Além disso, a CIDH também alerta para “o aumento da posse de armas de fogo por indivíduos"
30 de julho de 2022, 07:55 h Atualizado em 30 de julho de 2022, 07:58
Guaranho e Marcelo Arruda (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
247 - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) publicou, nesta sexta-feira, manifestação em que diz observar “com preocupação os atos de violência motivados pelo contexto político atual”. O texto cita a morte de Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do PT assassinado por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), e condena “discursos de lideranças políticas, especialmente de altas autoridades, que possam aprofundar o clima de polarização política” no Brasil.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, apesar de não citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), a CIDH afirma que tem observado um agravamento da polarização política nos últimos anos, o que, de acordo com a comissão, “pode ser acentuada ou exacerbada pelos discursos públicos de intolerância por parte de altas autoridades e de outras lideranças políticas”.
“Esse conceito se refere a pessoas em posições de liderança ou com significativo poder, influência e alcance na esfera pública, como autoridades públicas eleitas ou nomeadas, pessoas candidatas a cargos públicos, líderes e titulares de partidos políticos”, diz trecho da nota.
A comissão pondera também que, pelo “amplo alcance, poder e influência de suas expressões na esfera pública”, pessoas que exercem liderança política “estão sujeitas a certas limitações de suas manifestações além das aplicáveis a outros indivíduos”.
Além disso, a CIDH também alerta para “o aumento da posse de armas de fogo por indivíduos, bem como a flexibilidade de acesso a esse tipo de arma por meio de decretos do Poder Executivo”. Segundo a comissão, que pertence à Organização dos Estados Americanos (OEA), tais medidas facilitam o registro, posse e venda de armas de fogo e munições a indivíduos.
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