A PGR engrossou uma lista de decisões favoráveis a Jair Bolsonaro (PL) na gestão de Augusto Aras
30 de julho de 2022, 08:57 h Atualizado em 30 de julho de 2022, 09:35
Augusto Aras e Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado)
247 - Ao se manifestar contra o avanço de sete apurações pedidas pela CPI da Covid, no início da semana, a PGR (Procuradoria-Geral da República) engrossou uma lista de decisões favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na gestão de Augusto Aras, iniciada há quase três anos. O órgão, que não fez nenhuma denúncia contra Bolsonaro, já arquivou 104 pedidos de investigação contra ele, segundo levantamento publicado em reportagem no portal UOL.
A pesquisa considera as petições enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de setembro de 2019, início da atual gestão da PGR.
No período, Bolsonaro foi alvo de 151 representações no STF, sendo 131 notícias-crime (pedidos de investigação) e 20 interpelações judiciais, em geral cobrando explicações por declarações do presidente. Das 131 notícias-crime que chegaram ao Supremo, 17 foram descartadas pela própria Corte, por causa de inadequações jurídicas. As demais se dividem entre as que Aras mandou arquivar (104) e as que ainda aguardam manifestação da PGR (10).
Entre os casos há alguns similares, que tratam do mesmo tema mas têm autores diferentes, e outros que não avançaram porque já eram alvos de inquérito na Procuradoria. Para juristas consultados pela reportagem, porém, a decisão de Aras de descartar algumas investigações foi equivocada.
O combate à pandemia e os ataques de Bolsonaro às instituições são temas recorrentes entre os pedidos arquivados, e nesse campo está a maioria das decisões da PGR tidas como questionáveis pelos especialistas. Para eles, houve episódios com margem de discussão sobre um possível crime de Bolsonaro mas em outros o delito ficou claro.
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