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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

EUA ainda acham que são o cherife do mundo e podem sancionar qualquer um

 

'Atentado à liberdade de expressão da imprensa mundial', diz Fenaj sobre sanções dos EUA à Sputnik

Videoconferência dedicada ao tema Rússia — América Latina: temas atuais de interação, celebrada no Centro de Imprensa Multimídia Internacional da Sputnik - Sputnik Brasil, 1920, 04.09.2024

Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira (4) sanções a Sputnik e outras mídias russas.
Em declaração exclusiva à Sputnik Brasil, Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), disse que o movimento do governo norte-americano é um "atentado à liberdade de expressão e de imprensa mundial, sobretudo nesse contexto de alegar que as mídias russas têm interesse em intervir na eleição norte-americana".
"A Fenaj tem sempre acompanhado com preocupação essas posturas por compreender que todas as vozes merecem ser ouvidas, todos os veículos merecem reportar, independentemente da sua origem, para que a população tenha acesso a informações cada vez mais plurais e diversas", complementou Castro.

Na declaração, ela finalizou dizendo que a entidade sempre combaterá qualquer tipo de atitude que venha a tentar cercear o direito à informação. "Direito de acesso à informação dos cidadãos e o direito de reportar livremente dos veículos de comunicação e dos profissionais de mídia", finalizou.

Grupo sancionado

As sanções dos Estados Unidos têm como alvo o grupo de mídia russo Rossiya Segodnya e suas subsidiárias RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
"As sanções de hoje somam-se às ações de aplicação da lei tomadas pelo Departamento de Justiça, bem como à designação pelo Departamento de Estado do grupo de mídia Rossiya Segodnya e suas cinco subsidiárias — RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik — como missões estrangeiras", disse o comunicado.

O governo dos EUA acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo o Ministério das Finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência estrangeira nas eleições dos EUA.

As novas sanções dos EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo para exercer influência maligna".
Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que o candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais, Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos eleitorais dos EUA.
 
 https://noticiabrasil.net.br/20240904/atentado-a-liberdade-de-expressao-da-imprensa-mundial-diz-fenaj-sobre-sancoes-dos-eua-a-sputnik-36334785.html

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