Presidente do Consórcio Nordeste, o governador do Piauí, Wellington Dias, disse que o grupo pagará US$ 9,95 por cada uma das 39 milhões das doses negociadas. Já o Ministério da Saúde desembolsará US$ 13 dólares por unidade
12 de março de 2021, 10:55 h Atualizado em 12 de março de 2021, 11:07
(Foto: Divulgação)
247 - Os governadores que integram o Consórcio Nordeste esperam fechar nesta sexta-feira (12) o contrato para a aquisição de 39 milhões de doses da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Rússia, por um preço inferior ao que será pago pelo Ministério da Saúde. Segundo o presidente do consórcio, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o Consórcio pagará US$ 9,95 por cada dose, adquirindo as 39 milhões de doses previstas, enquanto o Ministério da Saúde desembolsará US$ 13 dólares por unidade até limite de 10 milhões de doses.
Em entrevista à CNN Brasil, Dias destacou que o “desconto” foi possível pelo fato dos estados do Nordeste abrirem as negociações com o laboratório russo Gamaleya no ano passado. Já o governo federal teria demorado para tentar comprar as vacinas. Segundo ele, o cronograma de entrega das vacinas começam “a partir de março e abril, até junho, e chega a 26 milhões de doses. Em agosto, chega a 39 milhões, a US$ 9,95 [a dose] (cerca de R$ 55), um preço compatível”.
“Hoje está tudo pronto entre o fórum dos governadores do Nordeste e o Fundo Soberano da Rússia, que tem para a entrega vacinas prontas, não mais aqueles 50 milhões que a gente tinha, mas 39 milhões, que é um bom número para a realidade brasileira”, disse Dias à CNN.
“A partir daí, garante um cronograma que entrega vacina a partir de março e abril, até junho, e chega a 26 milhões de doses. Em agosto, chega a 39 milhões, a US$ 9,95 [a dose] (cerca de R$ 55), um preço compatível. Buscamos o ministro [Eduardo] Pazuello e colocamos que vamos fazer o contrato. E, se fizermos, quem está pagando são os estados", disse.
"O ministério pode firmar um contrato nesta compra e [planejam] como essas vacinas venham para todo o plano nacional estratégico. E o ministro Pazuello prontamente assegurou o posicionamento para a compra das vacinas. E está previsto para hoje, junto com o fundo russo, o fechamento desta compra. O ministério comprando, ele paga. O ministério não comprando, nós firmamos o contrato e pagamos”, completou.
A vacina Sputnik V ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o laboratório Gamaleya busca a obtenção de autorização emergencial para o uso do imunizante no Brasil.
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