O presidente do STF, Luiz Fux, e o presidente do TSE, Edson Fachin, conversaram por videoconferência nesta terça-feira, 19, a respeito dos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas
19 de julho de 2022, 14:40 h Atualizado em 19 de julho de 2022, 16:01
Luiz Fux e Jair Bolsonaro (Foto: STF | REUTERS/Adriano Machado)
247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, repudiou as declarações de Jair Bolsonaro a embaixadores sobre uma suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas.
Nesta segunda-feira, 18, em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro insinuou que a contagem de votos registrados urnas eletrônicas seria vulnerável a adulterações, ao falar sobre um ataque hacker contra os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocorrido em 2018.
No entanto, a Polícia Federal (PF) não concluiu que houve fraude no sistema de votação em 2018 ou que os resultados das eleições foram adulterados. Segundo o TSE, o acesso dos hackers "não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018".
Nesta terça-feira, 19, Fux se reuniu com o presidente do TSE, Edson Fachin, por videoconferência e criticou a tentativa de Bolsonaro de colocar em xeque as urnas eletrônicas.
Fux reiterou a Fachin sua "confiança total na rigidez do processo eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE", segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do STF.
"Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas", diz o texto.
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