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Parlamento da UE aprovou resolução condenando a situação precária dos povos indígenas, dos defensores dos direitos humanos e ativistas ambientais no Brasil e disse que uma reaproximação entre o lado brasileiro e europeu só acontecerá quando Brasília passar a respeitar os direitos humanos e ambientais.
De acordo com o UOL, a resolução foi aprovada em sessão plenária em Estrasburgo, na França, por 362 votos a favor, 16 contra e 200 abstenções nesta quinta-feira (7).
Com a votação do texto tendo resultado positivo, o executivo europeu exige uma investigação "imediata, exaustiva, imparcial e independente" sobre as mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no último dia 5 de junho.
Bruxelas pede uma melhor proteção dos índios e dos ativistas que lutam pela defesa dos direitos humanos e ambientais no país, principalmente porque consideram que o caso de Bruno e Dom não é isolados.
Segundo a mídia, os eurodeputados estão preocupados com os potenciais efeitos do projeto de lei PL 191/2020, conhecido como "lei da destruição", e do projeto de lei PL 490/2007 sobre a demarcação das terras indígenas.
"O aumento da violência desde o início do mandato de Bolsonaro não é uma coincidência. O Parlamento Europeu condena que ele tenha cortado o financiamento de agências importantes, continuado a enfraquecer a legislação ambiental e tenha atacado verbalmente várias lideranças indígenas e ativistas ambientais", afirmou Anna Cavazzini, vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu para o Brasil citada pela mídia.
Na resolução de hoje (7), o executivo europeu ainda pede que o Brasil se comprometa com acordos climáticos e de direitos humanos, antes de qualquer reaproximação entre o lado brasileiro e europeu.
Além disso, foi reafirmado na sessão que a falta de avanço nestas duas questões pode levar os europeus a vetarem a adesão do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme noticiado ontem (6).
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