de entes federativos com o governo federal.

Ao entregar a PEC aos chefes do Legislativo, Lula disse esperar que a proposta seja debatida e votada o mais rápido possível no Congresso Nacional. Segundo o presidente, a PEC não interfere na autonomia dos estados e municípios no tratamento da segurança pública.

“O que queremos é dizer à população brasileira que o governo federal assumiu definitivamente a responsabilidade de se colocar totalmente à disposição dos estados para que a gente possa cuidar da segurança do povo brasileiro e não permitir que o povo continue andando assustado nas ruas”, disse Lula.  

De acordo com o presidente, o que se pretende é que o governo federal disponibilize aos estados e municípios inteligência, recursos e vontade política. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que, pela primeira vez, o governo federal vai assumir a sua parte de responsabilidade em um problema extremamente complexo que até hoje estava entregue a estados e municípios.

“É o momento de refletirmos sobre essa questão aguda que aflige a todos nós. Hoje o crime deixou de ser local, passou a ser nacional e até transnacional”, disse.

Segundo Lewandowski, a proposta prevê a criação de corregedorias e ouvidorias autônomas em todas as polícias. A PEC também atualiza as competências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

O ministro garantiu que um dispositivo constitucional vai assegurar que estados e municípios tenham plena autonomia para administrar as policiais civis, militares, corpos de bombeiros e guardas municipais.  

Proposta

Um dos pilares da proposta é o de dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública, criado em 2018 por lei ordinária.

A PEC prevê também a constitucionalização dos fundos nacionais de Segurança Pública e Política Penitenciária. As guardas municipais terão suas atribuições redefinidas, e poderão atuar na segurança urbana, em ações de policiamento ostensivo e comunitário, além de fazer prisões em flagrante.

Outro ponto previsto pela PEC da Segurança Pública é a inclusão de representantes da sociedade civil na composição do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que terá também representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Agência Brasil: Operação da PF investiga descontos irregulares em benefícios do INSS

 

Entidades decontaram cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/04/2025 - 09:15
Brasília
Brasília (DF), 31/08/2023 - Movimentação no prédio sede da Polícia Federal, que ouve Bolsonaro e mais sete envolvidos no caso da venda de joias. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira (23) a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal.

Em nota, a PF informou que as investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024”, destacou a corporação. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

XINHUA: BRICS debate emprego com foco em inteligência artificial e justiça social


2025-04-23 10:57:30丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 22 abr (Xinhua) -- Os países-membros do BRICS iniciaram nesta terça-feira a fase presencial da reunião técnica do Grupo de Trabalho sobre Emprego em Brasília, sob a presidência brasileira, com foco no impacto da transformação digital e da inteligência artificial no mundo do trabalho.

O evento, que vai até quinta-feira, foi aberto pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que enfatizou a necessidade de enfrentar os desafios da digitalização com políticas que garantam justiça social, inclusão e proteção ao trabalhador.

"A transição não pode ser encarada apenas como uma estratégia econômica, mas como uma necessidade social. É fundamental garantir que essa mudança seja inclusiva, gerando empregos de qualidade e oferecendo proteção aos mais vulneráveis. Isso é essencial tanto para o presente quanto para o futuro do trabalho", afirmou.

A reunião conta com a presença de representantes dos 11 países-membros do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã - além de organizações internacionais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Estiveram também presentes Moustapha Kamal Gueye, coordenador do Programa de Empregos Verdes da OIT em Genebra; Vinicius Pinheiro Carvalho, diretor da OIT no Brasil; e Anita Amorim, responsável por parcerias emergentes da entidade.

Kamal Gueye enfatizou que uma "transição justa não é apenas uma aspiração, mas uma necessidade concreta. Precisamos de políticas públicas que maximizem as oportunidades econômicas e sociais, minimizem os impactos adversos e estejam alicerçadas em direitos fundamentais no trabalho". Segundo Gueye, o BRICS tem potencial para liderar esse processo globalmente.

Marinho destacou o andamento das negociações sobre o capítulo de inteligência artificial dentro do grupo de trabalho, refletindo o compromisso coletivo com o desenvolvimento sustentável.

Ele também indicou que os resultados da reunião serão levados para a COP30, que será realizada em novembro na cidade brasileira de Belém. "Este é um momento histórico para reforçarmos nosso compromisso com a justiça social e ambiental. O trabalho deste grupo certamente contribuirá para os debates globais sobre esses temas", declarou.

Em sua análise do cenário internacional, o ministro defendeu uma abordagem equilibrada às atuais tensões geopolíticas e econômicas. "É preciso serenidade e pé no chão para conduzirmos esses debates e protegermos a globalização, valorizando a importância dos organismos internacionais", destacou,

Por fim, Luiz Marinho reafirmou o compromisso do Brasil com uma governança global mais inclusiva e agradeceu à OIT e à Associação Internacional de Seguridade Social pelo apoio. "Que os próximos dias de trabalho sejam produtivos e inspiradores para todos", concluiu. 

Fonte: https://portuguese.news.cn/20250423/66eafc3018314292878bb649a1235d61/c.html

XINHUA: China e Azerbaijão estabelecem parceria estratégica abrangente

 

2025-04-23 19:12:00丨portuguese.xinhuanet.com

(Xinhua/Rao Aimin)

Beijing, 23 abr (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, manteve conversas com o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, em Beijing, nesta quarta-feira.

Os dois líderes anunciaram o estabelecimento de uma parceria estratégica abrangente entre os dois países.

Ambos os lados devem aumentar continuamente a confiança mútua política, aprofundar a cooperação prática e fortalecer a colaboração internacional para abrir um novo capítulo de cooperação em todos os aspectos, disse Xi.

Ele acrescentou que a China apoia o Azerbaijão a salvaguardar sua soberania nacional, independência e integridade territorial, e a continuar a seguir um caminho de desenvolvimento adequado a suas condições nacionais.

A China está disposta a realizar a cooperação aprofundada em aplicação da lei e segurança com o Azerbaijão para combater resolutamente às "três forças malignas" do terrorismo, extremismo e separatismo, de acordo com Xi.

Ele pediu aos dois lados que fortaleçam o alinhamento das estratégias de desenvolvimento, promovam a cooperação de alta qualidade do Cinturão e Rota e incentivem a cooperação educacional, cultural, turística, juvenil e subnacional.

Xi observou que as guerras tarifárias e comerciais minam os direitos e interesses legítimos de todos os países, prejudicam o sistema de comércio multilateral e afetam a ordem econômica mundial.

A China está disposta a trabalhar com o Azerbaijão para salvaguardar o sistema internacional com as Nações Unidas em seu núcleo e a ordem internacional baseada no direito internacional, proteger firmemente seus respectivos direitos e interesses legítimos, e defender a equidade e a justiça internacionais, acrescentou.

Aliyev disse que o Azerbaijão e a China sempre se respeitaram e confiaram um no outro diante de mudanças nunca vistas em um século, com a cooperação bilateral continuamente aprofundada, as relações econômicas e comerciais se desenvolvendo rapidamente e os intercâmbios locais se tornando cada vez mais próximos.

Ele ressaltou que o Azerbaijão adere firmemente ao princípio de Uma Só China, insiste que Taiwan faz uma parte inalienável do território chinês e apoia todos os esforços feitos pelo governo chinês para alcançar a reunificação nacional.

O conceito de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e as três principais iniciativas globais propostas pelo presidente Xi são favoráveis à paz, à estabilidade e à prosperidade mundiais, afirmou Aliyev, acrescentando que o Azerbaijão as aprecia muito e as apoia ativamente.

Segundo ele, o Azerbaijão está pronto para trabalhar com a China para promover a construção de uma parceria estratégica abrangente, expandir a cooperação em termos de Iniciativa Cinturão e Rota, economia digital, energia verde e ciência e tecnologia, aprofundar os intercâmbios entre partidos políticos e povos dos dois países e reforçar a cooperação em assuntos internacionais e regionais.

Após as conversas, os dois chefes de Estado assinaram uma declaração conjunta sobre o estabelecimento de uma parceria estratégica abrangente entre os dois países e testemunharam a assinatura de 20 documentos sobre cooperação em áreas como a Iniciativa Cinturão e Rota, justiça, desenvolvimento verde, economia digital, direitos de propriedade intelectual e aeroespaço.

Antes das conversas, Xi e sua esposa, Peng Liyuan, realizaram uma cerimônia de boas-vindas para Aliyev e sua esposa, Mehriban Aliyeva, na praça ao lado de fora do portão leste do Grande Palácio do Povo.

Xi e Peng também ofereceram um banquete de boas-vindas a Aliyev e Aliyeva no Salão Dourado do Grande Palácio do Povo no meio-dia de quarta-feira.

(Xinhua/Zhai Jianlan)

(Xinhua/Huang Jingwen)

(Xinhua/Ding Lin)

(Xinhua/Li Tao)

(Xinhua/Zhai Jianlan)

Fonte:  https://portuguese.news.cn/20250423/b3bc4eacf69f41f2b590943c3e1597b9/c.html

terça-feira, 22 de abril de 2025

Sputinik Brasil: Políticas de Trump vão 'atingir os EUA com mais força' que qualquer outro país, diz mídia

 08:17 22.04.2025

O presidente Donald Trump zomba do ex-vice-presidente e candidato presidencial Joe Biden enquanto discursa em um comício na BancorpSouth Arena em Tupelo, Mississippi, 1º de novembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 22.04.2025

Os efeitos das altas tarifas norte-americanas, a constante mudança de postura sobre sua implementação e a disseminação do medo entre os imigrantes "atingirão os EUA com mais força", pois o país "não é mais a nação poderosa que já foi", reflete a mídia britânica.
De acordo com o Financial Times (FT), os efeitos da política econômica do governo Trump vão afetar muito mais diretamente os EUA do que em qualquer momento na história. Segundo a publicação, a frase: "Quando a América espirra, o resto do mundo pega um resfriado", já não faz mais sentido, sendo preciso repensar tal afirmação.
Isso se deve à crescente perda de centralidade dos Estados Unidos no cenário global, situação que, segundo o FT, a guerra tarifária lançada pelo presidente republicano só vai agravar.
 
"Na política externa, a decisão do presidente [Donald Trump] de abandonar os EUA como um aliado confiável representa uma mudança radical. Mas é na frente econômica que essa arrogância provavelmente humilhará os EUA, já que é um país que há muito tempo perdeu seu status de grande produtor global de bens e serviços", afirma a publicação.

De acordo com a mídia, não só a posição dos EUA na negociação de tarifas é muito mais fraca do que Washington acredita, mas o resto do mundo controla 85% da economia global e não precisa mais seguir as decisões dos EUA.

Empresas petroquímicas europeias estão transferindo seus investimentos para fora da União Europeia (UE). A BASF, por exemplo, está desenvolvendo esta planta de amônia na costa do Golfo do México, nos Estados Unidos - Sputnik Brasil, 1920, 21.04.2025
Panorama internacional
Política tarifária de Trump vai fracassar sem 'uma estratégia que inclua política industrial'
Embora o jornal admita que as políticas econômicas do governo Trump causarão "danos colaterais" e alerte particularmente sobre a "vulnerabilidade" do México e do Canadá devido à sua forte dependência do setor exportador, os especialistas concluem que o principal perdedor financeiro serão os próprios Estados Unidos.
 
"A Consensus Economics, que compila previsões do setor privado, mostra que, em média, os especialistas projetam que a economia dos EUA crescerá quase um ponto percentual a menos em 2025 do que o previsto na época da posse de Trump, e a perspectiva para 2026 não parece muito melhor", diz o FT, que contrasta isso com as previsões favoráveis ​​para a economia chinesa.

"A única questão é quão generosos os outros países decidirão ser. Mas os problemas econômicos dos Estados Unidos são os próprios Estados Unidos. Quando um país dá um tiro no próprio pé, são seus cidadãos que perdem", concluem.

 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20250422/politicas-de-trump-vao-atingir-os-eua-com-mais-forca-que-qualquer-outro-pais-diz-midia-39261554.html