No discurso perante o Congresso, em que fez o balanço dos 100 dias de governo, o presidente americano, Joe Biden, relembrou o passado de investimentos dos Estados Unidos, mas admitiu que o país, hoje, está atrás da China
29 de abril de 2021, 05:26 h Atualizado em 29 de abril de 2021, 05:26
Joe Biden discursa no Congresso dos EUA (Foto: Reuters)
247 - À véspera de completar 100 dias de mandato, o presidente Joe Biden discursou nesta quarta-feira no Congresso dos EUA. No discurso, o presidente americano Joe Biden relembrou o passado de investimentos dos Estados Unidos, mas admitiu que o país, hoje, está atrás da China.
"Décadas atrás, nós costumávamos investir 2% do nosso PIB [Produto Interno Bruto] em pesquisas. Hoje [o nosso investimento] é menos de 1%. A China e outros países estão avançando rapidamente", considerou.
Biden foi mais duro em suas declarações sobre a Rússia, e mandou recado direto. "Com relação à Rússia, sei que preocupa alguns de vocês, mas deixei bem claro ao presidente Putin que, embora não busquemos escalada, suas ações terão consequências se forem verdadeiras", disse Biden a legisladores reunidos na câmara da Câmara, informa o UOL.
Biden disse também que o racismo sistêmico atrasa os Estados Unidos e fez apelo para a restrição de armas no país, durante seu primeiro discurso realizado no Congresso americano. O pronunciamento do democrata a congressistas durou aproximadamente 70 minutos
Biden usou como exemplo o caso de George Floyd —segurança negro morto asfixiado enquanto era abordado por policiais brancos, em Minnesota (EUA), no ano passado— para defender uma reforma policial ampla. Biden também admitiu que o problema do racismo nos Estados Unidos é "sistêmico" e "atrasa".
O presidente americano fez ainda um apelo ao Congresso em relação a reformas para restrição do uso de armas nos EUA. Ele considera que a violência armada se tornou uma "epidemia na América" e que é preciso agir para conter o avanço.
Plano trilionário
Diante do Congresso lotado, Biden também detalhou o plano federal de US$ 1,8 trilhão (cerca de R$ 9,7 trilhões, na cotação atual) em educação, creche e licença familiar paga. O pacote de medidas, batizado de Plano das Famílias Americanas, prevê ainda a desoneração de US$ 800 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões) de impostos para a classe média.
Ele pretende financiar o plano aumentando os impostos sobre os ricos, e diz que quer recompensar o trabalho, não a riqueza. Suas novas medidas propostas arrecadariam cerca de US$ 1,5 trilhão ao longo de uma década.
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