Petro mostrou seu interesse em iniciar "negociações judiciais na maioria dos casos" e "negociações políticas em minoria" para "acabar com a guerra na Colômbia"
5 de julho de 2022, 16:17 h Atualizado em 5 de julho de 2022, 16:20
Gustavo Petro (Foto: Reprodução/redes sociais)
ARN - O presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta terça-feira que vai pedir aos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e "todos os grupos armados" um "cessar-fogo bilateral" para "acabar com a guerra" no país.
"Chegou a hora da paz. Por vários instrumentos peço um cessar-fogo, que será bilateral", disse em entrevista à W Radio.
Petro mostrou seu interesse em iniciar "negociações judiciais na maioria dos casos" e "negociações políticas em minoria" para "acabar com a guerra na Colômbia". Ele acrescentou que estaria disposto a incluir a Igreja e setores da sociedade civil nessas conversas.
Petro também instou os países que colaboraram na negociação com a extinta guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que culminou na assinatura dos Acordos de Paz em Havana, Cuba, a apoiarem mais uma vez esses novos diálogos. "Os protocolos devem ser reconhecidos. Que os países que estavam ajudando nessa negociação o façam novamente e a mesa possa ser montada", pediu.
Nesta segunda-feira, o ELN ratificou sua vontade de retomar as negociações de paz. Em uma declaração assinada pelo atual chefe do grupo guerrilheiro, Eliécer Herlinto Chamorro, vulgo "Antonio García", a organização expressou sua disposição de "retomar as negociações de paz com o novo governo para que seus resultados tragam paz com justiça social para toda a Colômbia".
Em 20 de junho, ao saber do resultado eleitoral favorável ao Petro, o Comando Central do ELN já havia enviado um sinal para o diálogo, com características semelhantes.
O líder do ELN disse que por muitos anos eles tentaram conversar com chefes de governo, mas sem sucesso. "Tentamos conversar durante cinco governos, exceto com o de (Iván) Duque, que se recusou a cumprir o que foi acordado com o anterior. Por isso, seguimos o caminho de tornar a Colômbia um país mais equitativo, justo e democrático país", diz ele.
Em 2017, o ex-presidente Juan Manual Santos promoveu uma rodada de diálogo com o ELN que aconteceu em Quito, Equador. Em seguida, tentou-se continuar a negociação em Cuba, até que o diálogo foi definitivamente interrompido em agosto de 2018.
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