O objetivo da OMS era vacinar até 20% da população de todos os países que assinaram o acordo da Covax, mas gargalos como atrasos na produção e falta de insumos têm dificultado maior distribuição de doses
5 de maio de 2021, 15:25 h Atualizado em 5 de maio de 2021, 15:58
Imunização contra a Covid-19 no Butão (Foto: Reprodução/Facebook)
Outros fatos que prejudicaram vacinação em um maior número de pessoas no mundo foram atrasos na produção, falta de insumos, seringas e agulhas para aplicação e dificuldades logísticas. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com Katherine O’Brien, diretora de imunização da OMS, a principal consequência dos atrasos é uma vacinação desigual no mundo. Países como o Reino Unido ou Israel têm mais de 60% de sua população imunizada e outros, principalmente na África subsaariana e sudeste asiático, apresentaram na média menos de 5% da população vacinada.
"Estamos muito distantes da distribuição igualitária das vacinas, que é o que desejamos atingir globalmente, como uma só comunidade. E o gargalo principal para isso é a demanda das produtoras, que apresentam atrasos na produção e oferecem seu produto para países ricos", afirmou a dirigente em um painel durante o Congresso Mundial de Vacinas em Washington, que neste ano foi totalmente virtual.
"Esse problema está nas mãos dos investidores das farmacêuticas. Eles precisam resolver essa questão de oferta e demanda. Nós podemos atuar na distribuição dessas vacinas, mas, se elas não forem repassadas, não podemos fazer nada", acrescentou.
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