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10:26 06.04.2021(atualizado 10:44 06.04.2021) URL curta
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Revista Military Watch analisa história recente da Força Aérea da Argélia e ressalta elementos-chave no desenvolvimento de suas capacidades.
Com o fim da Guerra Fria e a consequente queda da União Soviética, a Argélia testemunhou uma redução de produtos de tecnologia de ponta disponíveis para sua Força Aérea baseada em grande parte em aeronaves soviéticas.
Além disso, o desenrolar do combate a grupos islâmicos no país trouxe a necessidade de dedicar maiores recursos a suas forças terrestres. Contudo, a partir do final da década de 90 o país tomou o caminho para revigorar seu poder aéreo aposentando seus caças MiG-21, Su-7 e Su-22, publicou a revista Military Watch.
© Foto / Public Domain
MiG-21 da Força Aérea do Egito
Dando novos ares à Força Aérea
Com o processo de renovação de seu poder aéreo em curso, a Argélia iniciou a aquisição de caças de quarta geração, incluindo cerca de 20 MiG-29C e aeronaves Su-24MK.
Já os MiG-25 argelinos foram modernizados a um padrão de aeronave de quarta geração na Ucrânia.
Entre os sistemas incorporados incluíram-se também variantes mais poderosas do míssil ar-ar R-40, um sistema de busca e seguimento por infravermelho e um radar com maior raio de alcance e tecnologia capaz de direcionar o feixe de ondas de rádio sem necessidade de se mover antenas. O radar era baseado no Zaslon do caça interceptor MiG-31 e possuía tecnologia que nenhum caça ocidental teve até 2005, segundo a revista.
© CC BY-SA 3.0 / Aleksei Beltyukov
Caça soviético MiG-25
Nos anos 2000, o país africano continuou a modernização e, por volta de 2010, o MiG-29 se tornou o principal caça de combate argelino ao lado do Su-30MKA de quarta geração.
Até a aquisição do Su-35 pelo Egito, o Su-30MKA era considerado a aeronave de combate mais poderosa no continente africano. Também em 2010, o país do Magreb, região do Norte da África composta por Marrocos, Argélia e Tunísia, possuía o que era considerado a Força Aérea mais poderosa da África, a qual era uma das poucas do continente a estar armada com mísseis ar-ar guiados por radares ativos modernos.
Guerra na Líbia como incentivo à modernização
Com o início da década de 2010, a OTAN iniciou uma campanha militar contra o governo líbio chefiado pelo presidente Muammar Kadhafi.
A campanha foi considerada totalmente inesperada, tendo em vista as relações próximas entre a Líbia e países europeus, muitos deles membros da OTAN.
Durante o conflito, ficou visível a precariedade das capacidades defensivas líbias, dando a entender a seus vizinhos Argélia e Egito a importância de se ter poder militar considerável.
Ambos os países expressaram forte interesse em adquirir caças mais modernos e sistemas de defesa antiaérea da Rússia.
Em 2015, a Argélia se tornou o primeiro país africano a obter o sistema de defesa antiaéreo russo S-300.
© Sputnik / Vladimir Astapkovich
Caças russos Su-57 de quinta geração
Enquanto isso, relatos oriundos tanto da Rússia quanto do Ocidente indicam que o país pretenderia obter caças ainda mais avançados no futuro e mais tarde se desfazer de seus MiG-25 e alguns dos Su-24M.
Entre as aeronaves desejadas está o Su-57, enquanto os interceptadores MiG-31M poderiam ser uma excelente opção para substituir os MiG-25, tendo em vista suas características semelhantes e sensores.
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