Organizadores do manifesto esperam chegar a 1 milhão de assinaturas até o lançamento, no dia 11 de agosto, e planejam ato em defesa da democracia no Vale do Anhangabaú
3 de agosto de 2022, 10:16 h Atualizado em 3 de agosto de 2022, 11:08
(Foto: Isac Nóbrega/PR | Oruê Brasileiro/Mídia NINJA)
247 - A velocidade com que a população aderiu à “Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito”, que já conta com mais de 700 mil signatários, pode se transformar em uma “marcha pela democracia” contra as declarações golpistas de Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.
De acordo com o jornal Valor Econômico, “os organizadores do ato de 11 de agosto já estão em contato com as autoridades públicas para a possibilidade de o ato vir a ter desdobramentos para além do prédio da faculdade. Além de um telão no Largo de S. Francisco, um outro está sendo planejado para o Anhangabaú".
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Ainda segundo a reportagem, os organizadores do manifesto, que esperam chegar a 1 milhão de assinaturas até o lançamento, no dia 11 de setembro, já vinham avaliando a possibilidade de um ato no Vale do Anhangabaú, próximo à Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) em função da instituição de ensino não comportar o público esperado.
A ideia, porém, ganhou corpo após Bolsonaro qualificar o documento como elitista e afirmar que ele teria sido assinado por “empresários-mamíferos”. Nesta terça-feira (2), durante uma entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, ele voltou a criticar o manifesto e chamou os signatários de “caras de pau” e “sem caráter”.
“É uma reação defensiva de quem perdeu o poder de pauta e agora tenta encontrar uma narrativa para responder”, disse o professor da faculdade e um dos organizadores do manifesto, Floriano Azevedo Marques. “Esta reação do presidente acabou ajudando a divulgar o manifesto”, completou.
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A reportagem destaca que a reação da campanha pela reeleição de Bolsonaro foi elaborar um documento em defesa do atual governo utilizando os mesmos termos - carta, manifesto, democracia - em uma tentativa de confundir quem quer aderir à "Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito”.
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